Bora brilhar?

De olho no futuro pós-vacina, desfiles e novas marcas apostam no brilho como resposta otimista na esperança de dias melhores.


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Sabemos que a realidade anda bem obscura, para dizer o mínimo. Mas, por mais clichê que isso possa soar, imaginar dias melhores pode aliviar um tantinho o peso do caos em que estamos vivendo. Não é exatamente uma alienação ou negação, apenas um escape de olho em dias melhores. É por essa ótica que interpretamos uma das maiores tendências dos desfiles internacionais de inverno 2021, terminados no início de março: os brilhos.

O ano de 2020 foi um choque para todos. Teve quarentena, lockdown, isolamento e outras tantas tragédias. Com isso, é pouco provável que alguém queira poupar excessos – e as roupas mais maravilhosas – assim que pudermos sair, nos aglomerar e festejar novamente. Dá até para pensar num renascimento da opulência. Com mais volumes, mais plumas, mais paetês, mais pedrarias, mais tecido metalizado, mais brilho, mais tudo.


Na segunda coleção feminina da Prada com co-direçao criativa de Miuccia e Raf Simons, o brilho marcou presença com lantejoulas em botas, casacos e saias. Na Miu Miu, ele veio nos tecidos plastificados das peças puffer, no acetinado das camisolas de seda e nos vestidos com pedrarias.

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Na Chanel, Virginie Viard quebrou a tradição criada por Karl Lagerfeld de sempre se apresentar no Grand Palais, para levar as meninas ao Chez Castel, famoso clubinho intimista de Paris. Nessa festinha privê, não faltou brilho em vestidos paetizados, peças bordadas com pedrarias e acessórios com cascatas de strass – com destaque para os colares, pulseiras, brincos e tiaras, essas, peças ícones da coleção.

Na Balmain, Olivier Rousteing nos propõe uma viagem com destino indefinido. E tudo bem. O que importa é fugir da realidade, rumo ao futuro. Daí os tecidos com acabamento metálico, tipo alumínio. Efeito similar aparece na Valentino, ainda que de maneira tímida. São apenas dois looks dourados, quase como pontos de luz em meio a uma coleção toda em preto e branco.

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Questão de identidade

Para além do vai e vem das tendências, o brilho é parte essencial da identidade de algumas marcas. É o caso da etiqueta de Eduardo Caires, referência nacional quando se trata de strass. O designer criou a sua marca em 2019, já vestiu celebridades como Sabrina Sato, Bruna Marquezine, Juliana Paes, Manu Gavassi, e, com certeza, já apareceu em sua timeline do Instagram.

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A Paco Rabanne, conhecida por suas criações futuristas desde os anos 1960, é outra label forjada no reflexo de superfícies metalizadas. Rabanne em si adorava experimentar com materiais como alumínio e cobre. Hoje, esses códigos são reinterpretados por Julien Dossena. Na última coleção, ele propôs exatamente essa extrema opulência, cheia de joias e cristais, com um toque dos anos 1970 e 80, já de olho em possíveis festas pós-vacina.

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A Versace também é um nome importante quando o assunto é brilho. Com sua obsessão pelas curvas femininas, Gianni Versace gostava de criar looks que pareciam ouro e prata derretidos sobre os corpos de suas modelos. Foi a partir daí que ele desenvolveu, em 1982, o Oroton, um tecido com a flexibilidade da seda e a aparência de metal, até hoje reinterpretado por sua irmã, Donatella.

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Já entre a nova geração, a marca estadunidense Area vem se destacando pelo uso inovador de materiais brilhantes. A grife, criado por Piotrek Panszczyk e Beckett Fogg, em 2014, estreou na mais recente semana de alta-costura e já conquistou corpos de celebridades como Cardi B, Beyoncé, Lady Gaga e as brasileiras Bruna Marquezine e Sabrina Sato. O segredo do sucesso parece estar em designs dramáticos, cobertos por muito strass.

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