Paris Fashion Week: Thom Browne, verão 2026
Figuras alienígenas desfilam a coleção de verão 2026 de Thom Browne nos moldes da alta-costura de antigamente.
Depois de apresentar, em fevereiro, o seu inverno 2025 na semana de moda de Nova York, o estadunidense Thom Browne retorna a Paris, onde desfilou até 2023. A ideia do estilista é variar as capitais daqui em diante.

Thom Browne, verão 2026. Foto: Getty Images

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Um antigo casarão de Karl Lagerfeld serviu como locação para as propostas do verão 2026. Cinco homens com maquiagem prateada no rosto vestem a tradicional alfaiataria cinza do costureiro e entregam as notas sobre o show aos convidados. O desfile segue os moldes clássicos das antigas apresentações de alta-costura. Como no passado, as modelos aparecem com placas numeradas nas mãos que identificam os seus looks. Seria o roteiro convencional, não fosse o fato de que a placa é de led e quem cruza a passarela é uma figura alienígena brilhante – com cabeça e olhos enormes, como ficou consagrado no imaginário popular.

Thom Browne, verão 2026. Foto: Getty Images

Thom Browne, verão 2026. Foto: Getty Images

Thom Browne, verão 2026. Foto: Getty Images
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A criatura veste um terno Thom Browne de múltiplos braços e pernas. O visual preppy tão conhecido da casa passa por mudanças na silhueta. As pernas são alongadas com sapatos plataforma e os ombros elevados por estruturas internas. O suéter de gola V, a camisa polo, o paletó e a saia plissada, junto à série de listras e xadrezes, ganham efeito ampliado ou explosivo – que separa as partes da roupa, como se ela desintegrasse no espaço sem gravidade. Itens mundanos, recebem detalhes extraordinários (ou extraterrestres) como a textura de látex, o verde marciano e alguns volumes fantásticos.

Thom Browne, verão 2026. Foto: Getty Images

Thom Browne, verão 2026. Foto: Getty Images
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O movimento do designer é familiar – e, de certo modo, repetitivo. Ele parte do uniforme de trabalho masculino, com cores tipicamente estadunidenses e estética burguesa, para extrapolar na fantasia, levantar questionamentos e construir uma sátira. Aqui, vale pelo humor e o recado de que o interesse pelo desconhecido é uma insatisfação com a realidade.
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