5 exposições em São Paulo para visitar em dezembro
Entre as exposições em São Paulo, há a coletiva Histórias LGBTQIA+, que abrirá as portas no Masp no dia 13.
Em busca de exposições em São Paulo para visitar neste fim de semana e nos próximos? Separamos algumas opções.
Entre elas, há Quase mapa, quase mancha, de Anna Bella Geiger, realizada na galeria Mendes Wood DM. A exibição apresenta trabalhos menos difundidos da artista, desenvolvidos entre 1960 e 1980, como pinturas, gravuras e videoinstalação.
Há ainda, a partir de 13 de dezembro, a última mostra do ano no Masp, a coletiva Histórias LGBTQIA+, com cerca de 200 obras distribuídas em duas áreas.
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A seguir, confira mais detalhes dessas de outras exposições em São Paulo:
- Quase mapa, quase mancha
Obras de Anna Bella Geiger feitas entre 1960 e 1980 constituem a exposição Quase mapas, quase mancha, aberta na Mendes Wood DM, na Barra Funda. Com curadoria da artista Ana Hortides, a galeria dedica uma sala para apresentar a instalação Mesa, friso e vídeos macios (1981), apresentada na 16ª Bienal Internacional de São Paulo.
O espaço tem todas as paredes pretas e lembra uma área para estratégias militares, como se costuma ver em filmes. Em um canto, há uma mesa ampla, com tampo estofado. A lona foi pintada com formas que lembram camuflagens, mapas ou nuvens, na cor verde-militar. Essa mesma estampa aparece nos frisos das paredes no entorno. No mesmo ambiente, duas televisões exibem imagens da própria obra e reproduzem um som que lembra o de um cenário de guerra.
Instalação Mesa, friso e vídeos macios, de Anna Bella Geiger, na Mendes Wood DM. Foto: Gui Gomes
Há ainda, em outra sala, exemplares da série Macios, trabalhos estofados feitos de lona, montados em chassis de diferentes formatos.
Simultaneamente às obras de Anna Bella, a galeria exibe também as mostras Kortinas, do artista californiano Ektor Garcia, que trabalha principalmente com arte têxtil, e Ao redor da distância, do paulistano Paulo Monteiro, de pinturas e esculturas, em produções inéditas.
quase mapa, quase mancha: até 1 de fevereiro de 2025, na Mendes Wood DM, Rua Barra Funda, 216, Barra Funda, São Paulo. De segunda a sexta, das 11h às 19h e, aos sábados, das 10h às 17h. Entrada gratuita.
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Racionais MC’s: O Quinto Elemento
Aberta nesta sexta (6), no Museu das Favelas, a exposição é a primeira dedicada ao Racionais MC’s, quarteto de rap formado por Mano Brown, Ice Blue, KL Jay e Edi Rock. A mostra também celebra os 35 anos de história do grupo, que é um dos maiores ícones do rap brasileiro.
Com curadoria da empresária Eliane Dias, a exibição apresenta uma jornada imersiva desde a origem do Racionais MC’s, além de sua evolução no meio musical e o universo criativo dos integrantes.
Detalhes da exposição Racionais MC's: O Quinto Elemento, no Museu das Favelas. Foto: Igor Miranda
A mostra foi dividida em eixos temáticos e traça um percurso que reflete o impacto e a relevância dos artistas no país, não apenas como um coletivo musical, mas como um movimento transformador. O projeto conceitual e expográfico é assinado pelo Atelier Marko Brajovic.
Racionais MC’s: O Quinto Elemento – de 6 de dezembro de 2024 a 31 de maio de 2025, no Museu das Favelas, no Largo Páteo do Colégio, 148, Centro Histórico de São Paulo. De terça a domingo, das 10h às 17h (permanência até às 18h). Entrada gratuita.
- Histórias LGBTQIA+
A exposição coletiva encerra a programação do ano do Masp e é totalmente dedicada à diversidade LGBTQIA+. Com início marcado para o dia 13 de dezembro, ela conta com cerca de 200 obras de acervos públicos e privados do Brasil e do exterior. Assinam a curadoria Adriano Pedrosa, Julia Bryan-Wilson, Leandro Muniz e Teo Teotonio.
Na mesma data de abertura, começa Serigrafistas Queer: liberdade para as sensibilidades, com obras do coletivo homônimo que surgiu em Buenos Aires, composto por artistas e ativistas. Já na sala de vídeo será apresentada uma criação de Manauara Clandestina, artista visual e estudante de cinema cujo trabalho com a performance aborda novas perspectivas sobre a existência travesti.
Obra Liberdade para as sensibilidades (2018), do coletivo Serigrafistas Queer. Foto: Eduardo Ortega
Histórias LGBTQIA+: de 13 de dezembro de 2024 a 13 de abril de 2025, no 1ºandar e 2º subsolo do Masp, Avenida Paulista, 1578, Bela Vista, São Paulo. De quarta a domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h), e terça, das 10h às 20h (entrada até as 19h). Ingressos: R$ 70, para adultos. Estudantes, professores e maiores de 60 anos pagam meia. Entrada gratuita para crianças de até 10 anos e pessoas com deficiência e acompanhante. Às terças e primeira quinta do mês, a entrada é gratuita para todos os visitantes.
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- Bahia afrofuturista: Bauer Sá e Gilberto Filho
A Galatea inaugura a mostra Bahia afrofuturista: Bauer Sá e Gilberto Filho na galeria situada na rua Padre João Manuel, nos Jardins, com 30 fotografias do artista Bauer Sá, produzidas entre os anos 1990 e 2000, que exploram a ancestralidade afro-brasileira. Com curadoria de Tomás Toledo e Alana Silveira, a exposição conta ainda com esculturas em madeira do artista Gilberto Filho, que datam desde 1992 até o presente, e retratam cidades utópicas e modernas.
Obra Olhos de Xangô (1991), da série Nós, de Bauer Sá. Foto: Cortesia Bauer Sá e Galatea
Na unidade da Galatea na rua Oscar Freire, ocorre a exposição Francisco Galeno: o Piauí é aqui – o Piauí não é aqui, com 44 obras do artista que, ao longo de sua carreira, explorou múltiplas técnicas, como a pintura e escultura em madeira, além da ressignificação de objetos do cotidiano.
Bahia Afrofuturista: Bauer Sá e Gilberto Filho: até 25 de janeiro de 2025, na Galatea, Rua Padre João Manuel, 808, Jardins, São Paulo. De segunda a quinta, das 10h às 19h; na sexta, das 10h às 18h, e aos sábados, das 11h às 17h. Entrada franca.
Francisco Galeno: o Piauí é aqui – o Piauí não é aqui: até 25 de janeiro de 2025, na Galatea, Rua Oscar Freire, 379, Jardins, São Paulo. De segunda a quinta, das 10h às 19h; na sexta, das 10h às 18h, e aos sábados, das 11h às 17h. Entrada franca.
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- Princípios Japoneses: Design e Recursos
A mostra na Japan House reúne 16 projetos de 14 criadores em áreas como arquitetura e design, e que apostam no reaproveitamento de recursos e materiais, além da minimização de desperdícios. A exibição apresenta também técnicas tradicionais japonesas.
Entre as peças, há o banco Carta, feito em papelão e madeira, material 100% reciclável, com design do escritório do arquiteto Shigeru Ban, vencedor do Pritzker de 2014, considerado o prêmio Nobel da arquitetura.
Foto: Luciana Izuka
Também é exibida a cadeira Cabbage (repolho) criada pelo estúdio japonês Nendo. Ela foi produzida a partir do descarte de papel utilizado na confecção de roupas da marca Issey Miyake.
Ao mesmo tempo, a Japan House exibe A vida que se revela, com fotografias de Rinko Kawauchi (1972) e Tokuko Ushioda (1940). A mostra traz quatro séries das fotógrafas, de diferentes gerações, que capturam momentos com a família ou cenas cotidianas do lar.
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Princípios Japoneses: Design e Recursos: até 4 de maio de 2025, na Japan House São Paulo, Avenida Paulista, 52, Bela Vista, São Paulo. De terça a sexta, das 10h às 18h, e sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h.
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