Rock Doido Gaby Amarantos: 10 curiosidades do álbum-filme que celebra a potência do Norte

Música, moda e espiritualidade se encontram em Rock Doido Gaby Amarantos, projeto que transforma a aparelhagem em manifesto cultural.


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Look Rock Doido Gaby Amarantos. Divulgação



Em seu novo trabalho, Gaby Amarantos não se limita a lançar um disco: ela cria uma experiência que mistura festa popular, cinema e moda. Rock Doido Gaby Amarantos é ao mesmo tempo álbum e filme, estruturado como um DJ set inspirado nas icônicas festas de aparelhagem de Belém. Gravado em plano-sequência de 22 minutos no bairro de Condor, em Belém do Pará, o projeto reúne nomes como Viviane Batidão, Lauana Prado, MC Dourado e Gang do Eletro, reforçando a ideia de celebração coletiva.

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Capa de Rock Doido Gaby Amarantos. Divulgação

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Mais que entretenimento, o Rock Doido é um manifesto sobre identidade e pertencimento. “O povo do Norte cria as próprias tendências: a gente é colorido, over, camp. A estética do tecnobrega é vanguarda e precisava ser celebrada”, diz Gaby. Ao longo do filme, símbolos da cultura paraense se misturam a referências globais, do Círio de Nazaré a Michael Jackson. “O Rock Doido é meu lugar, onde a minha alma brilha numa essência única”, completa a cantora.

A seguir, reunimos 10 curiosidades que ajudam a entender como Rock Doido Gaby Amarantos se tornou mais que um lançamento musical, mas um marco cultural que amplia a potência da Amazônia para o Brasil e para o mundo.

Festa sem pausa

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O álbum foi construído no formato non-stop: músicas curtas, coladas umas nas outras, exatamente como nos bailes de aparelhagem de Belém. A ideia é recriar a sensação de estar no meio de um set de DJ, onde não existe silêncio, só batida contínua.

Cinema de guerrilha na periferia

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O curta foi gravado em plano-sequência de 22 minutos nas ruas do bairro de Condor. Com direção da própria Gaby em parceria com o coletivo Altar Sonoro, o filme usou celular e contou com uma equipe 100% paraense. A mensagem era clara: provar que criatividade local supera qualquer limitação de estrutura.

Estética tecnobrega elevada à moda

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Para além da música, o filme também é sobre moda. O styling de Bruno Pimentel reuniu estilistas e estudantes da Universidade da Amazônia (Unama), numa força-tarefa que transformou o set em passarela. O objetivo: mostrar uma Amazônia fashion, colorida, vanguardista – distante do estereótipo da floresta apenas folclórica.

O uniforme Pink Boto

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Um dos looks mais marcantes é a camiseta criada pela marca paraense Pink Boto, usada na cena de “Tô Solteira”. A peça foi pensada como camisa de time de futebol e acabou virando uniforme da própria Gaby, que segue usando o modelo em entrevistas e lives. A peça foi vendida no site da marca e, claro, já está esgotada.

Entre o sagrado e o profano

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Imersão amazônica

Do figurino com garra de tigre e “short beracu” à capa usada no momento do benzimento, o filme traduz a fusão entre festa popular e religiosidade. O final reproduz um gesto comum das aparelhagens: encerrar a balada com um hino ou louvor, unindo devoção e pista.

Perrengues de filmagem

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Nada de glamour: no dia da gravação, a sandália gladiadora de Gaby arrebentou, a cola improvisada queimou seu pé e um tonel da cena de “Cerveja Voadora” parou de funcionar – foi preciso enchê-lo com água de piscina. Até a irmã da cantora quase perdeu a entrada como benzedeira porque estava… fazendo pagamentos no celular.

Hits improvisados

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A espontaneidade também guiou a criação musical. “Foguinho” nasceu em Salvador, após um show de Carnaval, numa brincadeira com o clássico de Luiz Bonfá. Já “Não Vou Chorar”, parceria com Lauana Prado, surgiu de Gaby cantando no chuveiro, de toalha, interrompendo o banho para registrar a melodia.

Simbolismos para todos

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Embora repleto de referências locais – como a árvore que chora ouro e mel, inspirada em lenda indígena, ou o ritual de pombagira encenado no banheiro – o filme foi pensado para ser compreendido por qualquer espectador. Spoiler: o misterioso piloto “Crina Negra” que leva Gaby na moto é, na verdade, uma mulher.

Rock Doido como movimento

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Mais que um disco, o projeto funciona como plataforma cultural. A turnê que estreia em breve promete explicar expressões locais como “dar de sal” e diferenciar tecnobrega de brega funk, além de abrir espaço para novos artistas paraenses. Para Gaby, é um movimento com potencial global – “o próximo funk carioca”.

O easter egg da “gay prateada”

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Entre as muitas figuras que aparecem no filme, uma se tornou favorita dos bastidores: o figurante de macacão prateado que decidiu participar de quase todas as cenas. Ele virou uma espécie de mascote do projeto, e os fãs já foram convocados a caçar suas aparições ao longo do curta.

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