Siga a sardinha!

Com a pesca liberada até outubro, o peixe é hit nos cardápios e brilha em cozinhas diversas, da taberna portuguesa ao restaurante japonês. Confira onde comer as melhores sardinhas em São Paulo e no Rio de Janeiro.


Sardinhas portuguesas Adega Perola Credito SelmyYassuda
Sardinhas portuguesas da Adega Pérola. Foto: Selmy Yassuda



Pequena, prateada e cheia de personalidade: o momento é dela! Fora do período de defeso até outubro (tempo de pesca proibida para a reprodução da espécie), a sardinha ganha destaque nos mais variados cardápios, mostrando que não se restringe apenas à culinária de boteco.

De sushis a rollmops, passando pelos empanados com fubá (uma invencionice brasileira, vale dizer), o hit é justificado: belezinha que existe em abundância e tem preço amigável, a sardinha é um trunfo para pastas, saladas, entradas, sanduíches ou como prato principal.

Com sabor pronunciado, é fonte de proteínas, tem mais cálcio que o leite e é rica em ômega 3 e vitaminas do complexo B – aliada perfeita de uma alimentação equilibrada.

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A seguir, confira boas pedidas em restaurantes do Rio de Janeiro e de São Paulo que provam que a sardinha subiu na vida e tem lugar garantido no coração (e no estômago) de quem sabe comer bem.

Rio de Janeiro

Adega Pérola

sardinha em rolinhos rollmops

Rollmops: sardinha crua em conserva. Foto: Selmy Yassuda

Um dos grandes símbolos da cozinha de Portugal, a sardinha é contemplada em diferentes versões no tradicional bar, que teve entre clientes ilustres nomes como os músicos João Nogueira e Nelson Cavaquinho, e exibe ainda hoje a extensa vitrine repleta de acepipes portugueses. O peixinho aparece no rollmop (R$ 18 a unidade), quitute de origem alemã, em que a sardinha crua é enrolada com cebola, presa com palitos e imersa na conserva à base de vinagre. Sardinhas portuguesas, assadas no forno em azeite e especiarias (R$ 18 a unidade), e sardinhas empanadas e fritas (R$ 46, seis unidades) também compõem a lista dos petiscos da casa.

Adega Pérola: Rua Siqueira Campos, 138, Copacabana, tel. (21) 2255-9425

Pesqueiro

sardinha frita

Sardinhas empanadas do fubá: criação brasileira. Foto: Rodrigo Galvão

À beira do mar, na Praia da Reserva, o restaurante tem ares de beach club. Sob o comando de Monique Gabiatti como chef executiva, as sardinhas são empanadas no fubá e servidas com esmero em folha de bananeira, com salsa pico de galo e limão-siciliano (R$ 75, cinco unidades).

Pesqueiro: Av. Lúcio Costa, s/n, Ilha 25, Praia da Reserva, Barra da Tijuca, tels. (21) 99995-4795 e (21) 99512-1112.

Sardinha Taberna Portuguesa

Sardinha Taberna Portuguesa CreditoTomas Velez

sardinha Foto: Tomas Velez

Sardinha é um clássico neste restaurante português com clima informal de tasca, aberto por um garçom veterano do Jobi. Da decoração, com madeira e azulejos típicos, ao cardápio, com autêntica culinária das terras lusitanas, tudo é 100% português na casa com unidades no Leblon e na Barra da Tijuca. A terceira será aberta em novembro, em Botafogo. Na série “clássicos dos balcões”, o peixe dá pinta assado na brasa com sal e escoltado por torradas (R$ 41,90, três unidades).

Sardinha Taberna Portuguesa: Rua Aristides Espínola, 101, Leblon, e Av. das Américas, 4666, loja 156 (Nível Lagoa), BarraShopping, Barra da Tijuca.

São Paulo 

Banzeiro 

sardinha de água doce

Os cortes bem fininhos ajudam a deixar o peixe crocante. Foto: Kato

O restaurante do chef Felipe Schaedler, especializado em comida da região norte do país, serve sardinhas de rio, mais especificamente, dos rios da Amazônia. Sucesso no cardápio, elas são fritas e ticadas (o peixe recebe vários cortes superficiais, bem próximos um do outro), resultando em um petisco supercrocante e saboroso (R$ 28 a unidade).

Banzeiro: Rua Tabapuã, 830, Itaim Bibi, tel. (11) 2501-4777.

Goya Zushi

sushi de sardinha

Sushi de sardinha. Foto: Divulgação

O restaurante japonês do chef Uilian Goya utiliza apenas ingredientes sazonais e frescos, disponíveis no dia. Nessa época, portanto, a sardinha costuma brilhar no menu degustação em 10 tempos (R$ 490), no formato de omakase (em tradução livre, “eu confio em você”). As escolhas do chef variam, mas a sequência inclui otoshi (entrada), sashimis de três cortes de atum (akami, chutoro e otoro), usuzukuri, sushis, temaki e futomaki. Nos quentes, aguemono, que é a fritura japonesa, mushimono, um prato cozido no vapor, e kamameshi, um tradicional arroz japonês feito em panela de barro japonesa. Uma sobremesa, que pode ser pudim de café, encerra o banquete.

Goya Zushi: Alameda Franca, 1.151, Jardins, tel. (11) 97482-8400. Funciona somente mediante reserva.

Taberna 474

sardinha grelhada

Azeite e pão, companhias perfeitas para as sardinhas. Foto: Selmy Yassuda.

Eis outro restaurante que abraça o preparo tradicional das sardinhas portuguesas assadas direto na brasa, finalizadas com azeite e acompanhadas por pão (R$ 31, dois unidades,  e R$ 63, quatro unidades). O gastrobar investe na culinária da orla lusitana com toques brasileiros em um ambiente que faz referência aos cascos de barcos de pescadores, com elementos como ferro e madeira.

Taberna 474: Rua Maria Carolina, 474, Jardim Paulistano, tel. (11) 3062-7098.

São Paulo e Rio de Janeiro

Rancho Português

sardinha com batata

Batatas e sardinhas: feliz no simples. Foto: Marcelo Cabral

No Rancho Português da Vila Olímpia, em São Paulo, a sardinha tem um festival só para ela, que acontece de três em três meses – as próximas edições estão previstas para 26 de agosto e 25 de novembro. No evento, ela é servida grelhada na brasa, acompanhada de broa de milho, batatas e vinho. As sardinhas são preparadas em uma churrasqueira na calçada do restaurante, respeitando a tradição de Portugal de colocar a brasa na rua na época do pescado. O valor por cliente, com sardinha à vontade, é de R$ 129 e inclui meia garrafa de vinho português da casa, tinto ou branco. Além do Festival da Sardinha na Brasa, as unidades de São Paulo e do Rio de Janeiro preparam o peixe à moda portuguesa, com batatas ao murro, pimentão assado e salsinha, acompanhadas de salada verde.

Rancho Português: Em São Paulo, na avenida Dos Bandeirantes, 1.051, Vila Olímpia, tel. (11) 2639 – 2077. No Rio de Janeiro, na Rua Maria Quitéria, 136, Ipanema, tel. (21) 2287-0335.

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