Singa aposta na lógica regenerativa para criar streetwear mais sustentável

Etiqueta comandada por Lucas Veríssimo investe no ativismo ambiental e em modelos de produção mais conscientes, e também participa da segunda fase do #MovimentoELLE.


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Em 2019, o designer paulistano Lucas Veríssimo viu uma oportunidade de transformar sua marca própria de roupas, a Singapura, em um negócio mais sustentável. “Fiz uma viagem para a Califórnia, conheci ativistas, trabalhei em uma fazenda de produtos orgânicos e voltei muito inspirado, com a ideia de fazer dela uma grife de roupas dentro do universo streetwear, só que mais consciente”, diz ele. Com a abreviatura do nome para Singa, Lucas vem implementando diferentes ações na etiqueta, que também participa da segunda fase do #MovimentoELLE.

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Foto: Fernando Mendes

Uma delas foi um drop de camisetas de algodão orgânico, importado de um fornecedor indiano certificado. Na sequência, ele iniciou uma pesquisa para encontrar mão de obra local que valorizasse profissionais e matéria-prima brasileiras. Com um algodão cultivado na Paraíba, criou a coleção Natural, com peças sem nenhum tipo de tingimento. “Com nossos recursos, nossa energia e nossa paixão, pretendemos transformar a produção e o consumo de moda”, define o designer. “Acreditamos que o futuro da moda pede por uma nova lógica, que é regenerativa”.

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Foto: Fernando Mendes

O algodão é o principal material da grife e arremata 98% das peças confortáveis e de modelagem oversized, quase sempre monocromáticas, em uma cartela de cores exclusivas desenvolvida por Veríssimo e seu time. Outra preocupação é com a eliminação de plástico de sua produção, inclusive aqueles nos quais as roupas são embaladas por confecções parceiras. “Estamos conversando com fornecedores de embalagens compostáveis e aumentando o ciclo de vida dos que usamos atualmente. Ou seja, em vez de enviar ao cliente, devolvemos para a confecção reutilizá-lo”, explica.

A marca também atua no ativismo ambiental e faz parte do 1% for the planet, um projeto global que reúne diferentes ONGs e direciona 1% da receita anual de marcas parceiras à essas instituições. “Nosso propósito é atuar como um agente transformador no comportamento de consumo de moda, local e globalmente”. Há ainda uma parceria com o programa Amigo da Floresta, que viabiliza o plantio de árvores nativas da Mata Atlântica em áreas desmatadas e a recuperação de rios e nascentes do Sistema Cantareira, um dos maiores mananciais do mundo.

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Foto: Pablo Saborido

A participação no #MovimentoELLE vem ajudando Lucas a compreender de uma maneira mais profunda os desafios em comum tanto de marcas pequenas como grandes, rumo a um desenvolvimento mais sustentável. “Entender internamente como nossos mentores solucionaram com genialidade esses desafios que são análogos ao da minha empresa é uma oportunidade única de aprendizado”, conta ele. “Também achei a escolha das palestras impecável, só pessoas inspiradoras e isso é muito importante, porque para tocar uma marca do zero é preciso muita inspiração.”

O que é o #MovimentoELLE
O #MovimentoELLE é um projeto solidário idealizado pela ELLE e pensado para impulsionar o desenvolvimento sustentável entre pequenos empreendedores de moda.

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