Arandelas ganham espaço no décor
Luminárias presas à parede permitem diferentes possibilidades de iluminação e têm função decorativa mesmo quando estão apagadas.
É natural: estamos tão acostumados com a claridade que pende do teto que raramente imaginamos que as arandelas, aquelas luminárias que ficam presas nas paredes, estão entre os elementos mais versáteis quando falamos de luminotecnia. “Um bom projeto é aquele capaz de oferecer diferentes e ricas cenas de luz – e, para chegar a isso, a melhor forma é contar com diversas fontes de claridade”, explica a arquiteta Renata Gaia, de São Paulo.
As composições ficam mais interessantes quando existe uma mistura muito bem equilibrada de fontes que ficam no teto, no chão, na parede ou sobre mesas e aparadores. Vale ressaltar que a luz difusa parece mais agradável aos olhos, mas o foco pontual pode ser necessário em certas ocasiões. “Dificilmente as arandelas são a principal fonte luminosa em um ambiente. Acho interessante pensar que elas podem assumir também a função de um elemento decorativo quando não estão acesas”, observa Renata. Fizemos uma seleção de dez projetos para inspirar você a iluminar sua parede. Confira a seguir.
Dupla função
Foto: Felco
Braços flexíveis, dois pontos de luz e alturas diferentes fazem da peça de Jader Almeida um curinga no living assinado por Renata Gaia. “Além de ser uma peça linda, cumpre também uma função praticamente escultural na parede”, reforça a arquiteta.
Claridade camuflada
Foto: Leandro Moraes
Dispostas em diferentes posições como elementos decorativos, as peças que o designer Fernando Prado desenhou para a Lumini compõem o projeto que a arquiteta Patricia Penna desenvolveu para o living deste apartamento no interior paulista.
Dois pontos, dois estilos
Foto: Emerson Rodrigues
A arquiteta Pati Cillo elegeu dois modelos diferentes (ambos da Yamamura) para preencher as laterais da cama. O modelo articulado, à esquerda, tem luz direta e permite ajustes precisos para uma leitura confortável. Já o fixo, à direita, oferece uma claridade difusa e suave.
Feixe geométrico
Foto: Divulgação
Usadas num par, as arandelas da Lumini com dupla saída de luz pontuam o hall de entrada assinado por Marina Linhares. Dispostas sobre o painel de madeira escura, a claridade permanece suave sem multiplicar seu alcance.
Foco flexível
Foto: Divulgação
A cúpula regulável da luminária assinada pela Reka permite incontáveis ajustes neste projeto assinado pela dupla da Migs Arquitetura. Vira luz pontual sobre um livro, difusa, se virada para a parede branca lateral, ou ainda mais suave, caso aponte para o painel azul de fundo.
Gallery wall
Foto: Leila Viegas
Desenhada com chapa metálica, a arandela Orbe, da Muma, parece mais um dos elementos decorativos dispostos sobre o papel de parede da Branco Casa. A posição estratégica, atrás do sofá, entrega claridade suave sem cansar os olhos.
Versão Kids
Foto: Maura Mello
Cores fortes e o modelinho simpático, que pode mudar de lugar sem grandes desafios na instalação (ela é pendurada em um pino), são o trunfo da peça que a designer Ingrid Peixoto desenhou para a Interpan. Aqui, ela aparece duas vezes (verde, no alto, laranja embaixo) num projeto da Todos Arquitetura.
Ponto certeiro
Foto: Salvador Cordaro
Depois de projetar um feixe de luz na parte de trás da cabeceira da cama, Alexandre Gedeon e Hugo Schwartz, nomes à frente da Intown Arquitetura, decidiram que apenas um ponto de luz bastava sobre a mesa auxiliar do loft que montaram casa edição paulistana da Casacor.
Firme e forte
Foto: Edison Garcia
Criação da 80e8 design para a Itens, a arandela Zigue-Zague, a peça tem na materialidade e nas formas básicas seu grande destaque. A luz direta subverte a tradição das arandelas como luminária acessória e vira ponto focal.
Trio dourado
Foto: Divulgação
- A arandela Moon, da Westwing Now oferece três globos de vidro, que fazem referência às fases da lua. Pode ser instalada na vertical (como na foto) ou na horizontal.
Dicas para escolhaer sua arandela
As arandelas de claridade direta proporcionam uma luz pontual. Encontram bom uso apontando direções e caminhos, como acontece quando instaladas em corredores ou áreas externas
Os modelos uplight jogam o facho de luz para o alto, usando o teto como rebatedores. Respondem por uma claridade acolhedora e suave, que não ofusca a visão
As arandelas downlight jogam a luz para baixo. Costumam aparecer sobre obras de arte e mesas de apoio – neste caso, com a instalação em pontos abaixo da linha dos olhos.
Como o nome indica, os modelos flexíveis assumem papel versátil. Caso de peças pantográficas, de opções com braços que se movimentam ou de modelos que oferecem luz multidirecional
Sobre a instalação: não existe uma regra única, mas lugares com pé-direito simples (entre 2,50 m e 2,70 m) acolhem melhor as peças fixadas entre 2 m e 2,20m, quando a função delas é criar apenas um cenário auxiliar. Em quartos, como luz de apoio, o mais adequado é fixá-las cerca de 1 metro a partir da mesa de cabeceira.
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