10 restaurantes em Lisboa e outras dicas por Luiza Camargo

Formada em gastronomia e boa de garfo, a modelo compartilha um roteiro delicioso na capital lusitana.


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Salão do restaurante Rocco Fotos: Luiza Camargo



Foi mirando em um réveillon tranquilo, sem badalações, que a modelo alagoana Luiza Camargo viajou para Lisboa, em dezembro passado. Para além do plano inicial, entretanto, ela acabou acertando em uma culinária lusitana afetiva, que a surpreendeu e emocionou.

“Me encantou a simplicidade de como os pratos são feitos, tudo muito gostoso e nada rebuscado.  A comida portuguesa conversa com o que eu faço na minha casa, no Brasil: poucos ingredientes e versatilidade. Vejo isso principalmente na confeitaria à base de ovos e açúcar. Os portugueses conseguem criar um leque de diversos doces, simples e deliciosos, apenas com esses dois produtos”, conta a modelo.

O contentamento, por sinal, fez Luiza, formada em gastronomia aos 20 anos, colocar a visita a restaurantes em Lisboa no topo dos programas da viagem, assim como alguns bares. Aqui, ela compartilha dicas para quem quer fazer o mesmo e dá seus pitacos sobre lugares hypados na cidade.

Restaurantes em Lisboa: tradicionais 

Café de São Bento

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Bife à portuguesa.

“Tradicionalíssimo, se intitula ‘o melhor bife de Lisboa’. Inaugurado em 1982, tem funcionários supercordiais, que trabalham na casa desde então. A decoração é uma viagem no tempo, a carta de vinhos, extensa, e o carro-chefe do menu é o famoso ‘bife à Café de São Bento’, que é gostoso, mas não me agrada tanto. Se o seu paladar for voltado para comidas com bastante molho e creme de leite, vale a pedida. Também experimentei o bife à portuguesa (com ovo frito por cima), queijo Serra da estrela e toucinho do céu, que estavam perfeitos! O restaurante é movimentado e fecha à 1h”.

Café de São Bento: Rua de São Bento, 212, Príncipe Real.

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Das Flores

restaurantes em lisboa Das Flores Arroz de pato ao forno

Arroz de pato.

“Esse restaurante ganhou meu coração! Tive um almoço delicioso por lá! O ambiente é pequeno (tem cerca de oito mesas) e está sempre lotado, mesmo sendo bem low profile e nem ter Instagram. Esperei 25 minutos na fila para conseguir uma mesa para uma pessoa. O serviço é 100% familiar: o marido cuida das bebidas e sobremesas, a mulher anota e entrega os pedidos, o pai dela cozinha e eles dão conta de tudo! O menu apresenta variados pratos da tradicional culinária portuguesa, desde bacalhau até toucinho do céu. O item mais caro custa 15 euros. Por ser acessível, o público é formado de jovens mochileiros a famílias portuguesas. Pedi a sopa de cebola de entrada, arroz de pato ao forno como principal e, para beber, água com gás e uma taça de vinho branco da casa. A conta totalizou 12 euros com impostos inclusos. Sem dúvida, voltaria para provar o restante do menu. Eles abrem somente para o almoço (cuidado para não confundir com a Taberna Rua das Flores’. Os dois ficam perto e tem nome parecido. Eu mesma confundi!)”

Das Flores: Rua das Flores, 76, próximo à Estação do Chiado. 

Hanoi Green

restaurantes em lisboa Hanoi Green

Rolinhos vietnamitas.

“Esse restaurante tem menu amplo, com pratos tradicionais do Vietnã. Tudo muito fresco, com muitas opções de chá no cardápio (amo) e atendimento maravilhoso. Se puder, sente em uma mesa na calçada. E, se você curte finalizar por conta própria o preparo da comida, recomendo pedir o ‘bánh xèo’: crepe de carne bovina, camarão e vegetais que você enrola em uma folha de papel de arroz e come com molho picante. Uma delícia! Os preços são acessíveis e os pratos bem servidos.”

Hanoi Green: Travessa do Carvalho, 35, Cais do Sodré.

L-Tasca

restaurantes em lisboa L Tasca polvo a lagareiro

Polvo à lagareiro.

“Da chef Maria Peixeira, é uma releitura das tradicionais tascas portuguesas. Lugar pequeno, bom atendimento, menu variado e música pop tocando. Comida boa e bom custo benefício. Pedimos ostras e vinagrete de polvo de entrada, e polvo assado com batatas e salada verde com queijo de cabra de principal. É um ótimo lugar para almoços em grupo.” 

L-Tasca: Rua do Alecrim, 5, Cais do Sodré.

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Laurentina, O Rei do Bacalhau

restaurantes em lisboa Laurentina bacalhau com grelos e batatas

Bacalhau com batatas de grelos.

“Aberto desde 1976, é simplesmente o bacalhau mais gostoso que provei durante a viagem. Pedi o tradicional com batatas e grelos (folhas e flores de crucíferas). Os camarões com alho também são deliciosos e o lugar tem boa carta de vinhos. Voltaria muitas vezes.” 

Laurentina, O Rei do Bacalhau: Avenida Conde Valbom 71A, Campo Pequeno.

Marisqueira Azul

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Mariscada.

“Apesar de estar em uma localização bem turística, é um dos meus restaurantes favoritos para mariscos na cidade de Lisboa. O atendimento é ótimo, a vista da calçada (principalmente durante o pôr do sol) é linda, as amêijoas e percebes (mariscos típicos portugueses) são deliciosos e valem a pena serem pedidos e degustados com um vinho branco. Já almocei lá algumas vezes e o padrão de qualidade e frescor dos mariscos foi bom em todas elas. Recomendo comer docinhos portugueses dentro do mercado depois.”

Marisqueira Azul: Av. 24 de Julho 49, no Time Out Market. 

Roots Experience

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Guioza.

“Esse simpático restaurante asiático chamou a minha atenção durante meus passeios sem rumo pelas ruas de Lisboa. Localizado na Rua da Silva, apelidada de Rua Verde, o Roots Experience é colorido e convidativo. Mesas na calçada, plantinhas e luzes coloridas compõem o ambiente charmoso. Para a entrada, pedi guioza e recebi uma versão superincrementada e saborosa. Os pratos principais escolhidos foram fried rice (delicioso) e pad thai, tudo muito bem servido (dava para compartilhar). O menu é um passeio por vários países da Ásia e, do nada, tem uma moqueca e um prato de vitela no meio, o que torna o restaurante não tão “roots” assim, mas vale a visita: sentar em uma mesa na calçada e pedir uma cervejinha. Seja durante o dia ou à noite, o lugar é superagradável.”

Roots Experience: Rua da Silva, 26, Cais do Sodré. 

 

Restaurantes em Lisboa: badalados

JNcQUOI Asia

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Arroz doce com manga.

“É para quem busca agito: música alta de balada, decoração extravagante e iluminação festiva. Pedi um menu degustação ‘fusion’, que passeava por vários países da Ásia. Provei de sashimis a curry e arroz doce com manga de sobremesa (na minha opinião, o melhor prato que provei durante o jantar). Tudo gostoso, nada surpreendente. Vale ir com os amigos, pois o clima é de festa. O restaurante é bem badalado e movimentado, então, vale fazer reserva.”

JNcQUOI Asia: Avenida da Liberdade, 144, Bairro Alto.

Rocco

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Carpaccio de carne, vitelo tonnato e salada de cogumelos.

“Ainda no tema italiano, fui conhecer o badalado e muito comentado Rocco. Preços salgados, ambiente instagramável, muitas opções de drinques e vinhos. O lugar, superbem decorado, me remeteu bastante ao estilo francês, o que confunde um pouquinho por se tratar de um restaurante italiano. A comida era boa, mas não maravilhosa, e o serviço deixou um pouco a desejar. Pedi uma simples massa ao pomodoro, que estava um pouquinho cozida demais. Gosto de pedir clássicos, pois acho que são um bom indicador da qualidade do que é servido nos restaurantes, afinal, uma boa massinha com molho de tomate tem seu valor. Se o seu foco for tomar bons drinques e petiscar entradas em um ambiente charmoso, recomendo. A comida acaba ficando em segundo plano. É bom fazer reserva antecipada.”

Rocco: R. Ivens 14, Cais do Sodré.

Yakuza by Olivier

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Sushis e sashimis.

“O conceito de dining club realmente está em alta e, se você curte comida japonesa e balada, o Yakuza by Oliver é o lugar certo. Na entrada, nos deparamos com dezenas de fotos de famosos que frequentam o local. Fiquei um pouco confusa com a música eletrônica alta e o ambiente escuro, mas confesso que a comida me surpreendeu. Como fã de restaurantes tradicionais, que servem comida raiz, costumo chamar restaurantes como o Yakuza de ‘sushi enfeitado’, devido à grande mescla e combinação de ingredientes: trufas, raspas de limão, ovos de codorna e peças maçaricadas. Muitos restaurantes que utilizam esses elementos não sabem dosá-los e os sabores acabam se confundindo. No Yakuza, isso não aconteceu, pois tudo foi usado na medida perfeita. Achei equilibrado para o que propõem. Os valores são altos e é preciso fazer reserva.”

Yakuza by Olivier: Rua Júlio César Machado, 7, Hotel Avani 1250-135, Príncipe Real.

Onde tomar drinks em Lisboa

Bar na Colina

“Meu bar favorito da viagem! Boa música em um lugar supercharmoso e vintage. O menu tem muitos drinks clássicos, autorais e vários sem álcool. Amei! Lá é perfeito para encontros românticos ou para ir com amigos. Dos clássicos, eu recomendo o Chestnut Penicillin: aromático e vem com uma castanha assada deliciosa. Dos soft drinks, amei o Blackberry Sober Gimlet, que é frutado na medida certa.”

Bar na Colina: Rua de Santa Catarina, 28, Bairro Alto. 

Imprensa

“Bar superjovem, focado em drinks autorais e ostras. O Imprensa tem basicamente um grande balcão, onde sentam-se todos, e mesinhas na calçada. Na playlist, muito trap e hip-hop. O menu de petiscos é bem enxuto e as ostras estão sujeitas à disponibilidade. Segundo os lisboetas, tem os melhores coquetéis da cidade! Ótimo bar para ir com amigos.”

Imprensa: Rua da Imprensa Nacional, 46, Príncipe Real.

Javá

“Fica na cobertura de um prédio, e fui levada pela curiosidade, pois queria saber como era a vista lá em cima. O lugar é lindo, animado, tem muitas opções de coquetéis, bons uísques e alguns vinhos. Na varanda, onde fiquei, funciona o bar e, dentro, o restaurante de comida mediterrânea (só com reserva). Vale a pena ir como pré-noitada”. 

Javá: Praça Dom Luís I, 30, rooftop, Cais do Sodré.

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