Mira Schendel ganha mostra retrospectiva no Instituto Tomie Ohtake
Exposição no Instituto Tomie Ohtake conta com mais de 250 itens, entre cadernos, pinturas, desenhos e uma instalação.
Mais de 250 itens, entre pinturas, desenhos, objetos e uma instalação, da artista plástica Mira Schendel (1919-1988) podem ser vistos na exposição Mira Schendel – esperar que a letra se forme, aberta recentemente no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.
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Um dos principais nomes da arte contemporânea no Brasil, a artista é reconhecida pelo trabalho de desenho sobre o papel arroz, e pelo uso de letras, sinais, palavras e sentenças. Nascida em Zurique, na Suíça, Mira fugiu para o Brasil em 1949 devido à perseguição antissemita. Aqui, produziu grande parte de sua obra em diálogo com a poesia concreta e o neoconcretismo.
No Instituto Tomie Ohtake: obra Que Beleza, Mira-Schendel (1966). Foto: Ricard Miyada
No Instituto Tomie Ohtake, seu trabalho passou por curadoria de Galciani Neves e Paulo Miyada e foi distribuído em sete núcleos. No primeiro, Chegada ao Brasil e à palavra, encontram-se representações esquemáticas de objetos e experimentos com elementos gráficos.
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No setor Escritura-desenho estruturando espaços, há desenhos feitos com nanquim e carvão que trabalham a relação entre palavra e espaço. Em Arte: encontro com o corpóreo, ficam obras da série Toquinhos, feitas em papel de arroz e em acrílico.
Obra Sem título (1964), Mira Schendel. Foto: Ricardo Miyada
A exposição conta ainda com Ondas Paradas de Probabilidade, sua obra de maior dimensão, feita com fios de náilon pendurados do teto ao chão. Essa instalação foi desenvolvida para a 10ª Bienal Internacional de São Paulo, realizada em 1969.
Mira Schendel – esperar que a letra se forme: até 2 de fevereiro de 2025, no Instituto Tomie Ohtake, na rua Coropé, 88, Pinheiros, São Paulo. De terça a domingo, das 11h às 19h. Entrada gratuita.
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