Nova temporada de Emily em Paris vai a Roma e a Veneza

A moda acompanha os novos ares, enquanto a protagonista e sua chefe Sylvie tentam se estabelecer em solo italiano.


Nova temporada de Emily em Paris
Lily Collins na nova temporada da série Foto: Giulia Parmigiani/Netflix © 2025



A nova temporada de Emily em Paris, que estreia nesta quinta-feira (18.12), na Netflix, começa com a personagem do título, interpretada por Lily Collins em… Roma. Exatamente onde ela terminou o ano anterior, depois de ir à capital italiana para encontrar Marcello (Eugenio Franceschini) e ficar encarregada de tocar o escritório local da Agence Grateau por sua chefe Sylvie (Philippine Leroy-Beaulieu).

Claro que, como sempre na série liderada por Darren Star, haverá muitos vaivéns amorosos para as personagens, incluindo Mindy (Ashley Park), a melhor amiga de Emily, várias confusões com clientes e figurinos que despertam paixão e debates. Nesta quinta temporada, também há um pulinho em Veneza. 

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Os novos ares influenciam os looks dos personagens. Desta vez, Emily usa mais conjuntos de calça e blazer ou shorts e blazer, muitos lenços e echarpes, majoritariamente de grifes italianas como Dolce & Gabbana, Fendi, Moschino, com alguma inspiração em filmes italianos estrelados por Sophia Loren, Silvana Mangano e Claudia Cardinale.

De Veneza, por videoconferência, o elenco de Emily em Paris conversou com a imprensa, com participação da ELLE.

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Lily Collins, como Emily, agora em Veneza Foto: Giulia Parmigiani/Netflix © 2025

À moda italiana

Lily Collins: “Emily usa muito salto alto nas temporadas 1 a 4. Achei que na quinta temporada deveríamos dar a ela sapatos baixos, para que ela tivesse menos chance de cair. Na primeira temporada, Emily tinha muitos pensamentos e muitas coisas a dizer, e em vez de sempre compartilhá-los, ela os expressava em suas roupas. Muitas delas eram vibrantes, ousadas, coloridas e chamativas, de uma forma linda. Quatro temporadas depois, ela aprendeu a se expressar de uma maneira diferente, e essa ousadia e vivacidade foram um pouco suavizadas em looks que talvez não sejam tão misturados e coloridos, mas igualmente impactantes. Eles são apenas um pouco mais estruturados. Gosto de pensar que há uma certa autoconfiança que transparece nas roupas, que talvez ela não tivesse na primeira temporada”. 

Ashley Park: “Mindy sempre seguiu o seu próprio ritmo na moda. No caso dela, não é tanto uma questão de ‘ah, ela está nesta fase da vida’. Tem mais a ver com o que ela sente no momento. Fomos intencionais com a textura que combina com a emoção de cada cena. É sempre muito divertido adicionar todas essas camadas”.

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Bruno Gouery como Luc e Philippine Leroy-Beaulieu como Sylvie Foto: Giulia Parmigiani/Netflix © 2025


A evolução das personagens em Emily em Paris

Lily Collins: “A cada ano, a personagem evolui e cresce. Desde a primeira temporada, ela estava tentando encontrar sua voz. Agora ela conseguiu e está tentando se apropriar mais dela, seja no romance ou no trabalho. Ela cresceu muito profissionalmente. Ouso dizer que sua proximidade com a Sylvie começa a crescer. Com isso, vem uma confiança interior. Ela se sente mais centrada, mais segura de si. Todos nós sabemos que, quando isso acontece, você consegue lidar com o drama e o inesperado de uma forma mais madura”. 

Philippine Leroy-Beaulieu: “Sylvie era sofisticada e irônica, mas também horrível com a Emily – algo que realmente gostei de fazer, me desculpe (risos). É sempre divertido interpretar essas personagens, você pode fazer tudo o que nunca poderia na vida real. Nesta temporada, a armadura da Sylvie se quebra e vemos a bagunça que está por dentro. Vemos não apenas vulnerabilidade, mas também um monte de perguntas passando pela cabeça dela. É interessante como Sylvie está tentando várias coisas e meio que falha em todas, o que é ótimo. Adoro personagens que falham. Ela está meio perdida nesta temporada. É outra visão da Sylvie. Por isso, estava mais interessada no que estava acontecendo dentro da personagem do que nas roupas. Como a vida dela está mais complicada, achei que ela estaria menos tensa. Em Roma ela está mais relaxada”.

Ashley Park: “Quando conhecemos a Mindy na primeira temporada, ela provavelmente é quem tem mais liberdade, quem menos se preocupa. Mas agora ela tem muito mais a perder porque investiu em amizades, e os valores de sua irmandade com Emily são testados”.

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Lily Collins em cena da nova temporada Foto: Netflix © 2025

Veneza

Lily Collins: “Ir a Veneza era um sonho antigo. Nunca imaginei que a série nos traria até aqui. Tinha visto muitas fotos, vídeos do festival de cinema, ouvido falar dos barcos. Mas para mim houve dois momentos marcantes. A primeira foi a viagem do aeroporto ao hotel. Parece um estúdio de cinema, sabe? E ver a Praça de São Marcos à beira da água, com o dourado, a luz e as cores. Quando cheguei ao hotel e entrei no meu quarto, parecia uma cena da série, porque abri a janela e não acreditei na vista”. 

Eugenio Franceschini: “Roma e Veneza são cidades muito importantes para mim. Eu me mudei para Roma quando tinha 18 anos (o ator italiano nasceu na cidade de Verona). Roma representa a liberdade total. Veneza é a cidade mais linda do mundo, onde desejo morar um dia. Para mim, filmar nesta cidade foi uma grande emoção, uma responsabilidade e um orgulho mostrar sua beleza para o todo o mundo. E, claro, isso influenciou minha interpretação, porque foi como apresentar Emily aos meus lugares favoritos do mundo. Realmente queria que Lily e todas as outras pessoas se apaixonassem por esses lugares. Era algo pessoal”.

De Emily para Lily

Lily Collins: “É uma frase da série, de uma conversa com o Marcello, e não se trata necessariamente apenas de amor. A Emily fala de abandonar a necessidade de ser perfeita o tempo todo e deixar as coisas acontecerem, e assim tudo ficará bem. Muitas vezes, seja na vida profissional ou amorosa, tentamos ter tudo perfeitamente organizado e compreendido. E essa ansiedade pode impedir que algo bonito aconteça. Acho muito importante perceber que, quando você se liberta, as coisas podem dar certo. E quando é mais jovem, existe muita pressão para ser essa versão perfeita de si mesma o tempo todo. E, se não for, a pessoa não vai gostar de você, não vai te ligar. Você acaba entrando numa espiral descendente. E, na verdade, se você simplesmente for você mesma, talvez tudo fique bem”.

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