Para lembrar Quincy Jones

Documentários, discos e livros do superprodutor, que faleceu neste domingo (03.11).


Quincy Jones
O produtor, em 2019 Foto: Emma McIntyre/Getty Images for Celebrity Fight Night



Morreu neste domingo (03.11), aos 91 anos, Quincy Jones, um dos maiores produtores da história da música. Em mais de sete décadas de carreira, o músico, arranjador, compositor e produtor estadunidense trabalhou com Miles Davis e Frank Sinatra a Paul Simon e Michael Jackson. Do jazz ao pop, foi premiado com 28 Grammys, entre 80 indicações, além de ter conquistado o EGOT (Emmy, Grammy, Oscar e Tony)

Se nos anos 50, no início da carreira, se dedicou ao jazz, escrevendo arranjos para Count Basie e viajando com a banda de Dizzy Gillespie, três décadas depois escreveu um importante capítulo da música pop ao produzir discos fundamentais da carreira solo de Michael Jackson.

Quincy é autor da famosa “Soul bossa nova” (1962), que mostra sua proximidade com a música brasileira, e trabalhou com Milton Nascimento e Ivan Lins, entre outras personalidades nacionais.

A seguir, documentários, discos e livros para lembrar o legado do produtor:

Quincy (2018), documentário codirigido por uma das filhas do produtor, a atriz Rashida Jones (Parks and recreation), repassa a trajetória do arranjador com a intimidade que a proximidade entre os dois proporcionou. Já A noite que mudou o pop (2024) mostra os bastidores da gravação de “We are the world” (1985), faixa criada para arrecadar fundos para combater a fome no continente africano, produzida por Quincy. A canção reuniu nomes como Bob Dylan, Bruce Springsteen, Cyndi Lauper, Lionel Richie, Michael Jackson, entre as maiores estrelas dos anos 80.

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A parceria com Michael Jackson começo em 1978, quando Quincy produziu a trilha sonora de The wiz, musical protagonizado pelo cantor e Diana Ross. Logo depois, os dois uniram forças em Off the wall (1979), Thriller (1982) e Bad (1987), discos que levaram Michael a alcançar o estrelato em sua carreira solo após o Jackson 5. A trilogia foi da disco ao rock e rendeu uma série de hits mundiais – “Rock with you”, “Don’t stop ’til you get enough”, “Billie Jean”, “Beat it”, “Bad”, entre vários outros. Thriller é até hoje o disco mais vendido da história.



Com edição brasileira, 12 notas sobre a vida e a criatividade (2022)  traz em suas páginas reflexões e conselhos de Quincy sobre criatividade e autoexpressão. “A maioria dos seus sonhos não é alcançado não porque alguém lhe disse ‘não’, mas porque você disse para si que não conseguiria”, defende. Duas décadas antes, ele contou sua história em Q: The Autobiography of Quincy Jones (2002).

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