7 poltronas de design para um up na sua sala
Selecionamos modelos icônicos que atravessaram décadas e continuam se destacando nos projetos atuais, peças com intervenções recentes e criações contemporâneas.
Existem diversos encantos que compõem uma casa e um deles certamente está oculto no design dos móveis – para além do desenho, há uma beleza sublime que faz parte de cada traço, solução e material escolhidos por seus criadores, designers e arquitetos.
Há também o contexto histórico, o estilo vigente, a quebra de paradigmas, a inovação. E existe a história do mobiliário e a trajetória das peças, a exemplo de algumas poltronas de design assinado, que se tornaram ícones ao longo das últimas décadas.
Se considerarmos apenas o recorte do modernismo, não podemos deixar de enaltecer brasileiros como o arquiteto Paulo Mendes da Rocha (1928-2021), que combinou estrutura de aço e assento suspenso na Paulistano e viu sua poltrona virar peça de museu.
O designer Sergio Rodrigues (1927-2014), contrariando tudo o que pregava a Bauhaus, não deixou espaço para linhas enxutas e mera funcionalidade em suas criações carregadas de personalidade.
Dessa geração, o autodidata Zanine Caldas (1919-2001) inaugurou o uso da madeira de demolição e elevou o móvel à escultura natural. E muitos outros designers e arquitetos ao redor do mundo desenharam peças que marcaram época e continuam imprimindo sua beleza, evidente e oculta, nos lares atuais.
Para dar um up na sua sala, confira algumas opções abaixo de poltronas – das modernistas (fabricadas até hoje) a um modelo revisitado e uma linda criação atual.
Puro aconchego e item de desejo
Foto: Instagram/@eunes.home
Em alta nos últimos tempos, a poltrona Togo, que faz conjunto com o sofá de mesmo nome, foi criada pelo designer francês Michel Ducaroy para a Ligne Roset no início da década de 1970. Com design ergonômico e capa acolchoada, a peça enaltece qualquer ambiente, já que seu desenho atemporal vai bem em composições contemporâneas.
Homenagem ao design brasileiro
Foto: Israel Gollino
Em destaque neste projeto do escritório Um Design Studio, a poltrona Cuca, criada pelo designer Zanine Caldas nos anos 1950 em homenagem à sua filha, foi escolhida para potencializar o espaço. “É uma peça especial, porque, além de ser confortável, chama a atenção pelo espaldar alto, revestido em camurça”, explica o arquiteto Ricardo Souza.
Ícone do estilo escandinavo
Foto: Instagram/@carlhansenandson
A poltrona Shell, criada em 1963 pelo designer dinamarquês Hans J. Wegner, tem assento de formato orgânico espaçoso e sua estrutura, composta por madeira moldada, fica perfeitamente apoiada em três pernas. O desenho caracteriza o estilo modernista do designer, que era um verdadeiro defensor da funcionalidade aliada à beleza.
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Poltronas de design: um clássico revisitado
Foto: Denílson Machado
A estrutura de madeira maciça da poltrona Kilin, criada em 1972 pelo arquiteto e designer Sergio Rodrigues, ganhou uma tapeçaria com desenho feito à mão pela arquiteta Ana Weege, que usou 18 cores de fio para produzir a arte. “É uma intervenção que celebra a capacidade de adaptar o legado do design ao nosso tempo”, diz Ana.
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Mobiliário que atravessa décadas
Foto: Instagram/@knoll
Desenhada pelo arquiteto Eero Saarinen em 1947 para a designer e empresária Florence Knoll, a poltrona Womb tinha a proposta de ser tão acolhedora quanto o ventre materno – daí seu nome. Acompanhada de um apoio para os pés, a peça se popularizou nos lares estadunidenses na década de 1940 e continua a fazer bonito nos projetos atuais.
Conforto e design que abraça
Foto: Instagram/@greenhousemoveis
Eleita designer do ano pelo EDIDA BR 2024 (ELLE DECO Brasil Design Awards), Roberta Banqueri tem em seu portfólio diversos modelos de poltronas de desenho superconvidativo, caso do modelo Hug, em que o nome autoexplicativo já diz tudo: a peça é um verdadeiro abraço em quem se aconchega nela. Produzida para a Green House Móveis.
Poltronas de design: a bela Paulistano
Foto: Instagram/@objekto
Criada em 1957 pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha, a poltrona Paulistano se vale de um design inteligente e sucinto, composto de uma estrutura contínua de aço moldada a frio e com um único ponto de solda. Nessa estrutura, o assento suspenso faz referência a uma rede de balanço. A peça faz parte do acervo permanente do MoMA, em Nova York.
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