Casa Camila Klein marca o retorno da designer de acessórios
Em seu novo espaço, nos Jardins, em São Paulo, Camila reflete o seu fascínio pela moda e arte.
CONTEÚDO APRESENTADO POR CAMILA KLEIN
Camila Klein ainda não era gente grande quando começou a produzir acessórios. Foi na época de escola que a escorpiana nata, cansada do uniforme tradicional de seu colégio, introduziu algumas peças para diferenciar o visual de todo dia. A menina, então, cresceu e fez da brincadeira o seu ofício.
Ao longo das últimas duas décadas, a marca homônima da designer abriu lojas em São Paulo, conquistou pontos de venda em todo o Brasil e despontou até no mercado internacional. O caminho, porém, não foi fácil. Entre algumas perdas e pausas, Camila precisou se agarrar ao poder da transformação, o mesmo que lá atrás mexia nos seus uniformes escolares. Só que, dessa vez, ao contrário da arte de acessorizar, a mudança aconteceu de dentro para fora.
Casa Camila Klein. Foto: André Ligeiro
“Eu passei por algumas tempestades. Isso me fez ver a vida de uma nova maneira”, conta ela em conversa com a ELLE na Casa Camila Klein. Há cerca de um ano, Camila abriu as portas de uma casa nova, localizada nos Jardins, em São Paulo. Mas foi só na tarde da última quarta-feira (15.05) que a designer realizou a inauguração oficial, marcando o retorno de seu nome à mídia.
A flagship é uma loja, claro, mas não somente. Com uma extensa biblioteca de livros de arte, o espaço de dois andares é intimista e acolhedor o suficiente para você não querer ir embora. “Cheguei aqui às 15h”, disse uma cliente, quando já beirava às 19h.
Camila Klein, Susana Barbosa e Giuliana Mesquita.
Foto: André Ligeiro
Nas prateleiras, as novidades chegam mês a mês. Com pedras naturais, formas variadas, ora arredondadas, ora em linhas retas, e uma cartela de cores esperta, a mistura é o que guia a imagem proposta pela paulista. É que, desprendida das normas antiquadas de estilo, para ela, não há certo e errado quando se trata de composição.
Em seu processo criativo, as tendências também não importam tanto. Certa de sua assinatura, Camila está mais interessada em imprimir a sua visão de mundo através de suas criações do que seguir a moda do momento. Prova disso são os maxicolares, hit absoluto do início dos anos 2010, que, mesmo tendo esfriado, em suas mãos ainda é um bestseller.
Camila Klein e Susana Barbosa.
Foto: André Ligeiro
A visão quanto às tendências não é à toa. “Essa nunca foi uma marca de moda. Sempre foi uma marca de arte”, esclarece Camila. A também artista plástica conta que, no evento, viu diferentes clientes, incluindo a diretora editorial da ELLE, Susana Barbosa, usando peças de 10 ou até de 15 anos atrás. O evento até poderia marcar o dito retorno de Camila Klein. Mas, com um trabalho duradouro, que ultrapassa modismos e resiste às adversidades, ela sempre esteve aí.
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