Paris Fashion Week: Alaïa, inverno 2025

Pela primeira vez no calendário oficial de prêt-à-porter de Paris, a Alaïa apresenta coleção de inverno 2025 com estudo sobre a silhueta feminina através do tempo.


Modelo na passarela do desfile de verão 2025 da Alaïa, durante a semana de moda de Paris.
Alaïa, inverno 2025. Foto: Divulgação



A Alaïa estreou na semana de moda de prêt-à-porter de Paris, na terça-feira (04.03). Acontece que Azzedine Alaïa, fundador da casa francesa que completou 60 anos em 2024, preferia não seguir o calendário oficial e optar por apresentações independentes, que respeitavam o seu rítmo. 

Alex Consani na passarela do desfile de verão 2025 da Alaïa, durante a semana de moda de Paris.

Alaïa, inverno 2025. Foto: Divulgação

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Sob a direção criativa de Pieter Mulier desde julho de 2022, os desfiles da maison passaram a acontecer durante a semana de alta-costura – com exceção da apresentação em Nova York, em setembro passado. 

Desde aquela coleção, Mulier referencia à roupa ajustada ao corpo, assinatura de Azzedine Alaïa, com peças de poucas costuras e praticamente nenhum fecho tradicional, como botão e zíper. No lugar, ele usa tecidos feitos de um único fio, sem cortes e costuras e que garantem um caimento fluído – método usado anteriormente pelo estilista e que volta com destaque agora. 

Modelo na passarela do desfile de verão 2025 da Alaïa, durante a semana de moda de Paris.

Alaïa, inverno 2025. Foto: Divulgação

Modelo na passarela do desfile de verão 2025 da Alaïa, durante a semana de moda de Paris.

Alaïa, inverno 2025. Foto: Divulgação

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Além disso, algumas estruturas metálicas e enchimentos internos moldados diretamente no corpo da modelo seguram o pano, que cai em plissados e drapeados. Um top e uma saia usados como uma peça única acompanha as curvas da modelo. O tecido está segurado a tubo interno e dá a impressão de que flutua sobre a mulher. Uma jaqueta de couro branca, arquitetonicamente minimalista, é vestida com uma saia com anquinha acolchoada na parte de dentro e na altura da cintura, formando uma cascata de tecido. Os drapeados têm padrões diferentes e são feitos por meio de um sistema em que o tecido é dobrado com um papelão. 

Na sala de desfile, estavam dispostas esculturas de bustos humanos feitas pelo artista holandês Mark Manders e que pertencem à grife. É daí que vem boa parte da inspiração nessa temporada: uma silhueta geometrizada, que sintetiza as linhas do corpo feminino. Estudando os ideais de beleza ao longo do tempo e as representações de corpos de mulheres esculpidos em pedras, como a Vênus de Willendorf, o designer chegou aos seus próprios totens feitos de tecido e que alcançam um desenho ao mesmo tempo primitivo e futurista.

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