Morre o fotógrafo Oliviero Toscani

Italiano assinou campanhas da Benetton tão emblemáticas quanto provocativas nos anos 1980 e 90.


Oliviero Toscani
O fotógrafo durante uma exibição de seu trabalho em Paris, em 2015. Foto: Edward Berthelot/Getty Images



“Uma foto se torna arte quando provoca reação, seja por interessa, curiosidade ou atenção”, disse Oliviero Toscani, italiano conhecido pelas campanhas provocativas que assinou para a Benetton nos anos 1980 e 90. O fotógrafo morreu nesta segunda-feira (13.01), aos 82 anos, em decorrência de uma amiloidose.

Toscani foi responsável por algumas das imagens publicitárias mais polêmicas e provocadoras, abordando questões como guerra e racismo. Em 1983, começou a trabalhar com a Benetton e teve algumas de suas fotografias proibidas na Itália.

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Ao longo de sua carreira, o italiano também colaborou com publicações como a ELLE e Esquire. Em 1990, ao lado do designer gráfico Tibor Kalman, lançou a revista Colors (financiada pela Benetton), com o slogan “uma revista sobre o resto do mundo”.

Entre suas fotografias mais famosas, há uma imagem do ativista David Kirby em seu leito de morte, cercado por sua família, durante o auge da crise da Aids nos Estados Unidos. Essa foi usada para uma campanha da Benetton em 1992. Toscani também fotografou uma mulher negra amamentando uma criança branca, uma freira beijando um padre e vários presos condenados à morte. Com seu trabalho, ele mostrou como falar de assuntos delicados e levantar um debate mundialmente.

Sobre sua morte, a Benetton publicou: “Para explicar certas coisas, palavras não bastam. Foi isso que você nos ensinou. Adeus Oliviero. Continue sonhando.”

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