Conheça a Lo de Lui, marca que quer dar novo significado à estamparia

Grife da designer gaúcha Luiza Rosas aposta em peças pintadas à mão, produção em pequena escala e colaborações.


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Fotos: Divulgação



Luiza Rosas, 31, sempre soube que seria estilista. Foi movida por essa certeza que trocou Porto Alegre, cidade onde cresceu, pela capital paulista, em 2009, para estudar moda na Faculdade Santa Marcelina. Tempos depois, fez mestrado na área na USP e cursos na Central Saint Martins e London College of Fashion. Profissionalmente, passou pelas equipes de estilo da Daslu, Amaro, Hering e do e-commerce de luxo Gallerist. Sempre se destacando por sua habilidade com estamparia manual e digital.

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É que a estilista tem um fascínio especial por arte. “Gosto de levar para as roupas o que faço no papel”, diz ela. “Tento olhar para o tecido como se ele fosse uma pintura, uma arte para vestir. Estampa é uma coisa que amo muito, desde o começo da minha trajetória.”

No final de 2020, no auge da pandemia de Covid-19, essa paixão chegou a tal ponto que Luiza decidiu torná-la em negócio. Era um sonho antigo, que nunca saíra do papel até então. Foi assim que nasceu a Lo de Lui, marca focada em roupas feitas com muita consideração, em pequena escala e com desenhos que combinam referências minimalistas com elementos brasileiros mais quentes e levemente extravagantes. Ah, e com foco especial na estamparia.

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“Pinto alguns itens da coleção à mão, e outras estampas digitais partem desse processo manual”, explica a designer, que trabalha com empresas que garantem impactos reduzidos na natureza. Além disso, “todos os tecidos são de matéria-prima brasileira ou proveniente de estoques mortos ou descartes”, complementa.

A mais recente coleção ganhou um pequeno preview em dezembro do ano passado e será lançada em sua totalidade em fevereiro. Ela é dividida em quatro famílias baseadas em estampas, sendo a principal delas uma referência à flor do maracujá.

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Para o futuro, a Lo de Lui pretende investir ainda mais em colaborações. A mais recente delas foi a Pége, marca de acessórios de Patrícia Giufrida. A ideia é desenvolver uma moda mais colaborativa e com maior alcance de público. “Busco me envolver em projetos que tenham pessoas que trazem força estética e personalidade ao produto”, diz.

Em março, Luiza se juntará ao Studio 111 na produção de jogos americanos, toalhas e itens para casa, tudo devidamente estampado. Além disso, a designer tem como objetivo focar nos estudos de internacionalização da marca, buscando oportunidades que possam atingir o nicho da clientela que privilegia sua forma singular de criar.

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