MFW: Diesel, inverno 2025

Misturando rainha da Inglaterra com Coco Chanel, a Diesel subverte símbolos tradicionais em sua coleção de inverno 2025.


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Diesel, inverno 2025. Foto: Getty Images



“Coco Chanel vai a Balmoral (Escócia), conhece a rainha da Inglaterra e ficam bêbadas juntas. Este é o conceito do desfile que propus ao meu time”, revela o diretor criativo Glenn Martens, em entrevista à imprensa após o desfile da coleção de inverno 2025 da Diesel, apresentado nesta quarta-feira (26.02), na semana de moda de Milão

Balmoral é um castelo da família real britânica desde 1852 e Chanel, bem, Chanel você já conhece. Mas o que as duas referências têm em comum? Tradição. O palácio tem arquitetura baronial clássica e a estilista francesa ficou conhecida pelos seus tailleurs sérios de tweed. Não pense, porém, que Glenn apenas reproduziria as inspirações.

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Diesel, inverno 2025. Foto: Getty Images

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Diesel, inverno 2025. Foto: Getty Images

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Diesel, inverno 2025. Foto: Getty Images

Beirando a explosão, o seu tweed ganha padronagem pied poule remendadas e tem os fios rasgados. Na versão mais próxima da original, o material é acompanhado de micro-shorts jeans que mais parecem calcinhas. As experimentações não param por aí. Os corsets ganham uma camada plastificada na superfície, as jaquetas de couro foram fervidas para criar um efeito amassado, e as calças de jacquard imitam jeans desgastados. Elas, aliás, têm cinturas superbaixas, que deixam escapar parte do bumbum, lembrando o design bumster criado por Alexander McQueen na temporada de inverno de 1993. Na versão de Glenn, elas vêm com uma roupa íntima de cós mais alto costurada, deixando tudo no lugar.

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Diesel, inverno 2025. Foto: Getty Images

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Diesel, inverno 2025. Foto: Getty Images

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Diesel, inverno 2025. Foto: Getty Images

O espírito rebelde do desfile também está na cenografia. A passarela foi coberta por grafites em uma instalação de três quilômetros feita não por um, nem por dois artistas, mas, sim, cerca de sete mil criadores de diferentes países, que vão da África do Sul à China. A proposta era a de que os grafiteiros se expressassem com toda a liberdade criativa, o que casa bem com a coleção.

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