Novo edifício do Masp será aberto ao público em março de 2025
Nomeado como Pietro Maria Bardi, edifício do Masp terá galerias, salas de aula, laboratório de conservação, restaurante e café, além de túnel subterrâneo que o ligará ao prédio original.
O edifício do Masp, de Lina Bo Bardi, agora tem companhia. Em março de 2025 será aberta a extensão do museu, abrigada em um novo prédio, logo ao lado do original. A edificação de 14 andares e 7.821 m², com fachada grafite e design monolítico, recebeu o nome de Pietro Maria Bardi, em homenagem ao primeiro diretor artístico da instituição e marido de Lina. Paralelamente a essa nomeação, o prédio original ganhará o nome da arquiteta.
Interior de galeria no novo edifício do Masp. Foto: Leonardo Finotti
Com a abertura, o Masp aumentará em 66% os espaços expositivos. O novo prédio terá cinco galerias, duas áreas multiúso, salas de aula, laboratório de conservação, área de acolhimento de visitantes, restaurante e café, além de depósitos e docas para carga e descarga de obras de arte. Em março também estão previstas exposições com recortes do acervo Masp e uma mostra sobre as histórias do museu. No segundo semestre, ele contará com um túnel subterrâneo que interligará os dois prédios.
Projeto de arquitetura é do Metro e de Julio Neves. Foto: Leonardo Finotti
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Iniciada em 2019, a empreitada foi custeada por meio de doações privadas, que alcançaram 250 milhões de reais. Logo na entrada, é possível ver os nomes dos doadores na parede.
Foram aproveitadas estruturas preexistentes no local, como as fundações do edifício Dumont-Adams, projetado e construído na década de 1950. Esse foi um dos maiores desafios, pois o edifício anterior foi criado para uso residencial, segundo Martin Corullon, arquiteto do Metro Arquitetos Associados, escritório que assina o projeto com o também arquiteto Julio Neves.
Entrada do novo prédio, que terá cinco galerias de arte, restaurante e café. Foto: Leonardo Finotti
“Tinha que transformar esse espaço, que era de apartamentos, em grandes salões com pés direitos altos”, disse ele, em coletiva de imprensa na manhã desta terça (26.11). “O edifício está transformado e sem demolição total”.
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Sobre áreas expositivas, Corullon diz que foram pensadas como contraponto às salas do Masp original, que tem ampla abertura para a rua. “Fizemos salas mais fechadas, com mais paredes, sempre pensando na complementaridade”, disse.
Vista do Masp, de Lina Bo Bardi, e o novo prédio. Foto: Leonardo Finotti
Nos espaços exibidos para a imprensa foi possível ver um amplo uso do concreto aparente, em referência ao edifício de Lina, além da vista do próprio e da cidade, através das chapas metálicas perfuradas e plissadas. Em um dos andares, há remanescentes da estrutura anterior, que foram mantidos como registro das transformações no local.
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