A alta joalheria da Bvlgari vai muito além das joias

Apresentada em Taormina, na Sicília, a nova coleção de alta joalheria da Bvlgari, Polychroma, promove uma verdadeira profusão de cores, pedras preciosas e referências culturais.


Colar da coleção de alta joalheria da Bvlgari, chamada Polychroma.
Colar da coleção de alta joalheria Polychroma, da Bvlgari. Foto: Divulgação



Na apresentação de alta joalheria da Bvlgari, o teatro era grego, mas a localização, italiana. Estávamos no Antigo Teatro de Taormina. O espetáculo começa como uma performance coreografada por Sir Wayne McGregor, do Royal Ballet, do Reino Unido. Após o primeiro ato (eram três no total), looks em tons rosados, do estilista – e talento em ascensão – italiano Francesco Murano, com styling de Carine Roitfeld, entram em cena junto aos colares, anéis, pulseiras, broches e outras preciosidades da nova coleção.

A escolha da locação não foi por acaso. Pelo contrário, foi simbólica. Taormina fica na Sicília, ilha ocupada por gregos, romanos, árabes, judeus, espanhóis, bizantinos, normandos. É uma miscelânea cultural bastante rica e nada estranha à marca – ela foi fundada em 1884 por Sotirio Bulgari, nascido na Grécia e radicado na Itália. Ao longo dos quase 150 anos de história, a casa ficou conhecida pela mistura pouco convencional de metais e pedras preciosas em tonalidades e cores diferentes.

Apresentação da coleção de alta joalheria da Bvlgari, chamada Polychroma.

Modelos e dançarinos durante a apresentação da coleção de alta joalheria da Bvlgari, em Taormina. Foto: Getty Images

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O nome da coleção, Polychroma, é outra justificativa. “Há dois anos e meio, quando começamos a nos perguntar qual seria o cenário perfeito para celebrar uma coleção tão exuberante”, diz a vice-CEO da Bvlgari, Laura Burdese. A resposta não tardou a surgir. “Nos olhamos e dissemos: tem que ser a Sicília, tem que ser Taormina. A cidade é uma joia de cores – tem o azul do mar Mediterrâneo, do céu, o verde da vegetação, as flores, as pedras vulcânicas do Etna, o vermelho da lava. Diria que é uma celebração do poder da terra em todas as suas cores.”

Um bom exemplo é uma das peças favoritas da executiva, o colar Polychromatic Bloom. Com mais de 500 componentes, ele tem como destaques três gemas com lapidação cabochão: uma rubelita central de 106,36 quilates, um peridoto de 55,52 quilates e uma tanzanita de 55,11 quilates. Outro expoente e parte dos cinco principais lançamentos deste ano é o colar Celestial Mosaic, com um espinélio de 131,21 quilates (o quarto maior espinélio do mundo), além de esmeraldas, ônix e diamantes.

Colar da coleção de alta joalheria da Bvlgari, chamada Polychroma.

O colar Bvlgari Polychromatic Bloom, da coleção de alta joalheria Polychroma. Foto: Getty Images

Colar da coleção de alta joalheria da Bvlgari, chamada Polychroma.

O colar Bvlgari Celestial Mosaic, da coleção de alta joalheria Polychroma. Foto: Getty Images

Polychroma é a maior coleção de alta joalheria da Bvlgari (250 novas criações) e a com maior número de itens milionários (60 ao todo). É um sinal de que o mercado de joias continua aquecido, apesar das dificuldades enfrentadas pelo mercado de luxo. Para se ter uma ideia da demanda, a casa romana expandiu sua oferta de produtos de alto padrão para incluir bolsas, óculos e até fragrâncias exclusivas e com gemas de quilatagem elevada (no caso dos perfumes, trabalhado principalmente nos frascos).

É aqui que o termo poli ganha mais uma camada de significado. Ao abraçar outras áreas e expertises de manufatura, a marca promove um intenso intercâmbio de conhecimento, experiências e pontos de vista. “As inspirações vêm de uma rica tapeçaria de influências culturais, combinando sugestões artísticas e arquitetônicas. Com cada peça, exploramos as possibilidades ilimitadas dos tons”, fala Lucia Silvestri, diretora criativa de joias da Bvlgari.

Bolsas da coleção de alta joalheria da Bvlgari, chamada Polychroma.

Bolsas da coleção de alta joalheria Polychroma, da Bvlgari. Foto: Divulgação

Colar da coleção de alta joalheria da Bvlgari, chamada Polychroma.

Colar da coleção de alta joalheria Polychroma, da Bvlgari. Foto: Divulgação

Fracos de perfume da coleção de alta joalheria da Bvlgari, chamada Polychroma.

Frasco de perfume da coleção de alta joalheria Polychroma, da Bvlgari. Foto: Divulgação

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“Sincronismo está no nosso DNA. Embora sejamos, antes de tudo, uma joalheria, também temos relógios lindos, fragrâncias, artigos de couro e acessórios que fazem parte do mesmo universo. Todos os profissionais compartilham os mesmos valores, a mesma identidade”, explica Laura. “Não estou dizendo que é fácil, mas também não é difícil manter a coerência. Quando compartilhamos o tema com os diretores criativos, eles trabalham dentro de um mesmo parâmetro, mas com interpretações levemente diferentes. E isso é maravilhoso.”

Outro segmento importante e com crescimento expressivo – em especial entre as mulheres – é a alta relojoaria. “Também temos relógios masculinos, mas a maior porção do nosso negócio é voltada para o público feminino”, afirma a executiva. “Estamos muito felizes e orgulhosos com o que estamos fazendo, porque estamos crescendo acima do ritmo do mercado”, continua. É fácil entender o porquê. Além de excepcionais visualmente, muitos itens, assim como outros da coleção, são multifuncionais, com partes destacáveis que viram brincos e broches.

“A Polychroma redefine os limites do artesanato, da gemologia e da excelência em ourivesaria. Esta coleção não apenas honra a herança da Bvlgari, mas também reafirma nosso compromisso com a excelência, expandindo constantemente os limites do que o luxo pode representar”, finaliza Jean-Christophe Babin, CEO da maison.

Luigi Torre viajou a Taormina a convite da Bvlgari.

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