Marina Ruy Barbosa faz primeiro desfile da Ginger no Rio de Janeiro

Na noite de quarta-feira (09.08), Marina Ruy Barbosa comemorou os três anos da sua Ginger com o primeiro desfile da marca, num casarão no bairro do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. “Desfilar era um sonho muito grande”, diz ela, horas antes da apresentação. “E quando começamos a ver as peças prontas, tivemos a certeza de que precisávamos mostrá-las de um jeito que a gente ainda não tinha feito.”

Além da atriz, empresária e capa do Volume 11 da ELLE Brasil, estavam por lá outros nomes estrelados como Letícia Spiller, Fernanda Abreu, Jade Picon, Duda Beat, Isabelle Drummond, Tina Calamba, Barbara Reis, Silvia Braz e Thaynara OG.

Além do aniversário, a ocasião representa um novo momento da label. Lançada no auge da pandemia de covid-19 com uma coleção de moletons (esgotada em menos de 12 horas), a Ginger cresceu, amadureceu e ganhou segurança para ousar em termos técnicos e estéticos. O que se viu na passarela está a um mundo de distância do apresentado três anos atrás.

Ginger. Foto: Roberto Filho

Look do primeiro desfile da marca Ginger, de Marina Ruy Barbosa, no Rio de Janeiro.

Ginger. Foto: Roberto Filho

“Como começamos só no digital, as peças tinham que ser fáceis. Por isso, o moletom. E como era pandemia, doamos 100% do para o Gerando Falcões”, comenta Marina sobre o pilar filantrópico da empresa. Desde então, o negócio foi crescendo em sintonia com as variações e mudanças de humor das pessoas, dos consumidores e da própria fundadora.

“Sempre tentava trazer algo que sentia falta no mercado. Ou alguma ousadia não tão comercial, que tem a ver com a minha paixão por moda, meu desejo de ver e fazer algo surpreendente”, continua. “E fizemos vários sucessos nessa trajetória: o top coração, o top bola, as peças de alfaiataria, as nossas calças coloridas. Mas ainda sentia que a marca precisava continuar evoluindo e trazendo inovação.”

Para isso, Marina contou com o talento e expertise do estilista Douglas Almeida, o novo diretor de criação da casa. Com passagem pelas equipes de estilo e criação da Maria Bonita, Coven e Le Lis Blanc, o designer mineiro, apaixonado por maquetes têxteis, trouxe um bem-vindo frescor e muita inovação. Os tricôs, ponto alto do desfile, são mérito dele. O mesmo para os plissados com estamparia digital, para o tecido vinílico que simula a pele de anfíbios, as transparências intercaladas com paetês. Sem contar no corte e modelagem aperfeiçoada dos blazers e camisas.

Detalhe de peça da nova coleção da Ginger. Foto: Reprodução Instagram | @shopginger

Detalhe de look do primeiro desfile da marca Ginger, de Marina Ruy Barbosa, no Rio de Janeiro.

Detalhe de peça da nova coleção da Ginger. Foto: Reprodução Instagram | @shopginger

Outro colaborador responsável por repaginar a imagem da marca é o stylist e editor de moda desta ELLE, Lucas Boccalão.

Com oferta de produtos ampliada, a coleção é composta de roupas com construções elaboradas, materiais tecnológicos misturados a tecidos nobres (majoritariamente feitos por produtores e fornecedores brasileiros), e silhueta sofisticada, quase sempre baseada em corte ou elementos de alfaiataria.

“A coleção nasceu de uma vontade de falar sobre o Brasil e de uma conexão com a nossa terra, nossa cultura, nossos povos, nossa criatividade, nosso artesanato e nossa indústria”, explica Douglas. Daí as referências à fauna e à flora amazônica na cartela de cores, nas estampas, bordados, detalhes, acabamentos, texturas e até na produção de materiais.

Ginger. Foto: Roberto Filho

Além dos tecidos reaproveitados de estoque morto e reciclados, das fibras naturais certificadas, algumas peças com aparência e toque de couro (vide os cintos e scarpins) são feitas a partir da folha da suculenta Orelha De Elefante que passa por um processo de curtimento especial. O resultado é uma matéria-prima brasileira, com a emissão de CO2 da sua fabricação compensada pela absorção de carbono do plantio e crescimento da espécie.

E tudo já à venda nas lojas e no e-commerce da Ginger.