Arezzo & Co. é a mais nova empresa brasileira a ganhar certificação do Sistema B
Com monitoramento frequente, a busca pelo selo cresce entre marcas de moda.
Quem leu o Volume 06 da ELLE impressa já deve saber bem o que é a certificação do Sistema B. Mas se você esqueceu ou não fez a leitura, não tem problema. A gente relembra aqui rapidinho:
“O certificado faz parte da organização internacional Sistema B, criada em 2006, nos Estados Unidos e no Canadá. Hoje, ela constitui uma rede de empresas comprometidas com a implementação de melhorias contínuas e geração de impactos ambientais e sociais responsáveis. No Brasil, são 213 negócios de diversos segmentos, entre eles, 12 da categoria têxtil, do vestuário e de acessórios”, escreveu a jornalista Bárbara Poerner.
Pois bem, a partir desta segunda-feira, 07.11, a Arezzo & Co. é a mais nova marca a integrar o rol de Empresas B. “O Selo B é mais um reconhecimento relevante de todo o trabalho que estamos desenvolvendo dentro dos pilares de ESG (Governança ambiental, social e corporativa), fruto de uma estratégia sólida e de práticas consistentes da nossa companhia”, Alexandre Birman, CEO/CCO do grupo, hoje composto pelas marcas Arezzo, Schutz, Anacapri, Alexandre Birman, Fiever, Alme, Vans, TROC, My Shoes, Reserva, Baw Clothing e Carol Bassi além do marketplace ZZ Mall.
Foto: Divulgação
O processo para conquista da certificação é longo e um tanto complexo. Geralmente, duram cerca de 12 meses e não é incomum que companhias tenham de reaplicar diversas vezes até atingirem as metas exigidas pela organização. Ao Volume 06 da ELLE impressa, a diretora executiva do Sistema B no Brasil, Francine Lemos, explicou que para uma empresa adquirir o certificado, primeiro deve preencher o B Impact Assessment, uma espécie de pontuação com vários indicadores. A Arezzo & Co. obteve 92,8 pontos na Avaliação de Impacto B – que exige, no mínimo, 80 pontos para certificar as empresas. Se atingir os pontos mínimos, deve, então, comprovar suas práticas e seus modelos de negócio junto ao B Lab, a plataforma global do Sistema B.
Mais do que uma verificação, Francine diz que as empresas B fazem parte da comunidade da organização, que realiza diversos encontros temáticos, formações e campanhas. “Como um movimento, temos o papel de puxar a régua delas sempre mais e mais para cima”, comenta a diretora. Não à toa, é necessário que as companhias incluam as Cláusulas B em seus contratos sociais para assegurar o compromisso do negócio em atuar para além de interesses puramente financeiros, priorizando as responsabilidades sobre questões sociais e ambientais em sua operação.
No caso da Arezzo & Co., o grupo estabeleceu uma estratégia de sustentabilidade baseada em três pilares prioritários: produção responsável, meio ambiente saudável e pessoas empoderadas.
Foto: Divulgação
No que diz respeito à produção responsável, a empresa deu início a um projeto de rastreabilidade do couro via blockchain de seus fornecedores indiretos. O objetivo é zelar pelo bem-estar animal e mitigar os riscos e impactos do desmatamento proveniente da pecuária em todo o processo da produção de calçados. Além disso, o grupo tem 91% dos fornecedores de produto acabado certificados pela ABVTEX e se comprometeu a ter 100% da sua cadeia de fornecedores rastreada e certificada em aspectos socioambientais até 2024.
Sobre o meio ambiente, desde 2019 a Arezzo&Co. neutralizou as emissões dos Escopos I e II de todo o grupo e, em 2021, assinou o Business Ambition for 1,5ºC, compromisso do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), para reduzir suas emissões de Gases de Efeito Estufa e limitar o Aquecimento Global a 1,5ºC.
O Grupo conta ainda com uma série de iniciativas de economia circular. Atualmente, a Arezzo&Co possui também 20 pontos de coleta de logística reversa pós-consumo espalhados.A empresa ainda tem utilizado a marca sustentável Alme como um laboratório de inovação para realizar e validar testes de iniciativas sustentáveis que possam ser expandidas e aplicadas às demais etiquetas do conglomerado. O mesmo ocorre com a TROC, brechó adquirido em 2021, para incentivar a revenda e reaproveitamento de roupas e acessórios usados.
No pilar de pessoas empoderadas, a companhia desenhou uma estratégia de diversidade e inclusão que tem como base a sensibilização da liderança e todo o time, com ações afirmativas e estabelecimento de metas. Parte do plano é a consultoria já em curso com a Patrícia Lima que contemplará formações para todo o time, definição de metas e cartilha para todas as lojas. Além disso, a Arezzo&Co oferecerá um programa afirmativo de bolsas de estudos com o time interno que será destinado para pessoas negras.
“Sabemos que ainda há uma extensa jornada pela frente, mas estamos empenhados e comprometidos em atingir nossas metas, sempre olhando para o futuro da moda e do Brasil”, finaliza Birman.
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