Flávia Aranha: impacto positivo, sustentável e de sucesso

Visionária, Flávia Aranha é uma das pioneiras em criar moda sustentável no Brasil. Confira a entrevista da empresária e saiba mais sobre o Santander ELLE Consulting, projeto onde ela comanda uma masterclass sobre negócios de impacto positivo.


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CONTEÚDO APRESENTADO POR SANTANDER

Natural de Campinas (SP), Flavia Aranha se mudou para São Paulo aos 17 anos para fazer faculdade de moda. Ter uma marca própria não estava nos seus planos, mas uma viagem de trabalho à Índia mudou tudo. Lá ela conheceu de perto o tingimento natural, e voltou convencida de que precisava colocar a técnica em prática, criando roupas que passou a chamar de vivas.

As peças de modelagem despojada e elegante são feitas de fibras naturais – linho, algodão, seda – e cores surpreendentes como açafrão, rosa, cinza, verde e azul. Com ponto de venda físico e on-line, e participações recentes em semana de moda, Flavia se mostrou visionária: a estilista entendeu muito cedo que cuidar dos negócios sem cuidar do planeta não seria viável. E só se fala disso hoje em dia, certo?

“Roupa viva: como criar um ecossistema de impacto positivo na moda” é o nome do curso comandado por ela no projeto Santander + ELLE Consulting. Na entrevista a seguir você confere como Flavia pensou a sua jornada de ensino, que desafios vem enfrentando com a sua própria empresa, e que referências tem buscado para se inspirar nos negócios.

O que vamos encontrar na sua masterclass?

Na minha masterclass vamos falar do conceito de roupa viva, sobre negócios de impacto e sobre empreender aplicando conceitos de sustentabilidade na moda. Vou contar isso a partir da minha experiência de uma década produzindo o que chamo de roupa viva.

Dizem que o professor aprende quando ensina. Como foi a sua experiência nesse sentido?

Acredito nessa máxima, com certeza. A gente vai revisitando a nossa história, fazendo novas conexões e criando outra compreensão sobre a própria trajetória. Os processos foram sempre o meu maior aprendizado. Quando quis produzir com algodão orgânico, fui até o assentamento colher algodão às três da tarde, entender o porquê do sol, do tempo, da chuva, do ciclo do plantio. Quando quis tingir, fui aprender a pegar a planta, ferver, observar a tinta saindo dela e entrando na fibra, e depois fui estudar química e botânica. Acredito muito num processo de aprendizado de testar e experimentar para aprender. Acho que os alunos vão ficar estimulados a viver e criar seus próprios caminhos e insights.

O que você gostaria de ter aprendido antes de abrir uma empresa própria?

Muita coisa. Mas só teria aprendido vivendo. A gente precisa ter um impulso para nos mover, e aí o aprendizado acontece na vivência. O professor orienta, aponta caminhos; é possível ler e estudar, mas a prática é fundamental para incorporar os processos e também adaptá-los para uma narrativa própria.

Quais são os seus desafios atuais em relação às questões empresariais?

Decidimos expandir a marca; sair do lugar de “ateliê” e de “marca inspiradora” para produzir um impacto mais sistêmico, fazendo subir a régua do mercado da moda, estimulando-o a se regenerar. Gestão e logística são nossos principais desafios neste momento de crescimento. Como fazer a empresa crescer mantendo todo mundo no mesmo barco, ou seja, olhando para o mesmo propósito, e com os mesmos valores? E como fazer uma rede descentralizada expandir e funcionar de um jeito harmônico? Trabalhamos com muitas conexões. Olhamos para uma teia em oposição a uma monocultura: em vez de poucos grandes fornecedores, muitos fornecedores pequenos. O momento é de conciliar o crescimento com essas questões.

Você indica algum livro para quem quer empreender em moda?

A vida das plantas, de Emanuele Coccia, é meu livro de cabeceira. Apesar de não ser necessariamente uma obra sobre empreendedorismo, tem me inspirado muito nos últimos anos, e me ajudado a repensar e confirmar modelos de negócios. É um livro que provoca uma reflexão sobre a vida, sobre o fato de que somos parte da natureza, somos organismos vivos que se retroalimentam. Fundamental para quem quer compreender a ideia de roupa viva, de moda com propósito e do papel da moda contemporânea de ser um agente de transformação, que muda o sistema e cria novas soluções.

Empreender é…

…É um grande desafio no Brasil, mas também uma oportunidade de provocar transformações, como a de fazer roupa viva.

Santander + ELLE Consulting

Um dos propósitos da plataforma Santander + ELLE Consulting é jogar luz sobre o empreendedorismo de moda, inspirando e orientando quem sonha em começar um novo negócio, ou já tem um plano em andamento e precisa de suporte para prosperar.

O Santander Brasil é o Banco da Moda porque investe no desenvolvimento e na democratização de soluções financeiras para apoiar o segmento, um dos maiores empregadores do país. O Banco atua na realização dos negócios em toda a cadeia produtiva, desde costureiras, designers e estilistas, até as grandes marcas da indústria e comércios de vendas de roupas, calçados e acessórios, como mostramos no #Movimento. As ações em relação à Moda e os patrocínios evidenciam, ainda, valores fundamentais para a instituição, como inclusão, diversidade, sustentabilidade e também empreendedorismo como nos cursos do Santander + ELLE Consulting.

A segunda edição do projeto traz uma série de três masterclasses exclusivas, com nomes fortes do mercado. Dominique Oliver (CEO da Amaro) vai falar de estratégias centradas no consumidor e expansão de negócios. A estilista Flavia Aranha retoma sua trajetória para ensinar como criar um ecossistema de impacto positivo na moda. O consultor de negócios Felipe Albuquerque (Santander) mostra as oportunidades do universo digital ao empreendedorismo. Além dos cursos completos, há três palestras gratuitas programadas e reportagens sobre o tema aqui no site da ELLE.

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