Quais os perigos da extensão de cílios?

Casos de reações alérgicas e inflamações decorrentes da extensão de cílios têm viralizado nas redes sociais. Aqui você entende quais os riscos do procedimento.


extensão de cílios
Foto: Instagram/@raoulalejandre



A técnica de extensão de cílios, que consiste na colagem de fios sintéticos sobre os cílios naturais, ganhou uma enorme popularidade na última década. Contudo, alguns casos de alergia após o procedimento têm viralizado nas redes sociais, deixando todo mundo em alerta. Para entender quais os verdadeiros riscos, conversamos com a oftalmologista Tatiana Nahas.

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Foto: Instagram/@davidrazzano

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Quais são os ricos da extensão de cílios?

A região dos cílios é tão importante quanto sensível: além de ser responsável pela proteção contra todo o tipo de agentes externos (como pó, suor e microorganismos), ela ainda tem diversas glândulas responsáveis pela lubrificação dos olhos. Por isso, todo o cuidado é pouco ao fazer qualquer procedimento na região. 

“Os principais riscos da extensão de cílios estão ligados à cola usada para aplicar os fios sintéticos. Se o produto encostar na pele da pálpebra, pode levar a reações alérgicas, edema, inchaço e coceira, além de quadros de blefarite e meibomite, que são tipos de inflamação das pálpebras. A má higiene, antes e depois do procedimento, o procedimento também pode levar ao desenvolvimento de terçol por repetição, que é causado pelo entupimento das glândulas”, explica Tatiana.

De acordo com a oftalmologista, quando o paciente já tem rosácea ou dermatite seborréica, por exemplo, existe uma tendência maior a desenvolver inflamações, que surgem a partir do acúmulo de oleosidade na região.

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O que fazer para evitar inflamações?

Antes da aplicação, a médica recomenda uma lavagem profunda da raiz dos cílios com produtos específicos ou com shampoo neutro infantil. “Procure lugares especializados em alongamentos de cílios, que trabalhem com as melhores colas, fios e usem lupas ou microscópios para impedir que a cola encoste na pele”, adverte. “Caso a cola caia no olho durante o procedimento (geralmente, a sensação é de uma pontada nos olhos), você deve lavar a região com água corrente e procurar um oftalmologista”. 

Há um senso comum de que a extensão é uma alternativa de baixa manutenção, mas a técnica requer atenção: o acompanhamento com especialistas deve ser feito a cada a duas ou três semanas. Outra recomendação de Tatiana é dar um respiro de alguns meses entre uma aplicação e outra, para que os cílios naturais tenham tempo de se recuperar e voltar a crescer. 

 

 

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