Conheça Veronica Leoni, a nova diretora criativa da Calvin Klein
Há quase sete anos sem ninguém no cargo, a marca estadunidense indica Veronica Leoni.
Veronica Leoni é a nova diretora criativa da Calvin Klein Collection, após quase sete anos da saída de Raf Simons do posto, no fim de 2018. Ela é a primeira mulher a assumir o cargo. Vale falar que, em 2023, a Calvin Klein teve seu quarto trimestre mais forte da história da marca – muito por conta da campanha com o ator Jeremy Allen White, o astro de “The Bear”. O retorno da Calvin Klein Collection pode ser uma resposta a esse sucesso.
“Estou extasiada e honrada de ter a oportunidade de escrever um novo capítulo da história da Calvin Klein. Sou extremamente grata à Eva Serrano [presidente mundial da marca] por sua visão e confiança. Minha carreira foi marcada por encontros inspiradores com algumas das mulheres mais visionárias da moda, e ela é uma delas”, escreveu Veronica, em um comunicado à imprensa.
Campanha da Quira, marca própria de Veronica Leoni. Foto: Divulgação
Veronica Leoni é uma estilista italiana, que já trabalhou em marcas como Jil Sander, Celine, Moncler e The Row – seu último emprego, onde era diretora de design. Além disso, ela mantém uma marca própria, a Quira, finalista do Prêmio LVMH em 2023. Na Calvin Klein, ela ficará responsável pelas roupas, peças íntimas e acessórios femininos e masculinos. A marca retorna à NYFW com a Calvin Klein Collection no começo do ano que vem, na temporada de inverno 2025. Durante uma maré de críticas à falta de representatividade em cargos de direção criativa nas grandes marcas, a indicação da italiana parece um acerto.
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A história da Calvin Klein
Calvin Klein e Barry Schwartz, fundadores da etiqueta. Foto: Getty Images
A Calvin Klein foi criada em 1968 pelo estilista de mesmo nome com a ajuda de seu melhor amigo, Barry Schwartz. Klein se formou no Fashion Institute of Technology, em 1962, e trabalhou como aprendiz em uma manufatura de casacos e ternos no garment district de Nova York. No início, a marca se especializou em casacos, mas ela ficou realmente conhecida nos anos 1990 pelo jeans, pelo underwear, pelos perfumes e, claro, pelos anúncios.
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Nos anos 1970, a marca começou a desfilar seu ready-to-wear feminino, criando coleções memoráveis. Em 1980, a atriz Brooke Shields, à época com 15 anos, estrelou uma campanha polêmica da etiqueta vestindo apenas uma calça jeans, com o slogan “You want to know what comes between me and my Calvins? Nothing”. A grande sacada era entregar roupas básicas e descomplicadas, com um pé no sportswear. Seu lema era criar roupas simples, confortáveis, mas estilosas.
Raf Simons em sua época de diretor criativo da Calvin Klein Collection. Foto: Getty Images
A Calvin Klein foi vendida para a Phillips-Van Heusen Corp (hoje PVH Corp., o mesmo grupo da Tommy Hilfiger) em 2003, por 700 milhões de dólares. Klein se afastou da direção criativa e virou consultor de design. No seu lugar, entraram três novos estilistas: Francisco Costa, na parte feminina da Calvin Klein Collection, onde ficou por 13 anos, Italo Zucchelli, na masculina, onde ficou por 16 anos, e Ulrich Grimm, nos acessórios.
Raf Simons virou diretor criativo da Calvin Klein em 2016. Após um período curto, mas marcante, na Dior (2012-2015), a contratação do belga foi vista como um risco. Funcionou em partes e por pouco tempo. Em dezembro de 2018, ele deixou o posto. Depois de sua saída, a marca não colocou ninguém em seu lugar, encerrou a linha Calvin Klein Collection e parou de desfilar. Até agora.
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