ELLE indica: 11 séries viciantes para maratonar

Sugestões que vão fazer você não querer sair de frente da TV, do computador ou de qualquer outro aparelho que você use para ver seus programas favoritos.


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Foto: Alessio Bolzoni/We Are Who We Are



Ao que tudo indica, vivemos o momento de ouro das séries. A todo momento novas produções são anunciadas e não param de surgir novas plataformas interessadas em conquistar o público ávido por histórias divididas em capítulos e temporadas. No entanto, volta e meia ainda bate aquela sensação de que não tem nada de novo para assistir quando navegamos pelos catálogos dos streamings.

Isso pode ser porque a oferta é tanta que bate aquela preguiça de ler sinopse por sinopse até escolher uma que seja do seu gosto. Por isso, nada melhor que boas recomendações para facilitar esse processo e aumentar as chances de encontrar algo que prenda a sua atenção por várias horas seguidas, mesmo que em dias picados. Então aqui estão algumas séries que a equipe da ELLE assistiu recentemente e amou para você dar uma chance e, provavelmente, se apaixonar.

We are who we are

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Divulgação/HBO

Começamos pela mais indicada de todas, criada por Luca Guadagnino diretor de Me chame pelo seu nome. “Amo a história que é essencialmente sobre o amor e os conflitos internos que vivemos na adolescência. Além disso, para um editor de moda como eu é lindo ver o figurino montado com peças editadas de coleções icônicas das minhas marcas preferidas como Comme des Garçons, Yohji Yamamoto e etc. Amo também as formas como o diretor usa a câmera como um reflexo do olhar dos personagens – mostrando exatamente a visão daquilo que está acontecendo pelos olhos deles – em algumas cenas e não só os filma em um cenário à distância”, diz Lucas Boccalão.

Para o Kelson Santos, da equipe de marketing, a série vale “pelos looks, pela jogação adolescente, pela beleza da Itália”. O repórter e apresentador do Pivô Gabriel Monteiro vai mais além. “Acredito que, assim como Euphoria, essa é uma das produções recentes que mais soube retratar os jovens de agora. A série fala de amor, de angústia, de ansiedade, de transgeneridade, de fluidez… fora isso, tem looks absurdos da Balenciaga, de Raf Simons, e por aí vai.”

O editor de moda Luigi Torre engrossa o coro. “Acho tudo extremamente bem amarrado, roteiro, diálogo, fotografia, figurino, direção, casting, atuações. Gosto também que se passa durante as eleições presidenciais dos EUA, em 2016, e isso dá toda uma outra perspectiva histórica e social para aquele contexto (e para o atual também). E também não é uma série sem fim, daquelas que as histórias vão se arrastando só para ter algum tipo de amarração com uma possível segunda temporada. Ela se resolve e sustenta muito bem naquele espaço e tempo muito bem definido. E, nesse sentido, acho que vale mencionar também o Gambito da Rainha, por todos os pontos mencionados acima. No fundo, adoro séries/filmes com narrativas psicológicas complexas como essas.”

Disponível na HBO; 1 temporada

Normal People

Marianne e Connell de Normal People
Normal People

Divulgação

“É uma adaptação de um livro da Sally Rooney (que eu nunca li, porém agora já está na minha listinha) e acompanha um casal do colégio até a faculdade e ainda o início da vida adulta. Mostra as várias camadas de um relacionamento, de uma maneira tão palpável que chega a incomodar mas, ao mesmo tempo, conforta. É sensível, delicada, íntima e, como o próprio nome já sugere, é sobre gente real. A trilha sonora também é linda e é bem rapidinha de assistir, com apenas 12 episódios e 25 minutos cada. Eu também fiquei obcecada e falei sobre ela para todo mundo por dias e dias”, indica a repórter Lelê Santhana.

Exibida originalmente pelo Hulu, disponível no Starzplay; 1 temporada

This Is Us

This is Us
This Is Us

Divulgação

A repórter de beleza e sociedade Isis Virgilio indica um dos dramas de maiores sucesso da TV norte-americana atualmente. “Gostei muito da dinâmica da série, sensível, não é linear e nem previsível. Pauta questões importantes relacionadas aos debates contemporâneos. Um drama delícia!”

Exibida originalmente pela NBC, disponível no Prime Video; 5 temporadas

Arremesso Final

Arremesso final, michael jordan
Arremesso Final

Andrew D. Bernstein/Netflix

“Vi muita gente que não liga para esporte (não é meu caso) maratonando. É sobre um ano bem conturbado dos Chicago Bulls. Em 1997, o time se preparava para conquistar seu sexto título em oito anos, mas sob uma nuvem preta: os dirigentes buscavam renovação e não bancariam por mais um ano aquele time campeão de Michael Jordan, Dennis Rodman (que namorou a Madonna, lembra?) e Scottie Pippen. Mais do que uma série sobre basquete, é uma história sobre pessoas: a rebeldia de Rodman, o perfeccionismo de Jordan, a resiliência de Pippen e a sensibilidade do treinador Phil Jackson”, indica a editora de cultura Bruna Bittencourt.

Produzida pela Netflix; 1 temporada

Sex Education

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Sex Education

Jon Hall/Netflix

Outra dica da Bruna é a dramédia britânica Sex Education. “Na série, um garoto encarna o terapeuta sexual (profissão de sua mãe) de seus colegas do colégio em troca de algum dinheiro e incentivado pela garota por quem tem um baita crush. Humor inglês, hormônios em fúria, uma cidade bucólica na Inglaterra e a maravilhosa Gillian Anderson (que depois interpretaria Margaret Thatcher, em The Crown) com a mãe do garoto. Comédia leve como a gente anda precisando.

Produzida pela Netflix; 2 temporadas

Dark

Dark da Netflix
Dark

Stefan Erhard/Netflix

“Eu gosto muito de suspense, coisas que me fazem pensar. Amei tanto que maratonei as três temporadas em um semana. Amei! Fala de viagem no tempo e realidade paralela. Prende sua atenção e te surpreende a cada episódio. Até os últimos minutos do último episódio”, indica a head de circulação e novos canais Ivana Gobbi de Castro.

Produzida pela Netflix; 3 temporadas

The Royal House of Windsor

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“Se você gosta de The Crown e da tour bizarra que é o fato de a monarquia britânica ainda não ter sido decapitada, vale a pena ver a série documental da Netflix sobre eles. Acho que deram um tratamento mais jornalístico para a coisa de modo que os personagens ganham novos contornos. Destaque também para a quantidade absurda de documentos inéditos e exclusivos que eles conseguiram publicar na série. É uma tour muito específica, mas é uma tour que eu dei bem nessa pegada de desanuviar e foi tudo”, indica o editor de beleza Pedro Camargo.

Exibida originalmente pelo Channel 4, disponível na Netflix; 1 temporada

I May Destroy You

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Michaela Coel, em cena de I may destroy you

Divulgação

Criada e protagonizada pela Michaela Coel, tem uma história meio pesada, mas muito importante, e a produção é impecável em todos os sentidos. Também é rápida de assistir. Dá pra ver tudo em um fim de semana”, recomenda a social media Dayeny Bernardino.

Itaewon Class

Itaewon Class
Itaewon Class

Divulgação

“O drama sul-coreano segue a história de vida de Park Sae-ro-yi, que perdeu o pai em um suposto acidente de carro. Na tentativa de dar a volta por cima na vida, ele abre um bar em Itaewon, um dos bairros mais badalados e conhecidos da capital coreana. A série se destacou internacionalmente por falar sobre representatividade, questões de gênero e de raça na Coreia do Sul — temas que ainda são tabu por lá”, sugere o designer Gustavo Balducci.

Exibida originalmente pela JTBC, disponível na Netflix; 1 temporada

Grand Army

Joey de Grand Army
Grand Army

Netflix

Agora, uma indicação minha para finalizar. Eu fiquei chocada com o tanto que essa série é boa e mais chocada ainda que não hypou. Dessas dramas adolescentes que tratam de questões sensíveis a todas as idades, porém de uma forma muito mais profunda do que qualquer outra produção similar. Ao longo de nove episódios, a gente acompanha cinco alunos da maior escola pública do Brooklyn tentando se encontrar enquanto precisam lidar com racismo, sexismo, problemas financeiros, homofobia e outras questões que dificultam profundamente as suas vidas.

Nunca assisti a nenhum filme ou série que tratasse violência sexual da forma como é feito em Grand Army, mostrando que o estupro pode partir de onde menos se espera, até mesmo dos seus melhores amigos de infância. Fiquei com o estômago embrulhado e desesperada para que todo mundo assistisse à série, pois todos os assuntos são tratados de um jeito que desenha perfeitamente como o questão dos privilégios contribui para tornar o mundo um lugar extremamente cruel para quem não se encaixa em todos eles. As narrativas são sofridas, mas há também muita beleza na delicadeza como a série é construída.

Produzida pela Netflix; 1 temporada

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