Seis marcas de afroempreendedores chegam ao e-commerce da C&A

Em parceria com a PretaHub, produtos dos nomes selecionados começando a ser comercializados a partir de quarta-feira (20.10).


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O Instituto C&A, em parceria com a PretaHub, lançou em julho o edital Afrolab Moda, a fim de capacitar empreendedores negros, indígenas e afroindígenas. Agora, seis das 21 marcas selecionadas para o programa terão seus produtos comercializados na Galeria C&A, plataforma de e-commerce da varejista, a partir desta quarta-feira (20.10). São elas: Santa Resistência, Kioo Moda, Wmayden_brand, Mapa Lingerie, Vista Nove e Jazzngz.

Adriana Barbosa, fundadora da PretaHub e da Feira Preta, conta que mais de 200 pessoas se inscreveram para o edital. O critério de seleção foi raça, gênero e centralização de território. “Não queríamos representantes apenas do eixo Rio-São Paulo”, explica ela. Para escolher as seis marcas que vão representar o Afrolab Moda no marketplace da C&A o processo foi semelhante. “Outra questão bastante importante tanto para o PretaHub quanto para o Instituto C&A foi a diversidade de produtos.”

Adriana garante que os demais participantes que não foram selecionados não deixarão de receber suporte do PretaHub. “Ainda promoveremos ações com eles dentro do Festival Feira Preta, que, neste ano, acontece entre 20 de novembro a 10 de dezembro, em parceria com o Facebook. Esperamos que este seja um espaço para dar visibilidade para a história de cada um.”

Afrolab Moda

O Afrolab Moda foi dividido em duas etapas. Na primeira, os participantes selecionados participam de uma série de aulas online sobre criatividade, negócios, prototipagem, planificação e marketing digital.

Já na segunda fase do programa, os participantes partiram para a criação de seus projetos. Adriana Barbosa conta que a ideia surgiu no ano passado, quando estava no conselho do Instituto C&A. “Sempre tivemos interesse em fazer colaborações com grandes marcas e, dentro do empreendedorismo preto, uma grande maioria é da área de moda”, afirma a empresária.

Depois de participar do projeto, Gerusa Gama, dona da Mapa Lingerie, conta que mudou algumas diretrizes de sua empresa. “Direcionei o plano de expansão da marca para o universo online, levantei dados, fiz estudos e conexões com grandes profissionais e consultores comerciais a fim de crescermos nos marketplaces”, diz ela.

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Ela fundou sua marca em 2016, com o objetivo de responder perguntas como por que a lingerie precisa ficar sempre escondida, por que a lingerie não pode ser um produto versátil? “A roupa íntima e o único artigo de moda que a gente veste primeiro para nós mesmos, ainda que outras pessoas vejam”, fala Gerusa.

Já Athos, dono da Vista Nove, conta que teve uma experiência pessoal dentro do Afrolab Moda. “Pude basear meu negócio, meu processo criativo, em cima da nossa ancestralidade. O projeto me fez pensar e repensar minha trajetória pessoal dentro da moda”, conta ele.

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Sua marca começou como um projeto audiovisual no Instagram, em que o designer fazia roupas sob medida para convidados. Todo o processo era registrado e divulgado em um vídeo no IGTV. Ele espera que com a disposição de suas peças na Galeria C&A, sua etiqueta ganhe mais notoriedade. “Não só uma questão de venda, quero ampliar meu público. Por mais que faça tudo de uma maneira muito especial e acredite no que eu estou fazendo, tudo ainda é muito pequeno, feito na minha casa. Trabalho com uma equipe, mas cada um na sua casa. Costumo brincar que a Nove é uma marca muito especial, mas feita no fundo do meu quintal, bem íntimo.”

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