25 vezes Farm


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No início, era apenas uma “barraquinha”. Um estande na Babilônia Feira Hype, para ser mais exata. Sem conhecimento prévio em moda, sem business plan ou coisa que o valha, Kátia Barros e Marcello Bastos resolveram arriscar. Já tinham tentado um modelo de franquia, que não vingou, e Kátia decidiu apostar no seu feeling: ao invés de revender outra marca, criar peças felizes, meio hippie, meio chic, frescas, girl from Ipanema – ou de qualquer outra praia. “Sempre pensei que para algo dar certo teria que ter mais do que roupas. Teria que emocionar, surpreender as pessoas”, afirma em entrev O tal storytelling que hoje tanto se fala. Bastos topou e assim, em 1997, começou uma das histórias mais bem-sucedidas da moda brasileira.

Sim, 25 anos depois, a Farm é uma potência que extrapola fronteiras. Tem 85 lojas no Brasil inteiro, 5 fora do país e planos audaciosos, de abrir entre 35 e 55 espaços nos Estados Unidos e Europa nos próximos anos.

Confira outros números – e curiosidades – que marcam essa trajetória.

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Ao infinito e além A primeira coleção da Farm, vendida na Babilônia Feira Hype, rendeu  R$ 1, 5 mil aos sócios. A previsão para 2023 deve bater a casa de R$ 1,5 bilhão.

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Desconto para locais Por muitos anos, antes de fazer parte do Grupo Soma, a Farm era mais barata no Rio – uma questão de impostos, que se transformou em branding. “No Rio era mais barato, porque não tínhamos que mandar as peças para outros estados. Ao invés de subir o preço aqui e manter o mesmo valor para todo o país, criamos uma espécie de benefício: quem vinha ao Rio de Janeiro e comprava na Farm pagava menos”, lembra Kátia.

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A banda vai passar Em 2015, a Farm lançou um bloco de Carnaval para chamar de seu: o Meu Glorioso São Cristovão, formado pelos funcionários da empresa, em parceria com a galera da bateria do Spanta.

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Saberes milenares A parceria com a comunidade indígena Yawanawa do Acre é um dos pilares do programa de sustentabilidade da empresa, já dura 5 anos e dá origem a produtos que são, inclusive, exportados.

Sapatos veganos Nordstrom

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Mais dobradinhas No campo da moda, a Farm já se uniu com Havaianas, Smiley, Adidas e Levi’s, entre outras, criando buzz e produtos altamente desejáveis.  Recentemente, lançou sua primeira coleção de calçados “feitos de brasil”, em parceria com a Nordstrom, uma das maiores varejistas estadunidenses de luxo.

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A fazenda A Farm, acredite, poderia ser Severina Xique Xique.  “Hoje, quando penso que viramos uma marca internacional, fico achando que recebi uma ‘entidade’ para ter mudado de ideia. Sou a rainha da brasilidade, mas imagina as pessoas falando Severina Xique Xique, um nome completamente hippie”, diverte-se Kátia. Como no Rio é muito comum as pessoas frequentarem áreas diferentes da praia, que concentram diferentes turmas, Kátia acabou se lembrando de um de seus points favoritos na hora de batizar a label. “Cresci ouvindo ‘vou à praia na Farme (por conta da rua Farme de Amoedo)’, então, pensei que esse era um nome bem carioca.”

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Da praia para a neve No final deste ano, a Farm lança uma linha de roupas de ski com o Net-a-Porter, provando que não pretende ficar restrita ao lugar de balneário, de resort. “Somos o lifestyle do Rio de Janeiro, do Brasil, mas podemos ser o que quiser, vamos muito além do biquini.”

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Vai um cafezinho? A linha com a gigante Starbucks conta com canecas de cerâmica, copos, garrafas térmicas, estojos, necessaires e sacolinhas retornáveis, que podem ser encontradas em quatro estampas diferentes nas lojas da Ásia e Oceania.

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Rainha do branding Quando nem se falava em construção de marca e personas no Brasil, a Farm já identificava quem eram suas meninas-alvo e apostava em experiências que ajudaram a etiqueta a penetrar na cabeça das consumidoras: cheiro próprio nas lojas, rádio com músicas do universo Farm (ideia que culminou com a Radio Ibiza), pop-ups de verão em destinos da moda…

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Flores em você O icônico logo no formato de flor foi resultado de um trabalho de faculdade. Uma estudante de design da PUC-Rio foi à Babilônia Feira Hype e pediu à Kátia para fazer o logo da Farm. “Eu ia amar rever essa menina, que hoje certamente é uma mulher”, diz Kátia. “Queria presenteá-la, pagá-la, né?”.  Se você tem pistas do paradeiro dessa desconhecida famosa, entre em contato!

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Farmilândia O escritório/fábrica recebe visitantes e estudantes de moda e sempre gera o mesmo impacto: encantamento. É repleto de verde, coqueiros grandes, salas coloridas, refeitório à la restaurante. As pessoas entram e entendem de cara o que é a marca.

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Nas alturas Para marcar os 25 anos de vida, a Farm fez nada mais, nada menos, do que uma festa no alto do Pão de Açúcar – fechado especialmente para receber os convidados, que puderam ver de pertinho um incrível show de Caetano Veloso.

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A primeira estampa a gente nunca esquece “Sentei no chão e criei a primeira estampa no aeroporto. Estava com uma designer, desenhamos umas flores, ficou horrível, muito tosco”, ri Kátia.  “Mas queria desde o começo fazer algo exclusivo. E as pessoas compraram a ideia, a estampa fez sucesso, viu? A Farm sempre foi mais do que roupa, é uma proposta de estilo divertida, fácil, gostosa de usar.”

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Brazilian way of life O que inspira a fórmula desse estilo que deu tão certo é 100% brasileiro: a natureza e a cultura daqui são as maiores apostas da equipe de criação. “Sempre achei tudo muito importado na moda, muito cinza e bege”, afirma Kátia. “Queria quebrar isso.”

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Meio do caminho Mais um gol? Preço acessível. Entre o muito caro e o que estava à venda na Mesbla, Kátia e Marcelo perceberam que dava para criar algo legal, voltado a jovens, que normalmente não têm muita grana para investir em roupas.

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Sucesso instantâneo Desde o dia 1, a Farm vendeu tudo. Os sócios perceberam que a Babilônia estava ficando pequena para o tamanho do negócio e resolveram alugar uma sala num prédio comercial em Copacabana. Para divulgar o novo espaço, distribuíram na feira cartões em forma de flor com o endereço. Na segunda-feira seguinte, já tinha fila na porta. “Chamei o Marcelo e falei: ‘isso é sério, temos na mão algo muito especial, que nem sei o que é’.”

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Persistência Sorte, feeling para marketing e também persistência fazem parte dessa trajetória. Um bom exemplo é o case Adidas-Farm. Kátia amava o icônico agasalho Originals e sonhava em ter versões estampadas dele, com oncinhas, tucanos etc. Um dos diretores da Farm conhecia uma pessoa da Adidas Brasil que, por acaso, era fã da Farm.  O resto é história. “Compramos os agasalhos da Adidas e fizemos uma campanha linda misturando as duas etiquetas”, lembra Kátia. As fotos acabaram chegando na diretora criativa da Adidas na Alemanha e ela curtiu tanto o resultado que deu início à parceria.

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O céu é o limite A internacionalização da Farm começou em 2019 e, desde então, tem um crescimento exponencial. O grupo investiu 50 milhões de reais para fazer a ideia acontecer e apenas dois anos depois está em mais de mil pontos de vendas, incluindo um espaço permanente da Liberty, em Londres.

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A rua é a passarela A Farm nunca quis fazer parte de nenhum calendário de moda. “Nosso comprometimento sempre foi com a moda de rua, com a roupa como ela é. É a cliente e a cabine que respondem pelo sucesso da marca.”

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É melhor ser alegre que ser triste Dress in happiness é o mote da marca lá fora, o que ajuda a transpor o lifestyle brasileiro para qualquer CEP. “Somos muito esperançosos, felizes, apesar de todas as dificuldades. E a alegria é um valor que todo mundo deseja, não importa se você está no Canadá ou no Brasil”, afirma Kátia.

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Mais que friends Kátia e Marcelo são amigos desde a época do colégio, da adolescência e, antes de serem sócios, ele já trabalhava com o pai dela.

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Pegue seus verdinhos O programa de reflorestamento da marca planta mil árvores por dia, todos os dias, e bateu até agora a marca de meio milhão de árvores plantadas. Eles estão reflorando seis biomas diferentes: Amazônia, Pantanal, Pampa, Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica.

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A união fez a força Em 2010, Farm e Animale se uniram e deram início a um conglomerado gigante. Em 2014, lançaram a Fábula, marca de moda infantil. Um ano depois, veio a Foxton, masculina, e em 2017, adquiriram a Cris Barros. Em 2018, surgiu a OFF Premium; em 2019, a Animale Jeans e Animale Oro. Em 2020, compraram a Maria Filó e, em 21, voilà, foi a vez de NV, Hering e Dzarm se juntarem ao Grupo Soma.

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Fala que te escuto Blog – o Adoro Farm –, revista e mídias sociais – são 1,8 milhões de seguidores só no Instagram – têm garantido um canal direto e inspiracional com os consumidores, que ajuda no branding da marca no mundo todo.

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560 mil. Esse é o número de peças produzidos pela Farm em um único mês.

 

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