Bottega Veneta explica por que sumiu das redes sociais

Grife escolheu deixar que seus embaixadores produzam conteúdo por eles.


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Foto: Divulgação



Há pouco mais de um mês, a Bottega Veneta sumiu das redes sociais. Sem Instagram, Twitter ou Facebook, o mercado questionou como seria a comunicação da marca com o público, especialmente durante o período de isolamento social. François-Henri Pinault, CEO da Kering, conglomerado dono da grife, desvendou (parte) do mistério.

“Não desaparecemos das redes sociais, apenas estamos usando elas de forma diferente”, disse ele ao site WWD. “A Bottega decidiu, alinhada aos seus valores, se apoiar mais em seus embaixadores e fãs, fornecendo a eles material o suficiente para que possam falar da marca em seus perfis, deixando que eles falem por nós”.

Aparentemente, a estratégia tem dado certo. Daniel Lee, diretor criativo da Bottega Veneta, confessou que, desde que a marca apagou seu perfil no Instagram, que contava com 2,5 milhões de seguidores, “está bastante convencido” quanto à estratégia, e que a marca tem acompanhado os resultados bem de perto.

A grife vem resistindo às redes sociais há tempos. Enquanto outras marcas apostaram em desfiles digitais ou híbridos para lançar suas coleções de Verão 2020, ela insistiu em um evento presencial durante a Semana de Moda de Londres. Posteriormente, o desfile foi transformado em um documentário e um livro.

No entanto, François-Henri Pinault ressaltou que, apesar da manobra estar funcionando bem para a Bottega Veneta, ela não deve ser adotada pelas outras marcas do grupo Kering, que é dono também da Gucci, Saint Laurent, Balenciaga e Alexander McQueen. “Por serem muito complementares, não queremos repetir a mesma coisa em todas as marcas. Bottega tem um posicionamento específico há anos, que agora está sendo reforçado”.

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