Escritora e jornalista Joan Didion morre aos 87 anos

Um dos maiores nomes da literatura americana, Didion retratou a contracultura dos anos 60 em Rastejando até Belém e O Álbum Branco.


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Foto: Divulgação/Brigitte Lacombe



Joan Didion, um dos principais nomes da literatura e do jornalismo norte-americano, faleceu nesta quinta-feira, 23, segundo o New York Times. Ela tinha 87 anos de idade. A causa da morte foi a doença de Parkinson, de acordo com e-mail enviado ao jornal por Paul Bogaards, executivo da editora Knopf.

Nascida na Califórnia, estado que permeou seu trabalho por toda a vida, Didion foi uma das vozes definitivas do New Journalism dos anos 60. Suas coleções de ensaios sobre a contracultura americana Rastejando até Belém (1968) e O Álbum Branco (1979), editadas no Brasil pela primeira vez em 2021, se tornaram clássicos da literatura.

Ela também ajudou a definir o luto com sua escrita após perder o marido e a filha em um intervalo de 2 anos, com O ano do pensamento mágico (2005), premiado com o National Book Award e adaptado para a Broadway em 2007, e Noites azuis (2011).

Em sua longa carreira, Didion cobriu temas políticos em obras como Salvador (1983) e Miami (1987) e foi a primeira personalidade na mídia a apontar o racismo no julgamento do caso dos Central Park Five, em que cinco jovens negros foram injustamente acusados de cometer um estupro no parque nova-iorquino. Os cinco acusados foram inocentados em 2002.

Autora do melhor guia de como arrumar malas da história, Didion também escreveu pelo menos 6 roteiros para o cinema, e em 2017 foi perfilada no documentário da Netflix Joan Didion: The Center Will Not Hold, dirigido por seu sobrinho Griffin Dunne. Em 2015, estrelou uma campanha da Celine, comandada à época por Phoebe Philo.

 

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A escritora Joan Didion em campanha da Celine
Foto: Repodu\u00e7\u00e3o

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