SPFW N59: Reptilia

Comandada por Heloisa Strobel, a Reptilia faz uma viagem ao centro da terra com a coleção Tectônica.


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Reptilia, SPFW N59. Ze Takahashi/ @agfotosite



Enquanto o mundo continua fascinado pelo espaço sideral, a Reptilia decidiu olhar para baixo, literalmente. Em seu segundo desfile na SPFW, apresentado nesta quarta-feira (09.04) no Shopping JK Iguatemi, a marca mergulhou no centro da terra para criar a sua nova coleção: Tectônica.

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Ze Takahashi/ @agfotosite

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A diretora criativa Heloisa Strobel se inspirou num universo “reverso”, observando o que está debaixo dos nossos pés, como camadas de terra, rachaduras e falhas geológicas. A partir daí, surge uma coleção com roupas que também se transformam, se adaptam e se movimentam. As peças têm silhuetas bem-marcadas, cortes precisos e sobreposições que lembram o deslocamento silencioso das placas tectônicas.

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Ze Takahashi/ @agfotosite

Um dos destaques é a camisa Camadas. As mangas são modulares, podendo ser curtas, médias ou longas, tudo depende de quantas faixas de tecido você encaixa na peça. “É uma roupa articulada, onde cada partezinha se solta e vira outra coisa”, diz Heloísa.

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Ze Takahashi/ @agfotosite

A alfaiataria, já característica da marca, ganha ainda mais destaque e, pela primeira vez, inclui peças voltadas ao público masculino. Blazers e trench coats aparecem em novas leituras, com um olhar feminino sobre essas modelagens clássicas. “É uma moda feita por mulheres, mas pensada para todos.”

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Ze Takahashi/ @agfotosite

Essa pluralidade se reflete na passarela, com modelos de corpos diversos e de diferentes idades, reforçando a proposta de uma moda funcional, sem padrões rígidos sobre quem deve ou não usá-la.

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Gustavo Scatena/ @agfotosite

A coleção conta ainda com a estreia de estampas. Elas foram desenvolvidas a partir de uma imagem capturada por Heloisa com uma câmera analógica dos anos 1970, herdada da mãe, durante uma viagem ao Mar Vermelho. O resultado é uma print digital impressa em seda, que revela fissuras na terra preenchidas com água.

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Gustavo Scatena/ @agfotosite

Tecnicamente, a Reptilia evolui, combinando o corte a laser com o bordado manual e transformando as sobras de tecido em texturas aplicadas a peças especiais. São formas orgânicas, curvas e sem desperdício. Um patchwork minucioso, que pode levar até cinco dias para ficar pronto, já que cada retalho tem uma espessura diferente.

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Marcelo Soubhia/ @agfotosite

A estética Vitoriana também aparece nas golas altas plissadas e nos tops com capas embutidas. Já os acessórios, assinados por Juliana Bicudo, seguem o mesmo conceito de camadas que guia toda a coleção.

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Marcelo Soubhia/ @agfotosite

Com Tectônica, a Reptilia consolida sua identidade e amplia seu repertório por meio de um olhar mais atento sobre forma e técnica, mantendo o compromisso com a sustentabilidade e o design.

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Ze Takahashi/ @agfotosite

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