Imersão amazônica
Na companhia de Gaby Amarantos, Bob Wolfenson registrou as histórias de pessoas que ajudam a preservar a maior floresta tropical do mundo com o apoio da Vale.
CONTEÚDO APRESENTADO POR VALE
Ela nasceu em Belém e foi uma das responsáveis por mostrar ao Brasil o tecnobrega. Ele, paulistano, é um dos maiores retratistas do país, autor de imagens que entraram para a história. Juntos, a cantora e atriz Gaby Amarantos, uma espécie de embaixadora da cultura amazônica, e o fotógrafo Bob
Wolfenson conheceram e registraram pessoas à frente de iniciativas que contam com o apoio da Vale na preservação e no desenvolvimento sustentável da maior floresta tropical do mundo. E puderam comprovar, nesse trecho da Amazônia no estado do Pará, que juntos é possível fazer a diferença.
Com uma carreira de mais de 50 anos, Bob se abriu para a experiência: “Fui lá para aprender
também”, conta ele. “Não fui como um insider, como um fotógrafo da floresta, como Sebastião
Salgado, Luiz Braga e Araquém Alcântara”, completa.
Um dos projetos visitados pela dupla foi a produção do Hidromel Uruçun, capitaneado pela engenheira de produção Ana Lídia Zoni, que viu nos pequenos produtores de mel de abelhas nativas sem ferrão da Amazônia uma oportunidade. A esse mel, que até então não tinha compradores, ela adicionou água e levedura, para promover a fermentação, e criou o seu hidromel, uma bebida alcoólica que tem conquistado cada vez mais consumidores no Brasil. Além de escoar a produção local, esse produto 100% amazônico colabora com a preservação da floresta, já que as abelhas
são grandes polinizadoras.
“Hoje existem várias saídas para que a gente consiga usar todo o insumo da região não só pelo
extrativismo, mas de maneira inteligente”, defende Ana Lídia. “O hidromel ajuda a multiplicar a floresta e a renda das famílias”, diz Gaby. Bob se surpreendeu com o que viu: “O projeto recuperou abelhas em extinção para fazer a produção e a viabilizou economicamente”.
O fotógrafo e a cantora também conheceram o projeto de preservação de répteis e anfíbios realizado no Mosaico de Carajás (PA), coordenado pela zoóloga Ana Prudente, curadora do Museu Paraense Emílio Goeldi, um parque zoobotânico em Belém, que conta com o apoio do Instituto Tecnológico Vale. “Fiquei louca, pois o acervo dela é inacreditável. A vontade é de ficar o dia inteiro no museu. Sou doida por bicho”, lembra Gaby. “A consciência é um dos caminhos para a gente manter essa região
protegida. Quanto mais a gente conseguir juntar informações, mais fácil será manter a floresta em pé”, diz Ana Prudente.
Gaby e Bob visitaram ainda a Manioca, um empreendimento do advogado Paulo Reis, apoiado pelo Fundo Vale, que usa a mandioca para fazer molhos, temperos e farofas. A iniciativa garante a compra da mandioca produzida por comunidades locais e é um dos 75 negócios da Assobio (Associação dos Negócios de Sócio-bioeconomia da Amazônia), também conduzida por Paulo, que atinge 80 mil
pessoas. Ele lembra que a Amazônia é importante não só por sua riqueza natural, mas também pelo modo de vida exercido há gerações pelas pessoas de lá: uma fonte de aprendizado sobre como
podemos ter uma vida mais harmônica com a natureza, preservando o nosso futuro.
Além de cobrir essas iniciativas, a viagem incluiu uma visita ao projeto de preservação da castanheira comandado por Suelen Cruz, uma engenheira florestal da Vale, que já plantou 26 mil mudas da
espécie símbolo do Pará. “Vivenciar a floresta é um privilégio”, diz Suelen, que lembra que a Amazônia é o maior bioma do mundo, fundamental para a geração de chuvas, e contribui para a redução dos problemas climáticos que enfrentamos hoje. “Nós podemos preservá-la, atuar sustentavelmente nela, extraindo os recursos necessários, mas cuidando também, fazendo replantios e várias ações de meio ambiente que contribuem para a conservação do bioma”, defende.
Ao fim da viagem, o saldo foi positivo. “Foi muito bonito ver as mulheres nesse lugar de protagonismo. Sou de uma geração que as viu muito em lugares de subserviência. Isso chamou a minha atenção”, diz Gaby. “Toda vez que faço essa imersão ‘dentro de casa’, aprendo coisas novas”, completa a
cantora. “As pessoas dos projetos que a gente conheceu são muito apaixonadas pela floresta e
trabalham na preservação dela. Vi que é possível viabilizar a floresta economicamente, a vida dos
ribeirinhos, das pessoas que habitam a Amazônia, cuidando dela e a multiplicando”, finaliza o fotógrafo.
CRÉDITOS:
Fotografia: Bob Wolfenson
Assistentes de foto: Augusto Jordão, Ana Tonezzer
Manager: Soraya Chara
Tratamento de imagem: Christina Schmidt Kehl
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