Vacina no braço, lugar ao terraço!

Conheça dez espaços com mesas ao ar livre, abertos recentemente em São Paulo, para comer, beber e ser feliz . Bem feliz.


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Foto: Divulgação / Bar Astor



Terraço, varanda, quintal, laje, rooftop. Nomenclaturas mudam, mas o que vale é que nunca houve tanto glam em um espacinho ao ar livre. Não é para menos. Os ânimos paulistanos andavam mofados devido à longa invernada emocional acarretada pela pandemia. Logo, a possibilidade de resgatar o lazer com mais segurança tornou-se um cobiçado diferencial.

Na prática, novos restaurantes, cafés e bares arejados pululam pela capital paulista – e não passam despercebidos. Com a iminência do verão, a dupla drinques e beliscos decola junto. Faz-se assim um convite quase irrecusável à retomada da vida gastronômica. Afinal, a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e ar livre. Bora lá!

Casa Rios

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Foto: Casa Rios

Descomplicada e perfeitinha. Assim é a cozinha do casal Giovanna Perrone e Rodrigo Aguiar, do Casa Rios. Embora seja uma delícia sentar-se no balcão bem de frente para ela, o quintal, à luz do sol ou da lua, faz uma concorrência desleal. Um cenário perfeito para receitas que assumem a brasa como ingrediente, como as lulinhas grelhadas no fogo, o arroz de costela tostadinho, a torta de queijo e o doce de abóbora assada a lenha e até o abacaxi glaceado, com toque defumado, que “tempera” o Negroni.

Casa Rios: R. Itapura, 1327, Tatuapé, tel. (11) 2091-7323.

Cora

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Foto: Eduardo Magalhães

A dura poesia concreta paulistana está escancarada no Cora, mais novo reduto hipster da Vila Buarque. É preciso entrar em um elevador vintage para chegar ao alto do predinho de seis andares, que também abriga a livraria Gato sem Rabo e a pizzaria Divina Increnca. Então, cara a cara com o Minhocão, é possível mergulhar na cozinha de produto do argentino Pablo Inca. Suas raízes gritam nos alfajorezinhos mais sexy da cidade, mas também na maestria em assar peixes, cordeiro e vegetais que protagonizam pratos veganos irrepreensíveis, como a couve-flor besuntada em especiarias, servida com abóbora, grão-de-bico e ervinhas.Para embalar a festiva comilança, o drinque mais pedido é o Cora Sour (com gim, cachaça e Aperol). Para quem prefere uma taça, há uma simpática seleção de vinhos éticos.

Cora: R. Amaral Gurgel, 344, 6º andar, Vila Buarque, tel. (11) 98871-2469.

Camélia Òdòdó

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Foto: Divulgação

Tudo começou em abril, por delivery. De repente, ao abrir as portas, em junho, o Camélia Òdòdó mudou o cenário da Vila Madalena. Na esquina de uma das ladeiras do bairro, o café-restaurante de Bela Gil atiçou a vizinhança e, loguinho, gente da cidade toda passou a lotar o lugar aos finais de semana em busca de brunches saudáveis e praticamente veganos (uma receitinha ou outra adota o mel ou o ghee) ao ar livre.

Na varanda ou na escadaria da calçada, são servidos itens como as tostadas de carne de jaca, tapiocas com cogumelos e avocado ou tofu e pesto da horta, croissant vegano, muffin de cenoura, curau com goiabada, tigela de açaí e vitaminas como a Bananino (com leite de castanhas, banana nanica, frutas vermelhas, aveia e camu-camu, a preferida de Nino, o filhote da chef).

Camélia Òdòdó: R. Girassol, 451B, Vila Madalena.

Iaiá Cave à Manger

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Foto: Divulgação

A portinha é discreta, o corredor-empório é longo e o jardim, ah, o jardim é um pequeno oásis! Mais do que uma adega onde se come (e bem!), o Iaiá Cave à Manger vem matando aquela saudade de um date à luz de velas, de um showzinho de jazz, de uma tarde entre taças e amigos.

Para melhorar ainda mais, o serviço é atencioso, os vinhos são garimpados a dedo e os belisquetes franco-espanhóis, uma parceria entre os chefs Benoît Mathurin (Esther Rooftop) e Juliano Valese (Torero Valese), são delicinha. O best-seller de lá é o misto-quente de queijo cremoso e cogumelos trufados, que pode ser ladeado pelo levíssimo carpaccio de rabanete.

Iaiá Cave à Manger: R. Iaiá, 44, Itaim Bibi, tel. (11) 3297-2163.

Il Capitale

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Foto: Ricardo D’Ângelo

É verdade que sempre soubemos que São Paulo é abarrotada de italianos, a ponto de já ter sido a maior cidade italiana do mundo e hoje oscilar entre a segunda e a terceira posição. Ainda assim, o fato de a Itália ser sinônimo de comfort food parece contar ainda mais em tempos pandêmicos. Ter mesinhas na calçada então… Com todos esses pontos a seu favor, desde fins de setembro, o Il Capitale ainda soma pratos generosos e bem-executados a preços honestos. Resultado? Conseguir uma reserva virou uma proeza. Contudo, o gnocchi com burrata e o tiramisù compensam a espera!

Il Capitale: R. Oscar Freire, 600, Jardins, tel. (11) 97832-3460.

Papaya Café

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Foto: Neulton Araújo

Irmão recém-nascido do Banana Café, o Papaya Café não é mais tropical, não! Também no Itaim, o sobrado de esquina é mediterrâneo e acolhedor, sem trair a vocação do bairro – a de deixar o público se espalhar pela calçada. Em pé ou à mesa, hot-doguinhos de polvo, croquetas de cordeiro, carpaccios e tartares são os chamarizes. Para beber sem exageros, a pedida é ratear a jarra de Bere Condividere (limoncello artesanal, Lillet, espumante, morango, limão-siciliano e mirtilo).

Papaya Café: R. Pedroso de Alvarenga, 1055, Itaim Bibi, tel. (11) 3168-1667.

Piccini

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Foto: Diego Sanchez

Nascido em plena pandemia, o Piccini comprova o desejo por uma aglomeração civilizada. Afinal, desde seu primeiro dia, o restaurante italiano bomba, fazendo o varandão parecer pequeno. Com a proximidade dos dias mais quentes, sua extensa carta de vinhos ganhou a companhia de drinques assinados pela equipe totalmente feminina de bar. Entre eles, o Permita-se (gim tônica com mirtilo e limão), que poderia se chamar “Vicie-se” e ser pedido e repetido junto a arancini all’amatriciana e bruschettinhas de brie e prosciutto.

Piccini: R. Vitório Fasano, 49, Jardim Paulista, tel. (11) 96481-7877

Priceless

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Foto: Wesley Diego Emes

É pelo subsolo que se sobe ao topo do Shopping Light, onde mora o novo complexo gastronômico Priceless, do Mastercard. Dentro dele, tem restaurante, bar, espaço para performances artísticas, café e… o Botâma, um rooftop mirando o Theatro Municipal. Ali, até 60 pessoas podem degustar brasilidades assinadas pelo chef paraibano Onildo Rocha e harmonizá-las com drinques do mixologista Alê D’Agostino. Ainda que a ideia de só tomar um café ou uma cerveja artesanal não precise ser descartada, há quitutes que merecem ser provados, caso do falafel de feijão de corda e do tartar de carne de sol, que, não à toa, adoram a companhia do sparkling martini (gim, aperitivo de laranja, vermute branco e espumante).

Priceless: R. Formosa, 157, Centro.

Opalina

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Foto: Divulgação

Ainda em soft opening, o Opalina promete causar. A começar porque não se reconhece como bar, mas tem bartenders experimentados que mudam a carta de coquetéis diariamente, focando em clássicos robustos às segundas e sextas-feiras (caso de old fashioneds e martinis), e em uma linha mais fresh (com “mules da vida” e tônicos) aos sábados e domingos, quando a casa abre mais cedo. Justiça seja feita, não assumir o rótulo de bar – e dos bons! – tem seus motivos: para além do balcão, o Espaço abrigará eventos particulares, cursos, exposições de arte e uma cozinha criativa, que promete até churrasco na laje!

Opalina: R. João Moura, 1.175, Pinheiros.

Terraço Astor

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Foto: Divulgação

O Astor tem 20 anos, mas o seu Terraço não passa de alguns dias. Sobre uma esquina da Rua Oscar Freire, é um espaço bem-apessoado, gostoso para dividir sofazinhos, coquetéis e belisquetes com amigos. O menu pequetitico mantém o DNA caloroso da grife boêmia por meio de itens exclusivos, como a jarra de single malt spritz (uísque, vermute, limão-siciliano e soda artesanal de pera), que arrefece a sede e o stress de até quatro pessoas de uma vez e que vai super bem com mandiopã com zaatar, batatinhas gaufrette com lemon pepper, sandubinhas de tartare e com o escabeche de mariscos também.

Terraço Astor: R. Oscar Freire, 163, Jardins, tel. (11) 2299-5332.

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