SPFW N59: Dario Mittmann

Deborah Secco roubou a cena do último desfile deste terceiro dia da São Paulo Fashion Week. O estilista Dario Mittmann escolheu a atriz para interpretar sua versão de um robô com armadura feita de borracha com pintura automotiva.

O ponto de partida foi uma reflexão sobre tecnologia e artesanato na era da inteligência artificial. O slogan é “AI can’t copy” (a inteligência artificial não copia) e foi levado a sério: a tecnologia não foi usada em nenhum momento da concepção ou produção da coleção.

SPFW N59: Dario Mittmann. Foto: Zé Takahashi / Agência Fotosite

SPFW N59: Dario Mittmann. Foto: Marcelo Soubhia / Agência Fotosite

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Embora o assunto converse com os desfiles anteriores de Mario Mittmann, o resultado é um pouco diferente. “Na minha estreia na SPFW, na temporada passada, apresentei a marca para quem ainda não a conhecia. Agora, cada temporada será um novo universo. Quero criar algo que as pessoas não esperam que eu entregue”, diz ele.

Esqueça as cores supersaturadas e os desenhos cartunescos da estação passada. Aqui é quase tudo preto, cinza, bege e prateado, com alguns toques de laranja e vinho. Em parceria com a Obrigon, etiqueta especializada em peças com estética de filme de terror, e com a estilista Poliana Brilhante, que trabalha com técnicas manuais, Dario mistura crochê com látex e jeans prateados com tricô de tramas abertas para representar ideias de passado, presente e futuro.

Dario sempre preferiu silhuetas mais amplas, então a novidade fica para a porção mais sensual da coleção. Com influência dos anos 2000, as calças têm cintura baixíssima, as baby tees coladas ao corpo ganham estampas tribais e os ombros agigantados contrapõem bodies fio dental.