SPFW N59: Lino Villaventura, inverno 2025

Lino Villaventura recupera técnicas, tecidos e memórias que definem seu estilo e carreira de quase 50 anos.


SPFW N59: Lino Villaventura, inverno 2025.
Lino Villaventura, inverno 2025. Foto: Agência Fotosite



Faz 47 anos que Lino Villaventura trabalha com moda e 30 que desfila na São Paulo Fashion Week – desde a primeira edição do evento. Natural de Belém, no Pará, e radicado em Fortaleza, Ceará, ele é responsável por algumas das imagens mais emblemáticas da semana de moda paulista, e dono de um estilo facilmente reconhecível e bastante peculiar: pense em um grande patchwork de tecidos e texturas nervuradas, rendadas, bordadas, plissadas, drapeadas e por aí vai.

SPFW N59: Lino Villaventura, inverno 2025.

Lino Villaventura, inverno 2025. Foto: Agência Fotosite

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Lino Villaventura, inverno 2025. Foto: Agência Fotosite

SPFW N59: Lino Villaventura, inverno 2025.

Lino Villaventura, inverno 2025. Foto: Agência Fotosite

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Sua nova coleção é exatamente assim. Começa com uma série de looks brancos, com blusas estruturadas, construídas com recortes de tecidos sinuosos, e casacos meio alfaiataria, meio quimono. As cores aparecem aos poucos: primeiro tons neutros de bege, depois cinzas e pretos. O náilon, material que marcou a carreira do estilista na virada dos anos 1990 para os 2000, dá as caras em capas de matelassê, saias e vestidos. Essas peças têm um brilho acetinado de aparência sintética (na medida), que logo divide espaço com superfícies e tonalidades naturais: da saia de palha de buriti dourada e nervurada a uma série de bordados de folhas e flores, até o vestido feito de sobras de couro de cobra.

SPFW N59: Lino Villaventura, inverno 2025.

Lino Villaventura, inverno 2025. Foto: Agência Fotosite

SPFW N59: Lino Villaventura, inverno 2025.

Lino Villaventura, inverno 2025. Foto: Agência Fotosite

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Em tempos acelerados, desmemoriados e inconstantes, há quem fale em repetição. Na verdade, trata-se de construção de identidade a longo prazo e consistente. Ao longo da carreira, Lino Villaventura já fez muitas apresentações temáticas. De algumas temporadas para cá, ele se diz cada vez menos interessado em limitar sua criação – e a interpretação de sua roupa – a uma narrativa fechada. Agora não foi diferente: como contou com exclusividade a ELLE, este desfile é resultado de um mix livre de vontades, memórias, paixões e interesses mil, acumulados ao longo de toda uma vida.

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