Não deixe o hall de entrada virar o cantinho da bagunça
Bolsa, casaco, chaves, sapatos, máscara, álcool em gel: agora, a entrada da casa tem que acomodar tudo isso e mais.Confira ideias de arquitetos e designers para fazer do hall um lugar funcional e charmoso.
Tirar os sapatos ao chegar em casa, hábito entre os orientais, é um dos novos costumes que a pandemia de Covid-19 instaurou também no Brasil. “Estamos mais atentos à necessidade de limpeza de roupas e objetos”, avalia a arquiteta Júlia Guadix, à frente do escritório paulistano Liv’n Arquitetura.
Com isso, a entrada da casa, que antes acomodava não muito mais do que casacos e um porta-chaves, passou a ser local de concentração dos calçados da família – sem falar nas máscaras de proteção e no frasco de álcool em gel. E aí você tem duas alternativas: o hall de entrada vira o cantinho da bagunça ou se torna um local organizado e funcional.
Uma das dicas apontadas por Júlia para eliminar o risco da primeira opção é posicionar um móvel multiúso, capaz de concentrar várias demandas, logo na área de entrada da casa ou do apartamento. Peças soltas carregam consigo a possibilidade de sempre poder trocar de lugar – e até de endereço, acompanhando os moradores numa mudança futura.
“Temos o costume de desenhar um móvel de entrada para os nossos projetos”, conta o arquiteto Sarkis Semerdjian, sócio de Domingos Pascali no Pascali Semerdjian Arquitetos, escritório que fica na cidade de São Paulo. “Percebemos que se intensificou essa demanda por um local para organizar os objetos quando as pessoas chegam em casa”, pontua.
Nos dez projetos a seguir, arquitetos e designers dão soluções para acomodar com estilo todos os acessórios e aparatos que o entra-e-sai pede nos dias atuais.
Ordem na rotina
Foto: Guilherme Pucci
Neste projeto da Liv’n Arquitetura, o móvel da Desmobilia resume as necessidades de um hall. Há banco, sapateira, cabideiro e até uma prateleira para guardar os capacetes dos moradores.
Verve industrial
Foto: Joana França
A estrutura metálica de vergalhão ganha a companhia do assento estofado de couro nesta peça criada pelo designer brasiliense Danilo Vale. O banco Tião, como foi batizado, tem três tamanhos. Este é o maior, com 90 cm de largura e prateleira à meia altura para guardar calçados.
Clássico atualizado
Foto: Renato Navarro
Rosa, dourado e cinza formam a paleta deste hall desenhado pela arquiteta Mariana Maran, que comanda o escritório paulistano com seu nome. As ripas ajudam a camuflar a porta do lavabo do apartamento e são a base para as arandelas elegantes da Bella Iluminação. Pufes da Sierra Móveis Gabriel.
Chapelaria iluminada
Foto: Ricardo Bassetti
Acostumados a desenhar móveis para a entrada de seus projetos, a dupla à frente do Pascali Semerdjian Arquitetos aproveitou o recuo na alvenaria para dar forma à saleta com prateleiras de madeira e aço corten. Uma chapa metálica perfurada disposta na lateral filtra a luz que vem de dentro e cria belas cenas luminosas durante a noite.
Clima rústico
Foto: Cacá Bratke
A moradora deste apartamento de 120 m² na Vila Madalena, bairro paulistano, pediu um móvel de apoio para guardar sapatos. A ideia de criar um banco na alvenaria e acrescentar ganchos para pendurar bolsas e casacos veio do arquiteto Rogério Shinagawa. O acabamento colorido conta com ladrilhos hidráulicos da Dalle Piagge.
Tom vibrante
Foto: Divulgação
Na planta original deste apartamento de 145 m² em São Paulo, não havia hall de entrada. Em busca de mais privacidade, a equipe da Concretize Interiores criou a barreira e apostou no tom forte de verde nas paredes e no teto. O banco tem espaço de armazenamento na parte inferior e forma uma parceria descolada com a parede de pegboard, que permite distribuir livremente os apoios para pendurar bolsas e casacos.
Dupla função
Foto: Giselle Rampazzo
O painel ripado logo na entrada do apartamento tipo estúdio dá aquela força para calçar os sapatos e pendurar os objetos do morador. A inteligência do projeto do Mandril Arquitetura ainda reserva uma surpresa: junto da porta, atrás do banco, fica a lavanderia, bem escondidinha.
Moldura concreta
Foto: Mariana Orsi
Uma faixa de cimento queimado delimita o espaço de entrada do apê paulistano reformado pela equipe do Box14 Arquitetura. Junto do banco metálico – só que no alto, para poupar espaço e complementar o décor – fica a sapateira da JM Works.
Conexões organizadas
Foto: Renato Navarro
Ao desenhar seu próprio apartamento, a arquiteta Juliana Muchon envolveu a entrada com painéis de madeira. Agora tem um pequeno hall com banco e arandela bem diante da adega – que também é caminho para o jardim.
A céu aberto
Foto: Júlia Ribeiro
Depois de converter o sobrado na zona sul de São Paulo de consultório odontológico para residência, Carolina Lorenzato e Larissa Monzú, sócias no Degradê Arquitetura, reuniram banco e cesto ali mesmo, do lado de fora, para facilitar as trocas de calçados em tempos de pandemia.
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