Entrada delas: Stella Pure Gold e Gastromotiva lançam curso gratuito para mulheres

O projeto, apoiado pela chef Helena Rizzo, tem o objetivo de dar visibilidade e incluir cozinheiras talentosas no ambiente da alta gastronomia.





CONTEÚDO APRESENTADO POR STELLA ARTOIS

“É pela educação que o cenário começa a mudar e melhorar”, diz Helena Rizzo sobre ainda ser a única chef brasileira a ter uma estrela Michelin. Não à toa, ela faz parte do projeto Entrada Delas, capitaneado pela Stella Artois Brasil, que entra agora em sua segunda fase, ao lado da organização não governamental Gastromotiva. 

Trata-se de um curso gratuito e online que terá aulas ministradas de segunda à sexta-feira, com três horas de duração por dia, nos períodos da manhã e da noite. O material ficará disponível na plataforma da Gastromotiva, e para participar é necessário ter conhecimentos culinários por formação ou experiência profissional. 

Durante a jornada, que começa dia 13 de maio e tem duração total de 60 horas, temas como liderança, construção de cardápio, harmonização de pratos e aproveitamento integral de alimentos serão debatidos. 

Fique de olho: até o fim do ano, duas turmas serão abertas por mês.

Criatividade a e mudança

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Lançado em abril (reveja os vídeos – deliciosos!- no nosso Instagram), o Entrada Delas colocou em evidência o trabalho de dez chefs revelação do Brasil inteiro, que criaram entradas disponibilizadas em restaurantes conceituados em São Paulo. “Buscamos provocar o público com ações criativas. É realmente emocionante promover conhecimento e gerar impacto positivo na vida das pessoas”, afirma Mariana Porto, diretora de marketing da Stella Artois.

E agora amplia a meta, de olho no futuro e na próxima geração de chefs mulheres estreladas. “O curso conduzido pela Gastromotiva, em parceria com a Stella Artois e a Ambev, marca a segunda fase de uma combinação de sucesso. Essa iniciativa tem como objetivo principal instrumentalizar mulheres que já possuem experiência em cozinha para atuarem como chefs”, conta David Hertz, fundador e presidente da Gastromotiva. “Parcerias como essa são fundamentais para construção de outra realidade.”

Inscreva-se aqui e confira a seguir um bate-papo com a chef Helena Rizzo:

Conhecimento e apoio são fundamentais em qualquer profissão, e, mais ainda, em uma culturalmente dominada por homens. Quem te encorajou no começo de tudo?
Sempre fui encorajada a trilhar esse caminho, pelos meus pais e também por amigos e pessoas do meio. Quando fui morar em Barcelona, em busca de estágios, lembro quão distante era pra mim a possibilidade de trabalhar nos restaurantes estrelados e um amigo argentino me disse: ‘Vá trabalhar com o melhor!’. A Fernanda [Lima] também foi e é uma amiga fundamental na minha trajetória profissional e pessoal. Foi ela que me acolheu em São Paulo, aos 17 anos, e depois me convidou para abrir o Maní.

Hoje, você é a única chef mulher à frente de um restaurante estrelado. Você percebe um aumento do interesse e da participação de mulheres na alta gastronomia?
Acho que interesse sempre houve. O que acredito que esteja mudando, muito devagar, mas está, é a visibilidade que as mulheres estão ganhando na alta gastronomia. Há muito tempo temos chefs maravilhosas, como a Mara Salles, de quem sou fã, fazendo trabalhos belíssimos, divulgando a cozinha brasileira.

Quais são os principais desafios que acontecem dentro de uma cozinha profissional, especialmente quando falamos de alta gastronomia?
Trabalhar em cozinha é puxado, demanda muito fisicamente, claro, mas também mentalmente. O processo de criação é uma delícia, mas se manter sempre criativo requer dedicação, muito tempo para pesquisa, o tempo todo. Depois vem a parte da execução, que precisa ser perfeita, e isto, de novo, tem uma carga mental enorme.

Que conselho você daria para chefs iniciantes?
Mantenha a curiosidade sempre aguçada para aprender, descobrir coisas novas, e seja humilde, não ache que já sabe tudo.

Quais restaurantes comandados por mulheres você indica e não abre mão de ir?
O Cuia, da Bel Coelho, o Arturito, da Paola Carosella, o Refúgio, da Carol Albuquerque, que trabalhou comigo. O Tordesilhas, da Mara Salles, o Sofia, da Katia Barbosa, o Aizomê, da Telma Shirashi, o Bar da Dona Onça e a Casa do Porco, da Janaína Rueda. O Casa de Ieda, o Altar, da Carmem Virgínia. Não sei se vale, mas eu também amo comer no Manioca (risos), a chef de lá é a Thaís Alves, que manda muito bem.

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