SPFW N60: João Pimenta
João Pimenta continua seu exercício primoroso com alfaiataria dando mais leveza, frescor, casualidade e cores ao seu verão 2026.
João Pimenta abriu a SPFW N60 na manhã desta segunda-feira, 13 de outubro, em um cenário um pouco diferente. Quer dizer, diferente para os padrões convencionais de um desfile. Não para os do estilista. Na temporada passada, ele nos levou à Estação das Artes, no complexo Júlio Prestes, no centro da cidade. A apresentação teve trilha ao vivo do pianista Jonathan Ferr e foi uma das mais emocionantes da estação.Na verdade, foi a melhor daquela edição.
Na de agora, a locação foi a Biblioteca Mário de Andrade, instituição que completa 100 anos em 2025, com performance da atriz e diretora Bárbara Paz. As roupas são uma continuação das que vimos seis meses atrás. Só que mais leves, coloridas e casuais. É que o inverno foi marcado por uma extrema elegância que, na hora da venda, acabou sendo um pouco limitante. Apesar de lindíssima, não é uma roupa tão fácil ou adaptável a qualquer ocasião e clima.
João Pimenta, verão 2026.
Foto: Zé Takahashi/Agência Fotosite
João Pimenta, verão 2026.
Foto: Zé Takahashi/Agência Fotosite
João Pimenta, verão 2026.
Foto: Zé Takahashi/Agência Fotosite
João Pimenta, verão 2026.
Foto: Zé Takahashi/Agência Fotosite
João Pimenta, verão 2026.
Foto: Zé Takahashi/Agência Fotosite






João Pimenta, verão 2026. Foto: Zé Takahashi/Agência Fotosite

João Pimenta, verão 2026. Foto: Zé Takahashi/Agência Fotosite

João Pimenta, verão 2026. Foto: Zé Takahashi/Agência Fotosite
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Antes do desfile, João comentou que as propostas da nova coleção são bastante baseadas em demandas de clientes. A ideia é deixar tudo mais fresco – no sentido térmico mesmo. Por isso, os principais tecidos aqui são o algodão, o linho e a poliamida. As jaquetas são feitas sem forro, com formas mais fluidas, enquanto as calças ganham mais movimento na modelagem e algumas aberturas estratégicas. As camisas estão quase sempre abertas, quando não são substituídas por blusas transparentes drapeadas. Entram em cena também alguns itens esportivos ou (quase) básicos que, no final, enfraquecem um pouco a consistência do todo.
O que não muda é a sensualidade, o trabalho com desconstrução, a silhueta lânguida, as amarrações e o foco na alfaiataria. Como a coleção anterior, esta não tem tema definido. Nas duas, o processo criativo de João foi um exercício técnico e semântico sobre as roupas masculinas hoje. Ou, nas palavras do próprio estilista, “como elas projetam o homem contemporâneo”.

João Pimenta, verão 2026. Foto: Zé Takahashi/Agência Fotosite

João Pimenta, verão 2026. Foto: Zé Takahashi/Agência Fotosite

João Pimenta, verão 2026. Foto: Zé Takahashi/Agência Fotosite

João Pimenta, verão 2026. Foto: Zé Takahashi/Agência Fotosite

João Pimenta, verão 2026. Foto: Zé Takahashi/Agência Fotosite

João Pimenta, verão 2026. Foto: Zé Takahashi/Agência Fotosite
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No camarim, ele explicou que estava pensando em como tornar sua alfaiataria mais brasileira, em como aproximar sua moda da maneira como as pessoas se vestem por aqui. O exercício de deixar tudo mais leve é muito bem-vindo – as roupas da marca podem, sim, ser um tanto pesadas. Além disso, mostra uma boa sensibilidade para necessidades e características bem atuais do nosso tempo (e nossas vidas) sempre em movimento.
Já a parte da brasilidade me parece um pouco desnecessária. João nunca foi estilista chegado a conceitos e referências importadas de fora. O simples fato de ele ser um criador brasileiro, cujo repertório carrega tantas referências das nossas culturas, já dá conta de resolver a questão de origem.
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