Do blog ao BET Awards: Tasha & Tracie relembram o início da carreira

Confira um trecho da reportagem da ELLE View com as irmãs que são destaque na cena do rap nacional e agora concorrem ao prêmio internacional de celebração de artistas negros.


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Que elas são um sucesso no Brasil ninguém pode negar. Pois agora Tasha & Tracie estão se destacando também no cenário internacional. As irmãs acabam de ser indicadas ao prêmio BET Hip Hop Awards de 2022, na categoria de melhor flow internacional. A premiação será realizada em Atlanta, nos Estados Unidos, no dia 30 de setembro, e transmitida no dia 4 de outubro. Por aqui, já estamos na torcida – e, para comemorar a indicação das garotas do Brasil, abrimos um trecho da reportagem de capa com Tasha & Tracie, publicada na ELLE View, nossa revista digital mensal para assinantes, em abril. Confira abaixo!

O rap está em alta.
E a dupla Tasha & Tracie também.

Rodando o Brasil desde a retomada dos eventos culturais, as irmãs já estão se vendo obrigadas a recusar trabalho tamanha é a demanda atual. “O fim de semana em que a gente não faz show é porque escolheu não fazer”, diz Tracie.

Nem sempre foi assim. Menos de dez anos atrás, tudo o que as garotas tinham era o amor à cultura hip-hop. Filhas de uma brasileira e de um nigeriano, criadas no Jardim Peri (Zona Norte de São Paulo), as gêmeas de 26 anos lançaram há quatro anos seu primeiro trabalho,Rouff. No ano passado, veio o segundo EP, Diretoria.

Mas muito antes da (relativamente) recente carreira como MCs, Tasha & Tracie já estavam construindo a identidade que as colocaria entre as mais autênticas expoentes desse novo momento do gênero, que vem amparado no apelo que a mistura com o trap e o funk tem entre o público mais jovem.

“Nossos pais sempre gostaram muito de música, de festa e de roupa também. A gente via as minas nos clipes, as passistas no Carnaval, e queria se sentir um pouco mais próximas daquelas referências”, conta Tasha.

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Tasha & Tracie na capa da ELLE View de abril de 2022.
Foto: Edgar Azevedo

Aos 17 anos, veio então a ideia de criar o extinto blog Expensive $hit, com reflexões sobre música, moda e beleza, tudo a partir da ótica delas: jovens meninas da periferia. “A gente usava a internet de amigos porque não tinha em casa”, relembra Tracie.

Produziam não só textos como os próprios editoriais de moda. “A gente pegava o colchão, levantava, colocava um pano para ser o fundo”, conta Tasha. Uma fotografava a outra ou contavam com a ajuda da mãe. “As roupas eram as que tínhamos. E a gente se baseava muito no Dapper Dan (estilista que ajudou a definir a estética hip-hop nos anos 1980 se apropriando do logo de grifes como Gucci e Louis Vuitton) porque comprávamos roupa de brechó e customizávamos. Não tínhamos perspectiva. Estávamos só exercendo nossa criatividade, o nosso olhar e sendo ousadas”, diz Tracie. Tasha completa: “As pessoas ficavam ‘mano, você vai usar isso?’. Para elas, era uma vergonha usar um bagulho que eu mesma fiz com a caneta. E a gente usava, foda-se”.

Se na quebrada não eram unanimidade, começaram a chamar a atenção de fotógrafos e marcas, inclusive de fora do país. Enquanto faziam sucesso no ambiente virtual, na vida real batalhavam trabalhando como camelôs ou em quiosques de shopping, vendendo acessórios de cabelo. Se em um dia conheciam o estilista Kenzo Takada ou eram convidadas a expor peças customizadas na SP-Arte, no outro, tinham de se virar para ganhar dinheiro, revendendo roupas que compravam em brechós, por exemplo, e contando com a ajuda de amigos. “Às vezes, a gente só tinha o dinheiro do ônibus. Na Discopedia (tradicional festa de rap no centro de São Paulo), o Nyack (DJ que é um dos organizadores) cedia um espaço sem cobrar nada”, relembra Tracie.

Para ler a reportagem completa e conferir o ensaio fotográfico com Tasha & Tracie, clique aqui e assine a ELLE View!

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