Gelo no rosto é tendência de skincare. Mas funciona?

Ao buscar pela hashtag #skinicing no TikTok, você terá acesso a milhares de publicações a respeito desta nova tendência de cuidados com a pele. Trata-se de uma série de artimanhas para incluir o gelo na sua rotina de skincare.

Você pode mergulhar a cabeça em um balde com água e gelo, como a estilista britânica Victoria Beckham e a top model Kate Moss, ou usar uma ferramenta geladinha como a modelo russa Irina Shayk.

No mar de vídeos da rede social preferida da geração Z, os benefícios prometidos são muitos: prevenção da acne, aumento da luminosidade, diminuição do inchaço matinal, redução de poros e de linhas de expressão e por aí vai…

“Generalizações na saúde são sempre perigosas”, alerta a dermatologista Cristiane Simões. “Não existe ‘a acne’. Existe a acne que você tem. As doenças variam muito dependendo do indivíduo que as contrai”, explica.

De acordo com os dermatologistas entrevistados por esta reportagem, na verdade, os efeitos mais comuns do skin-icing são o controle da oleosidade (“uma vez que promove uma contração momentânea da pele”, diz Otávio Macedo) e o combate ao inchaço (“o frio diminui os vasos sanguíneos temporariamente”, continua).

Por isso, antes de sair jogando gelo na cara achando que um milagre vai acontecer, tenha calma. “Se sentir alguma sensibilidade durante o processo, suspenda o uso e não utilize o gelo diretamente na pele que, por causa disso, pode se queimar. Compressas frias de chá de camomila saem na frente“, indica Otávio.

A colega de profissão Luciana Garbelini lista outras maneiras de aderir ao skin-icing: “Água bem gelada no momento da lavagem do rosto, produtos de beleza na geladeira (indicados por um especialista, claro) e água termal refrigerada para dias quentes também podem ser opções.”