5 fatos sobre Florence Welch

À frente do Florence and the Machine, cantora lança o álbum "Everybody scream", numa atmosfera de bruxaria.


Florence and the Machine
Foto: Divulgação



É neste Halloween, 31 de outubro, que Florence and the Machine lança seu sexto disco, Everybody scream. A data não foi escolhida à toa. Desde adolescente, Florence Welch, cantora à frente do grupo, é fascinada por bruxas e bruxarias.

Na escola, criou com algumas amigas um grupo de bruxas e brincavam de criar feitiços. Em diversas canções, faz alusões a rituais de magia, como em “Rabbit heart”, um de seus primeiros singles. Em 2015, compôs a autoexplicativa “Which witch” (qual bruxa). Na faixa-título do novo disco, um verso traz a letra “a bruxaria, a medicina, os feitiços”.

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Foto: Divulgação

O misticismo faz parte do folclore que acompanha a banda desde a sua criação, em 2007. Não apenas a sua música, mas o visual de sua vocalista são bastante influenciados por cantoras que estão distantes dos padrões de beleza e sonoridade do pop, como Kate Bush, Björk e Stevie Nicks (Fleetwood Mac).

Suas canções, como o hit “Dog days are over”, possuem uma atmosfera art pop e barroca, com arranjos sofisticados, que ganham contornos especiais com a voz intensa e quase operística de Florence Welch. Antes do sucesso, a inglesa cantava em casamentos e funerais.

O novo disco também parte da experiência com uma gravidez interrompida da cantora (leia mais abaixo). “Havia uma urgência para esse álbum”, disse a cantora ao apresentador Zane Lowe. “Se eu não o tivesse lançado agora, ele nunca teria saído”. Everybody scream traz participações de Mark Bowen (Idles), Aaron Dessner (National), Mitski e Danny L Harle.

A seguir, cinco curiosidades sobre a vocalista:

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A cantora no clipe de Sympathy magic play Foto: Divulgação


Saúde e vulnerabilidade

Florence nunca escondeu os altos e baixos de sua trajetória. Ela já falou abertamente sobre alcoolismo e como reencontrou a si mesma quando ficou sóbria, algo que aparece no seu quarto disco, High as hope (2018). Também sofre com ansiedade e já falou sobre o papel terapêutico da música. Em 2023, uma cirurgia de emergência, ocasionada por uma gravidez ectópica (quando o embrião se desenvolve fora do útero), interrompeu a turnê de Dance fever, seu penúltimo trabalho. Foi uma “experiência de quase morte”, segundo Florence.

A obsessão literária

A cantora é uma leitora voraz desde a infância. É admiradora de autores como William Blake, Virginia Woolf e Sylvia Plath e transmite em suas letras o mesmo tom poético e místico encontrado em seus autores preferidos. Em 2018, publicou Useless magic, livro que reúne poemas e anotações pessoais. Seu vínculo com a leitura é tão profundo que, ainda criança, ela pedia ao pai para ler a Bíblia em voz alta. Hoje, mantém o clube do livro Between two books, que foi sugerido por fãs e abraçado pela cantora.

Orgulho em ser dispráxica

Diagnosticada com dispraxia quando criança, Florence transformou a condição, que afeta a coordenação motora e o planejamento dos movimentos, em algo a ser falado e analisado. Em entrevistas, ela se declara “orgulhosa por ser dispráxica”. Há alguns anos, em Dublin, antes de um show, visitou jovens com dispraxia e câncer. Para ela, pensar de um jeito “diferente” faz parte da criatividade que alimenta a sua música e sua visão de mundo.

Educação e referências artísticas

Florence estudou ilustração no Camberwell College of Arts, ligada à University of the Arts London. Tempos depois, recebeu da universidade um diploma honorário pelo impacto de sua obra musical. Ela é fascinada por Frida Kahlo, e um dos banheiros de sua casa é dedicado a obras da artista mexicana. A artista credita à avó paterna o incentivo inicial para seguir as artes.



A relação íntima com a moda

Estilo e imagem sempre foram extensões da arte de Florence. Adepta de roupas vintage e figurinos etéreos, ela já citou drag queens dos anos 1970, como o coletivo The Cockettes, e ícones como Françoise Hardy e Stevie Nicks entre suas influências. Amiga de Alessandro Michele, ela costuma vestir as criações do designer italiano, tanto na Gucci como na Valentino, e costuma garimpar peças únicas em brechós.

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Alessandro Michele e Florence Welch no Gala do Met, em 2016 Foto: Larry Busacca/Getty Images

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