Fernanda Torres, Lady Gaga, Angelina Jolie e Nicole Kidman estreiam filmes no Festival de Veneza

Em sua 81ª edição, o evento traz a volta do brasileiro Walter Salles à ficção com "Ainda estou aqui".


Fernanda Torres em Ainda estou aqui, destaque do Festival de Veneza
Fernanda Torres em Ainda estou aqui Foto: Divulgação



Estrelas não faltam no 81º Festival de Veneza, que começa nesta quarta-feira (28.8) e termina no sábado (7.9). Lady Gaga, Angelina Jolie, Nicole Kidman, Julianne Moore, Tilda Swinton, além de Fernanda Torres, são alguns dos nomes esperados no tapete vermelho. 

Todos estão em produções que disputam o prêmio máximo do festival, o Leão de Ouro, incluindo o brasileiro Ainda estou aqui, dirigido por Walter Salles. Desde 2001 uma produção brasileira não participava da competição em Veneza – naquele ano, Abril despedaçado, do próprio Salles, concorreu à honraria. 

Conheça a seguir os principais destaques deste ano:

Coringa: Delírio a dois

Cinco anos depois de levar o Leão de Ouro com Coringa, o diretor Todd Phillips e o ator Joaquin Phoenix estão de volta com Coringa: Delírio a dois, agora na companhia de ninguém menos do que Lady Gaga. Ela interpreta Arlequina, que canta e dança com Arthur Fleck, o personagem vivido por Phoenix. É uma proposta ousada fazer um musical no universo dos quadrinhos da DC, mas o filme anterior, um drama sombrio a respeito de um homem solitário com a saúde mental deteriorada, também era arriscado e rendeu mais de US$ 1 bilhão em bilheteria, além de ótimas críticas.

The room next door

Com o curta-metragem Estranha forma de vida (2023), estrelado por Pedro Pascal e Ethan Hawke e produzido por Anthony Vaccarello, da Yves Saint Laurent, Pedro Almodóvar fez um teste para colocar em prática o movimento que vinha ensaiando havia um tempo: dirigir um longa-metragem em inglês. The room next door, que será exibido na competição, traz Julianne Moore e Tilda Swinton no papel de amigas que se reencontram após muitos anos sem contato.

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Creditos ALILEDARAONAWALE

Selton Mello e Fernanda Torres em Ainda estou aqui, de Walter Salles Foto: Alile Dara Onawale

Ainda estou aqui

Walter Salles não dirigia um longa-metragem de ficção desde Na estrada (2012), adaptação da obra de Jack Kerouac estrelada por Kristen Stewart e Kirsten Dunst. No novo filme, o diretor de Central do Brasil (1998) baseia-se no livro de Marcelo Rubens Paiva para contar a história de Eunice Paiva (Fernanda Torres), mãe de cinco filhos que precisa se reinventar quando seu marido, o deputado Rubens Paiva, é preso pela ditadura militar e desaparece. Ainda estou aqui não é o único representante brasileiro em Veneza. Petra Costa mostra, fora de competição, o documentário Apocalipse nos trópicos, sobre o crescimento do movimento evangélico no Brasil. Já Marianna Brennand estreia em longas de ficção com Manas, sobre uma adolescente encurralada pela exploração sexual e o abuso intrafamiliar, na seção paralela Jornadas dos Autores. Moara Passoni, apresenta fora de competição, o curta Minha mãe é uma vaca. Fora isso, Kleber Mendonça Filho está no júri da competição principal, e Bárbara Paz no do prêmio Luigi de Laurentiis, que escolhe o melhor filme de estreia entre todas as seções do festival, oficiais e paralelas.

Angelina Jolie in Maria 1 Photo credit Pablo Larrain

Angelina Jolie como Maria Callas, em Maria, de Pablo Larraín Foto: Pablo Larraín

Maria

Angelina Jolie tem sido presença rara nas telas de cinema. Depois de Eternos, da Marvel, ela encara o desafio de interpretar Maria Callas, uma das maiores cantoras de ópera da história, na Paris dos anos 1970. O longa-metragem é dirigido pelo chileno Pablo Larraín, que tem se especializado em cinebiografias de mulheres icônicas, como Jackie Kennedy, vivida por Natalie Portman em Jackie (2016), e Lady Di, com atuação de Kristen Stewart, em Spencer (2021).

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QUEER by Luca Guadagnino Daniel Craig photo by Yannis Drakoulidis

Daniel Craig em Queer, de Luca Guadagnino Foto: Yannis Drakoulidis

Queer

Luca Guadagnino mal lançou Rivais e já tem outro longa-metragem pronto. Queer é inspirado no romance de William S. Burroughs e foi escrito por Justin Kuritzkes, roteirista de Rivais. O filme, em competição, traz Daniel Craig no papel de William Lee, um estadunidense cinquentão que vive sozinho na Cidade do México, nos anos 1950. Lá, ele conhece o jovem Eugene Allerton (Drew Starkey, da série Outer banks), um estudante por quem se encanta. Como no longa anterior de Guadagnino, os figurinos são de Jonathan Anderson. 

Babygirl

Nicole Kidman está cumprindo o que prometeu anos atrás: trabalhar com mais cineastas mulheres. Neste drama erótico da A24, exibido na competição, a diretora é a holandesa Halina Reijn (Corpos, corpos, corpos, de 2022). A atriz interpreta Romy, uma CEO poderosa, casada com Jacob (Antonio Banderas), que coloca carreira e família em risco ao envolver-se com um estagiário (Harris Dickinson, de O triângulo da tristeza, de 2022).

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