Maria Grazia Chiuri deixa a direção criativa da Dior
Em quase 10 anos na Dior, Maria Grazia Chiuri estreitou laços com artistas mulheres, relançou itens clássicos e foi um sucesso de vendas.

Os boatos estavam certos! A Dior anunciou, nesta quinta-feira (29.05), que Maria Grazia Chiuri deixa o cargo de diretora criativa da maison após 9 anos – e um desfile de cruise 2026 espetacular, com gostinho de despedida. Seu sucessor, especula-se, será Jonathan Anderson, que já havia sido indicado diretor de criação da Dior Men, e agora assume controle total sobre as duas linhas da casa.
A estreia de Maria Grazia Chiuri no verão 2017 da Dior. Foto: Getty Images
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“Estou particularmente grata pelo trabalho dos meus times e ateliês”, disse a estilista, em comunicado. “Seus talentos e expertises me permitiram realizar minha visão de uma moda comprometida com as mulheres, em diálogo com diversas gerações de artist. Juntas, nós escrevemos um capítulo impactante do sou imensamente orgulhosa.”
Chiuri estudou no Instituto Europeo di Design, em Roma, e logo no começo dos anos 1980 conheceu Pierpaolo Piccioli, com quem trabalhou grande parte de sua vida. Em 1989, entrou na Fendi e levou Piccioli junto. Em 1999, foi contratada na Valentino como designer de acessórios – e também deu um jeito de continuar trabalhando com o amigo.
Em 2003, a dupla foi selecionada para desenhar para a segunda linha da etiqueta, a Red Valentino. Em 2008, eles se tornaram oficialmente os diretores criativos da casa italiana. A parceria foi um sucesso. Em 8 anos, eles levaram o nome da Valentino para novos lugares, viraram queridinhos dos tapetes vermelhos e criaram alguns dos acessórios mais emblemáticos da marca até hoje (a linha Rockstud).
Dior, cruise 2025. Foto: Getty Images
Em 2016, meses após a saída de Raf Simons da Dior, Maria Grazia Chiuri foi apontada como a nova diretora criativa da etiqueta, se desvencilhando de uma das parcerias mais frutíferas do mercado. Em seu primeiro desfile para a maison, trouxe pautas feministas à passarela, com a camiseta-hit “We should all be feminists”.
Durante estes quase dez anos, a italiana estreitou laços com artistas como Linda Nochlin e Judy Chicago, relançou a bolsa Saddle e foi um sucesso de vendas. Seu destino pós-Dior ainda não foi confirmado, mas os boatos dizem que ela vai para a Fendi. Já na Dior, é provável que Jonathan Anderson assuma também a linha feminina, após ser confirmado na direção da Dior Men em meados de abril.
A primeira coleção de alta-costura de Maria Grazia Chiuri na Dior. Foto: Getty Images
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