SPFW N59: Weider Silveiro, verão 2025

Nas últimas coleções, Weider Silveiro olhou para o seu passado com atenção: as festas que frequentava quando criança no Piauí, os interesses que tinha quando se formou estilista, as decorações das casas na cidade onde cresceu e por aí vai.

Weider Silveiro, verão 2025. Foto: Agência Fotosite / Zé Takahashi

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Na apresentação de inverno 2025, nesta quarta-feira (09.04), o estilista explora a sua conexão com o feminino. “Fui um menino que sofreu bullying porque só andava com garotas. A minha roupa é essencialmente feminina porque sempre fui apaixonado pelo desenho do corpo da mulher”, explica ele no backstage, antes do desfile.

A ideia foi “pensar nessa silhueta em sua potência máxima”, viajando nas representações femininas nas artes visuais ao longo da história. Parte daí o estudo das Vênus, como a de Willendorf, Milo e Botticelli. Mas, é também das “vênus contemporâneas”, como Madonna, Cher, e Joelma.

Weider Silveiro, verão 2025. Foto: Agência Fotosite / Zé Takahashi

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Vale dizer, há uma evidente conversa com as recentes coleções internacionais de inverno 2025 – em especial a de Pieter Mulier para a Alaïa, que teve temática e resoluções parecidas em termos de modelagem. A atenção e interpretação para assuntos e vontades bastantes atuais é um traço marcante do estilista.

Nas roupas de Weider, isso significa vestidos, conjuntos e macaquinhos de malha com detalhes de volume e recortes concentrados no busto, na cintura e no quadril. Trata-se da continuação de uma pesquisa que o designer faz há temporadas, que envolve enchimentos tubulares e armações de ferro em looks de jersey plissados. Agora, há também ombros poderosos jogando alguns visuais para o universo powerlook. “É mais exagerado, mas conectado com o que eu sempre faço”, ele diz. 