Casa de Criadores 56: Ken-gá Bitchwear
Lívia Barros e Janaína Azevedo exploram vivências lésbicas no novo desfile da Ken-gá Bitchwear.
Existem elementos que estão sempre presentes nos desfiles da Ken-gá Bitchwear: trilhas sonoras divertidas, muita pele à mostra e uma boa dose de irreverência. Na apresentação de terça-feira (22.07), primeiro dia da 56ª Casa de Criadores, não faltou nenhum deles. Nesta coleção, as estilistas Lívia Barros e Janaína Azevedo falam sobre suas experiências como mulheres lésbicas por meio da interpretação de diferentes estereótipos: das sapatões caminhoneiras às mais fechadonas até as mais femininas (chamadas de sapatilhas, como elas bem explicam). “Saímos do armário”, brinca Janaína.

Ken-gá Bitchwear. Foto: Agência Fotosite | Marcelo Soubhia

Ken-gá Bitchwear. Foto: Agência Fotosite | Marcelo Soubhia

Ken-gá Bitchwear. Foto: Agência Fotosite | Marcelo Soubhia
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O nome da coleção é Parashock e vem da peça automotiva dos caminhões que os protege contra o impacto. As roupas são predominantemente pretas – uma novidade para a marca, sempre tão estampada e colorida –, mas não faltam elementos que remetem ao universo já conhecido: a moda praia supersensual, os metalizados, a cintura marcada e a mistura de resina, pelúcia e tule.
Há também algumas silhuetas casulo que falam das mulheres mais fechadas, ainda presas dentro de si. Essa representação é usada para mostrar produtos um tanto mais sofisticados, como os vestidos longos e drapeados, com decote nas costas, as calças de alfaiataria de cintura alta, a camisa transparente com peplum armado e manga volumosa.

Ken-gá Bitchwear. Foto: Agência Fotosite | Marcelo Soubhia

Ken-gá Bitchwear. Foto: Agência Fotosite | Marcelo Soubhia

Ken-gá Bitchwear. Foto: Agência Fotosite | Marcelo Soubhia
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Hit da Kengá na virada de 2010 para 2020, os acessórios retornam como destaque nesta temporada. Em 2018, brincos em que lia-se “feminista” e “Lula livre” viralizaram e foram copiados à exaustão. Agora, colares, tornozeleiras, body-chains (que elas carinhosamente chamam de colar de rabo) e cintos dourados carregam o nome da etiqueta.
“Todo mundo esquece que a quenga, pelo menos na minha experiência, é aquela mulher que não quer seguir os padrões impostos a ela”, fala Lívia Barros. Ao som de uma playlist que vai de “Lésbica Futurista”, da cantora GA13, a “O que será”, de Chico Buarque e Milton Nascimento, a Ken-gá celebra com orgulho as várias maneiras de ser uma sapatona convicta.

Ken-gá Bitchwear. Foto: Agência Fotosite | Marcelo Soubhia

Ken-gá Bitchwear. Foto: Agência Fotosite | Marcelo Soubhia

Ken-gá Bitchwear. Foto: Agência Fotosite | Marcelo Soubhia
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