Paris Fashion Week: Schiaparelli Verão 2024

Daniel Roseberry reproduz universo couture da Schiaparelli no prêt-a-porter de verão 2024 da marca, desfilado na Paris Fashion Week


Kendall Jenner encerra desfile de verão 2024 da Schiaparelli durante o Paris Fashion Week.
Schiaparelli, verão 2024. Divulgação



Daniel Roseberry apresentou o prêt-a-porter de verão 2024 da Schiaparelli, neste terceiro dia da Paris Fashion Week, (28.09).

E, da mesma maneira que o diretor criativo afirmou ter feito com a coleção de inverno passada, há um esforço em construir um guarda-roupa completo com a essência surrealista, dramática e imponente pela qual as produções couture já são conhecidas. 

Modelo desfila conjunto branco no verão 2024 da Schiaparelli durante a Paris Fashion Week.

Schiaparelli, verão 2024. Divulgação

Esse trabalho está presente no blazer fatal com ombros exagerados, em blusas ultradecoradas e nos vestidos noturnos, mas também em experimentações com jeans, conjuntos de colete com bermuda e até mesmo na malharia que deixa a calcinha à mostra — sim, a MiuMiuficação da temporada chegou a Schiaparelli. 

Ou seja, não existe tema específico da temporada, mas, sim, uma simplificação do universo rico e cheio de autorreferência que já funciona bem na alta-costura. E isso não significa menos complexidade, mas uma conexão maior com o cotidiano. Entre os acessórios, por exemplo, destaque para o tênis que, assim como as botas e scarpins da casa, também ganhou uma placa dourada na parte da frente marcando os dedos e criando um efeito trompe-l’oeil. 

Body com relevos de esqueleto no verão 2024 da Schiaparelli durante a Paris Fashion Week.

Schiaparelli, verão 2024. Divulgação

Conjunto listrado de colete e bermuda desfilado no verão 2024 da Schiaparelli durante a Paris Fashion Week.

Schiaparelli, verão 2024. Divulgação

Fora isso, uma fita métrica faz as vezes de um colar, o desenho de um torso feminino dá formato a uma bolsa tote e bocas e olhos são os botões que fecham os blazers. Babados agigantados também decoram o pescoço das camisas e jaquetas, bem como algumas referências históricas mais evidentes completam o todo: um top preto lembrando um ouriço faz alusão a uma blusa feita por Schiaparelli para Daisy Fellowes na década de 1930 e um body com ossos marcados homenageia o famoso vestido esqueleto, colaboração da estilista com o artista Salvador Dali, para a coleção Le Cirque, de 1938. 

Leia também: A história centenária de Elsa Schiaparelli. 

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