Para lembrar Quincy Jones
Documentários, discos e livros do superprodutor, que faleceu neste domingo (03.11).
Morreu neste domingo (03.11), aos 91 anos, Quincy Jones, um dos maiores produtores da história da música. Em mais de sete décadas de carreira, o músico, arranjador, compositor e produtor estadunidense trabalhou com Miles Davis e Frank Sinatra a Paul Simon e Michael Jackson. Do jazz ao pop, foi premiado com 28 Grammys, entre 80 indicações, além de ter conquistado o EGOT (Emmy, Grammy, Oscar e Tony)
Se nos anos 50, no início da carreira, se dedicou ao jazz, escrevendo arranjos para Count Basie e viajando com a banda de Dizzy Gillespie, três décadas depois escreveu um importante capítulo da música pop ao produzir discos fundamentais da carreira solo de Michael Jackson.
Quincy é autor da famosa “Soul bossa nova” (1962), que mostra sua proximidade com a música brasileira, e trabalhou com Milton Nascimento e Ivan Lins, entre outras personalidades nacionais.
A seguir, documentários, discos e livros para lembrar o legado do produtor:
Quincy (2018), documentário codirigido por uma das filhas do produtor, a atriz Rashida Jones (Parks and recreation), repassa a trajetória do arranjador com a intimidade que a proximidade entre os dois proporcionou. Já A noite que mudou o pop (2024) mostra os bastidores da gravação de “We are the world” (1985), faixa criada para arrecadar fundos para combater a fome no continente africano, produzida por Quincy. A canção reuniu nomes como Bob Dylan, Bruce Springsteen, Cyndi Lauper, Lionel Richie, Michael Jackson, entre as maiores estrelas dos anos 80.
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A parceria com Michael Jackson começo em 1978, quando Quincy produziu a trilha sonora de The wiz, musical protagonizado pelo cantor e Diana Ross. Logo depois, os dois uniram forças em Off the wall (1979), Thriller (1982) e Bad (1987), discos que levaram Michael a alcançar o estrelato em sua carreira solo após o Jackson 5. A trilogia foi da disco ao rock e rendeu uma série de hits mundiais – “Rock with you”, “Don’t stop ’til you get enough”, “Billie Jean”, “Beat it”, “Bad”, entre vários outros. Thriller é até hoje o disco mais vendido da história.
Com edição brasileira, 12 notas sobre a vida e a criatividade (2022) traz em suas páginas reflexões e conselhos de Quincy sobre criatividade e autoexpressão. “A maioria dos seus sonhos não é alcançado não porque alguém lhe disse ‘não’, mas porque você disse para si que não conseguiria”, defende. Duas décadas antes, ele contou sua história em Q: The Autobiography of Quincy Jones (2002).
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