A música eletrônica e a moda
Neste episódio, a gente mergulha na ferveção da música eletrônica nos clubes para entender como esse movimento dialoga com as passarelas e tendências.
Episódio veiculado em 21 de outubro de 2022.
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Se preferir, você também pode ler este podcast:
Quinta-feira passada, dia 13 de outubro, Raf Simons apresentou o seu verão 2023 em uma boate de música eletrônica em Londres. No dia 5 de novembro, por sua vez, é aguardada uma apresentação da Diesel, que vai ser, na real, uma rave de 17 horas, aberta ao público, em parceria com a rádio NTS.
Bem, já deu pra sacar que nesse episódio do #ELLENews nós vamos subir o BPM, né. Vamos traçar aqui um paralelo entre a música eletrônica e a moda, e relembrar como o jeitão clubber que inspira designers e marcas hoje em dia é, na verdadeum movimento antigo de expressão.
E ainda: Dior e Thebe Magugu fazem parceria beneficente; Louis Vuitton assina collab com artistas contemporâneos; os principais destaques do Iguatemi Talks e muito mais.
Eu sou Gabriel Monteiro. E eu sou Patricia Oyama. E você está ouvindo o ELLE News, o podcast com as principais notícias de moda e de beleza da ELLE Brasil.
Raf Simons, Diesel, Balenciaga, Dries Van Noten, Chloé… a lista de marcas que fizeram referência às festas nessa temporada, mais especificamente àquelas de música eletrônica, foi extensa.
Fora isso, vários designers têm escolhido fazer as suas apresentações em boates, e algumas marcas já até passaram a associar ao seu DNA o jeitão clubber, aquela relação com a roupa que é bem Do It Yourself, busca liberdade e procura traçar uma identidade própria na noite. Ou seja, o que não está faltando é uma sinergia entre os sintetizadores e a passarela.
Mas vamos começar do começo, né? Corta pra década de 1970 pra gente lembrar como esse sujeito clubber nasce.
Bem, para falar de clubber é imprescindível uma linha do tempo aí, mesmo que rápida, da música eletrônica. E, olha, os estilos são muitos, vêm de diversos lugares, até formar aquilo que nós hoje compreendemos como eletronic dance music.
O House, por exemplo, nasceu nos anos 1970, em Chicago, e foi profundamente influenciado pela música Disco, com origem na cultura negra e LGBT. O Trance, por sua vez, já nasceu como uma variação mais melódica e psicodélica, e se firmou como a música das raves de lugares abertos, aquela para passar dias fervendo perto do mato.
Já o techno veio de Detroit, nos Estados Unidos, por volta dos anos 1980, com referência também às músicas afro-americanas, mas um olhar futurista, cheio de vontade de construir bases novas.
E ele encontra então com aquilo que era construído na Europa, em clubes como o Tresor, de Berlim. As produções se somam ou sintetizam, crescem ou se aglutinam até virar as centenas de vertentes que nós ouvimos hoje.
E no visual? Bem, se o house é quase retrô na estética, e o trance veste tie-dye e fluorescente, o techno repercute um visual mais fabril, que lembra a sua cidade de origem, conhecida pela indústria automobilística.
Mas uma coisa toda música eletrônica tem em comum: ela criou o clubber, esse sujeito que toma o espaço libertário dos lugares que tocam house, techno, trance, etc, e cria um jeito bem único de se vestir, onde o Do It Yourself é o caminho e a identidade própria o grande objetivo.
Corta para os anos 1990 e a montação clubber não só ganha força no mundo como também chega com tudo ao Brasil, principalmente em São Paulo, na região da Rua Augusta e dos Jardins, em boates como o Hells, o Massivo e o Madame Satã.
Era uma época de muito vinil, de plataformas altíssimas e produções vanguardistas. E é importante dizer que quem dominava a cena eram as gays, as lésbicas, as travestis, porque era possível ali viver a liberdade de gênero e orientação sexual por meio desses looks e desses encontros.
Ainda no Brasil, nós tivemos também o surgimento dos cybermanos, gente que vinha da periferia com os seus looks futuristas, que incluíam piercings, sneakers, peças camufladas e engrossavam (e muito!) o caldeirão dessa cena clubber que a gente adora.
Na mesma época, em Nova York, os Club Kids marcavam a história com os seus visuais andróginos, maquiagens bem malucas, que saíam do padrão “make de bonita”, além de adereços diferentões e fantasias feitas em casa especialmente para cada festa. Bem, se até então as pessoas pensavam que Drag Queens eram homens que reproduziam apenas a imagem feminina, os Club Kids provam que Drag é uma montação que vai muito além disso, o céu é o limite.
Em festas clandestinas, como trilhos de trem desativados, no Mc Donald’s da Times Square ou na boate LimeLight, por exemplo, eles se firmavam como um grupo de contracultura importante para entender como a música eletrônica influencia a moda. A identidade, o look único que era feito em casa e a negação de qualquer visual pasteurizado marcavam o jeito de pensar dessa galera.
Voltando aos dias atuais, parece que muitas dessas referências acabam se misturando, e o que continua sendo importante é manter a personalidade nos looks acima de tudo. Liana Padilha, a vocalista do duo NoPorn, e que começou a sua carreira na moda com a marca Sucumbe, acaba de voltar de uma turnê de três meses pela Europa. Lá, ela tocou em clubes e frequentou algumas das festas mais legais do continente. E ela conta um pouco pra gente do que viu em termos de moda por lá:
“Eu viajei recentemente e eu reparei muitas pessoas negras vestindo só roupas pretas e aí eu reparei isso com muita frequência, ficou muito forte pra mim. Boné preto, sobretudo preto, tênis preto, calça preta, como se tivesse um luto por esse fim de mundo, por tudo que a gente passou e ainda vai passar. Um luto pela guerra. Parecia isso, me dava essa impressão muito na Europa, de que as pessoas tavam meio que de luto mesmo com esses governos, com essas escolhas, com a vida que as pessoas estavam tendo. Também percebi que com esse empobrecimento todo e essa crise mundial, as pessoas voltaram, se é que algum dia pararam, voltou a ser muito forte o uso de coisas velhas, velhas não coisas comprada em brechó, é coisa velha mesmo, saia da mãe, calça do avô, chapéu da tia que sobrou pra você. Essa coisa da diferenciação, de ser único. Talvez essa seja a coisa principal disso, pensar “bem, eu não sou pasteurizado”.
E a Liana conta também o que ela enxerga de diferente nessa montação hoje:
Como a gente tem essa necessidade de ser único, acho que é uma necessidade do ser humano, acho que não só do adolescente, do ser humano em construção, e acho que a gente tá em construção a vida toda. Eu sinto isso até hoje. Essa coisa de você ser único, de ter uma coisa em você que é só sua, os outros são tem. É claro que é muito raro casar de você conseguir mostrar e expressar o que você sente através de um look. Mas eu percebi que no mundo todo as turmas são mais ou menos as mesmas e elas se vestem de uma forma muito parecida, sendo que o diferencial disso tudo seria o único, o que só eu tenho. Então é o jeito que eu coloco o chapéu, como se eu fosse stylist de mim mesma, como se eu pudesse me montar e testar os meus looks. Acho que isso tem a ver com o Instagram, com o Tiktok, com o celular, com câmeras, com selfies, de você poder se ver em movimento, acho que isso trouxe uma clareza de quem você é, da sua coisa única.”
A cena techno brasileira evoluiu de tal maneira que não está só no underground. Algumas festas já se tornaram verdadeiros festivais, como o caso da Mamba Negra, da ODD e da Caps Lock. Nelas, também rola muita montação, looks dark feitos em casa, transparência, sensualidade, pele de fora e maquiagens gráficas fora da caixinha.
E Liana fala um pouco dessa sensualidade da noite:
“Eu sinto que no começo do século, no começo desse século, a moda na noite era muito usada pra sedução, o clima era muito mais hedonista, era um clima de causar pelo sexy, pelo ousado, pela coisa mais sedutora, as makes. Isso não saia muito do bonito, de um padrão belo, tinha claro as coisas mais caricatas, mas sempre ficou muito num padrão de seduzir, de sair pra seduzir, pra caçar uma parceria e ser feliz. Acho que isso marcou muito até a metade, até 2010, por ali. Marcou essa necessidade de sedução. Foi quando eu comecei a sentir na noite tava acontecendo uma coisa relacionada uma coisa mais política, de deixar mais claro o seu pensamento, sua sexualidade, o gênero que você queria seguir ou não e isso ser mais fluído, brincar com os olhos, um jogo de brincar, de pegar esse look e usar de outra forma, de uma forma mais “olha, eu sou assim, eu penso assim” e isso chega até agora, que é a coisa dos bonés do MST, de usar vermelho, que você percebe no grupo, nas festas, também muito forte.”
No mercado de luxo, estilistas que gostam de explorar subculturas, como Raf Simons e Rick Owens, sempre buscaram referências nos clubbers ao criar as suas coleções. Pense nas botas over the knee de plataformas altíssimas e nas roupas desconstruídas que já viraram marca registrada de Owens ou nas estampas inspiradas por Christiane F. do inverno 2018 do estilista belga, só para dar alguns exemplos.
Neste último verão, Simons olhou para os anos 1980, o início de tudo, para incluir regatas arrastão e tons primários vibrantes em uma coleção simples e minimalista para os seus padrões, mas com estampas em que se lia “Let’s drink the sea and dance”, ou “Vamos beber o mar e dançar”. Simons sempre foi obcecado por música eletrônica e, em todas as suas coleções, é possível notar um pouco dessa paixão, como por exemplo, a sua adoração pela banda Kraftwerk, que já foi trilha de vários desfiles seus.
Aliás, é justamente nas trilhas sonoras dos desfiles que as músicas eletrônicas dão bastante as caras. Um dos momentos mais importantes na história, nesse sentido, foi o desfile de verão 2008 da Louis Vuitton, quando o duo Daft Punk criou um set de 17 minutos para a apresentação da marca francesa. Virgil Abloh, por exemplo, estilista fundador da Off- White, diretor do masculino da Vuitton e que morreu ano passado, também foi DJ de techno e essa foi uma das grandes influências em seu trabalho, além do hip hop e do streetwear, claro.
Momentos parecidos de valorização da música eletrônica também já rolaram nos desfiles da Prada, principalmente depois que Raf Simons passou a assumir a co-criação da marca. Já mais recentemente, no verão 2021 da Mugler, a track eletrônica foi uma das partes mais comentadas de todo o show.
Johnny Luxo, DJ-fundamento da noite paulistana, clubber de carteirinha lá dos anos 1990, falou aqui que a internet e as redes sociais, como tudo atualmente nessa vida, são as grandes responsáveis por fazer esse intercâmbio entre as pistas e as passarelas. E cita os vídeos que circulam dos after parties da Balenciaga e do Rick Owens, por exemplo, como grande fonte de inspiração. A gente perguntou também pro Johnny como as pessoas que gostam de música eletrônica acabam se expressando através da roupa. Vamos ouvir o que ele respondeu:
Só me vem a Elloanigena na cabeça. Quem vai na Caps Lock, por exemplo, sabe quem é ela, é a que tá com o look mais absurdo de todos. E a cada edição da festa ela se supera. Existem outras pessoas na mesma linha de Elloa, poucas, bem poucas, que frequentam outras festas e que também adotam esse look surrealista apocalíptico. Tipo aquele bordão “se nao for pra causar, eu nem vou”. E também acho que a gente tem que se jogar em todos os sentidos. Quer dizer, aí vai de cada um, né? Fora que é muito mais interessante você ir numa festa que tem um monte de gente absurda, não só duas e o resto todo mundo meio igua, que geralmente é o que acontece”
E como bem lembrou o Johnny, esse jeitão de fim do mundo realmente guia alguns dos visuais. Marcas como Another Place e Alexandre Pavão são figurinhas carimbadas nas pistas do país: os tops transparentes estampados da primeira e as bolsinhas neon da segunda são vistas à exaustão nas festas do gênero por aqui.
Guma Joana, performer e estilista da Casa de Criadores, também deu origem a sua marca no techno paulistano. O seu último desfile apresentado na semana de moda trouxe um pouco dessa subcultura. Roupas rasgadas, pele de fora, recortes e acessórios feitos a partir de objetos do dia-a-dia apareceram nessa coleção. Aqui, ela conta pra gente como é a relação de sua marca homônima com a noite:
“Eu sinto que a cena underground sempre influenciou muito meu trabalho, principalmente de forma estética e visual. Porque quando eu adentrei a cena, quando eu comecei a frequentar as festas que vou hoje em dia, sinto que o que mais me pegou, além da música, foi o jeito que as pessoas se expressavam ali, como se fosse um universo paralelo mesmo. Daí comecei a conhecer e trocar com muitas pessoas que eram super estilosas e fashion e me inspirar mesmo no movimento que elas tavam fazendo. E também me descobrindo, descobrindo como eu poderia usar das minhas roupas pra transformar as pessoas que estavam ali também e trocar com elas. Quando eu comecei com a marca, eu sinto que tinha muito esse lugar de fazer pensando nas pessoas que estavam na cena, que tavam dançando, que estavam na pista, como a roupa ia ser confortável ou não ia, como aquela roupa era uma performance. Porque, na cena underground em São Paulo, também tem muito role de performance, que também é um ambiente que eu frequento, então como a roupa pode ser uma performance pra quem vai frequentar a festa. ”
Bem, dos anos 1970 até agora, a noite e a música eletrônica se misturam com a moda em termos de identidade e formas de expressão por meio da roupa. É como se uma fosse a continuação da outra.
E, em tempos onde as tendências estão cada vez mais pasteurizadas e difíceis de acompanhar, é interessante ver um grupo que se retroalimenta tanto e faz da identidade um norte para as suas produções. A gente adora acompanhar e já catou que não é só uma tendência, é um movimento que vai durar muito, enquanto houver som!
Thebe Magugu pra Dior
E ninguém segura mais Thebe Magugu. Depois de brilhar na semana passada com seu desfile no Victoria and Albert Museum, em Londres, o estilista sul-africano, vencedor do prêmio LVMH de 2019, voltou ao noticiário de moda com o anúncio da coleção cápsula que está lançando com a Dior.
A convite da diretora criativa da grife, Maria Grazia Chiuri, ele reinterpretou o New Look lançado pelo fundador da marca, Christian Dior, em 1947. Pelas mãos de Magugu, a icônica combinação de casaco acinturado com saia rodada virou uma camiseta estampada com duas mulheres de mãos dadas, com tiras que saem de costuras internas, para ajustar a cintura, e uma saia plissada de tule, composta por duas formas arredondadas que se juntam no cós.
A minicoleção agrega ainda um bucket hat, um lenço e acessórios que são marca registrada de Chiuri com um toque de Magugu: a bolsa Dior Book Tote ganhou a mesma estampa da camiseta e as botas Diorcamp surgem com solado amarelo.
Como parte da ação de lançamento da coleção, a Dior fez uma doação para a ONG da atriz Charlize Theron, voltada para os jovens da África do Sul. Assim como Thebe, Charlize é sul-africana, além de ser também há anos o rosto do perfume J’Adore, da Dior. A coleção tem edição limitada e começa a ser vendida na quinta que vem, dia 27, nas flagships da grife em Paris, Nova York e Los Angeles.
E se você quiser saber mais sobre esse novo talento da moda, o Volume 9 da ELLE impressa traz uma super entrevista com Thebe Magugu feita pela curadora de moda do Masp Hanayrá Negreiros. Além disso, o estilista também falou pro nosso site sobre as principais referências do seu trabalho. Acesse elle.com.br e procure a reportagem Thebe Magugu indica.
Denúncia contra a Shein
Se você tem sentimentos mistos de felicidade e culpa quando compra uma pechincha nas redes de fast-fashion, vai ter que lidar aqui com mais uma informação.
A rede de TV britânica Channel 4 lançou esta semana o documentário Inside the Shein Machine: Untold, em que revela os bastidores da linha de produção da Shein, a gigante varejista com sede na China.
Para realizar a reportagem, a jornalista Iman Amrani conseguiu se infiltrar em duas fábricas da Shein na China, como participante do processo seletivo da empresa. O documentário traz relatos de operários que trabalham até 17 horas por dia, com apenas uma folga por mês, para cumprir uma meta de produção de 500 peças por dia.
Em alguns casos, por cada peça produzida, os operários da Shein receberiam menos de 1 centavo de dólar. E ainda há relatos de descontos de até ⅔ do pagamento diário para quem comete erros na linha de montagem.
O documentário da Channel 4 denuncia ainda a “cultura de roubo de design” na Shein, ou seja, a prática de pesquisar tendências e produzir versões baratinhas de criações de designers pelo mundo.
Ao site Business Insider, um porta-voz da Shein disse que a empresa está extremamente preocupada com as denúncias, que segue um código de conduta baseado nas convenções da Organização internacional do trabalho e legislações locais e que encerra rapidamente qualquer parceria que não siga esse código. A companhia disse que solicitou informações específicas do Channel 4 para que possa investigar os fatos narrados.
Coleção Artycapucines da Louis Vuitton
É uma bolsa ou uma obra de arte? Você decide. E, pra aumentar a dúvida, a Louis Vuitton escolheu lançar a sua nova coleção de bolsas Artycapucines na feira de arte Paris+ por Art Basel, que começou ontem, dia 20 e vai até 23 de outubro no Grand Palais Éphémère, em Paris
A nova coleção traz o modelo Capucines, aquele que tem formato de trapézio, recriado por seis artistas contemporâneos. A pintora francesa Amelie Bertrand transportou suas tonalidades e folhagens tropicais para a sua bolsa com alça de corrente colorida. O artista coreano Park Seo-Bo também transportou sua pintura para a bolsa, no caso, o quadro vermelho da série Écriture, seu trabalho mais famoso.
O suíço Ugo Rondinone se baseou em dois elementos recorrentes no seu trabalho, o palhaço e o arco-íris, e criou uma Capucines toda coberta por losangos coloridos. A bolsa da estadunidense Kennedy Yanko, por sua vez, reproduz o efeito de metal amassado, com pontos de ferrugem, que se vê nas esculturas da artista.
Já o francês Daniel Buren foi mais sutil na autorreferência. Conhecido por suas obras com listras, ele criou uma alça com faixas pretas e brancas para o seu acessório.
Por fim, o arquiteto Peter Marino, que assina o projeto de várias lojas de grifes pelo mundo, como Chanel e Louis Vuitton, se inspirou num baú medieval que encontrou durante a restauração de uma construção do século 14, em Veneza, e criou uma bolsa de couro toda preta com detalhes em relevo.
A nova coleção Artycapucines, com tiragem limitada, vai ser vendida em 200 lojas da Louis Vuitton pelo mundo. Cada bolsa custa 8000 euros, ou cerca de 41 mil reais.
Iguatemi Talks
E por falar em Peter Marino, o arquiteto estadunidense é um dos participantes do Iguatemi Talks Fashion, que acontece na terça e quarta 1que vem, dias 25 e 26 de outubro, no JK Iguatemi.
Nessa 6a edição, a conferência terá palestras e painéis presenciais, mas também poderá ser assistida online pela plataforma oficial do evento. A participação de Peter Marino, aliás, foi por videoconferência. Ele foi entrevistado por essa que vos fala, num bate-papo bem bacana.
Entre outros participantes que também estarão discutindo moda, design, tendências e metaverso, o Iguatemi Talks traz no line-up o CEO da Moncler Remo Ruffini, a influencer GKay, os estilistas Dudu Bertholini e Flávia Aranha e muitos outros nomes.
Os ingressos já estão à venda pelo site iguatemitalks.com.br e custam a partir de 165 reais.
Pílula de beauté
E na Pílula de Beauté desta semana, Pedro Camargo, nosso editor de beleza, fala de mais uma empreitada de famoso! Dessa vez, é Hayley Williams, a vocalista do Paramore que vai lançar um salão próprio. Explica pra gente, Pedro!
“Oi, gente! Tudo bem? Quem aqui era (ou ainda é) fã de Paramore? Pois bem, quem é fã bem sabe da marca de tinturas para o cabelo, a GoodDyeYoung, fundada pela vocalista Hayley Williams. A novidade da vez é que, para além da marca, a cantora também está abrindo um salão! O projeto, tal como a GoodDyeYoung, está sendo feito em parceria com seu cabeleireiro de longa data Brian O’Connor. O Fruits Hair Lab ainda não tem uma data certa para abrir, mas segundo Hayley, isso não demora a acontecer. O salão, por sinal, fica em Nashville, no Tennessee, nos Estados Unidos. Fora isso, Jared Leto se juntou ao compositor Jonathan Karen para criar a Twentynine Palms, uma marca vegana e livre de crueldade inspirada pela cidade que dá nome a empresa. São produtos para o cabelo, para a pele do rosto, do corpo e até perfumes (para o corpo e para a casa). O lançamento oficial acontece no dia 25 deste mês. Fiquem ligadinhasssss. Beijos!”
Dica cultural
E para finalizar o episódio de hoje, a dica cultural da semana. Nossa editora, Bruna Bittencourt, puxa alguns destaques da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. O que a gente não pode perder, Bru?
“Começou na última quinta-feira, 20 de outubro, e segue até 02 de novembro, a 46ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, evento anual importantíssimo para os cinéfilos. Mesmo com orçamento enxuto, por causa do corte de patrocínio, o festival reúne mais de 200 títulos de todo o mundo. Entre os destaques estão Aftersun, de Charlotte Wells, em que a protagonista lembra as férias que passou com o pai, interpretado pelo sempre ótimo Paul Mescal, da série Normal people, logo após ele se divorciar de sua mãe, quando ainda era criança. Tem também Alcarràs, de Carla Simón, vencedora do Urso de Ouro no último Festival de Berlim, sobre uma família que está sendo obrigada a deixar suas terras, onde cultiva pêssegos há décadas, para dar lugar a painéis solares. Na lista ainda, O filme da escritora, do sul-coreano Hong Sang-soo, que ganhou o Grande Prêmio do Júri no último Festival de Berlim. Na programação, há também alguns filmes que estreiam logo nos cinemas ou em serviços de streaming, caso você queira esperar. É o caso de Racionais – Das ruas de São Paulo pro mundo, de Juliana Vicente, documentário sobre os 30 anos dos Racionais MC’s, que chega em 16 de novembro, na Netflix. Também será exibido na mostra Armageddon time, de James Gray, com Jeremy Strong (da série hit Succession) e Anne Hathaway, que tem estreia prevista para 10 de novembro, nos cinemas. Bardo, falsa crônica de algumas verdades, de Alejandro González Iñárritu (diretor de longas como Birdman e O regresso), chega à Netflix no dia 16 de dezembro. Tem matéria no site da Elle sobre esses e outros destaques da mostra, escrita por nossa colaboradora Mariane Morisawa. Por aqui a gente fica com Racionais, ‘Capítulo 4, Versíiculo 3′”.
Este episódio usou trechos das músicas White Horse, do Laid Back; The Model, do Kraftwerk; Gasolina, do Teto Preto; Sangria, do filme Climax;
New Look, de Rita Ora; Money Bag, de Cardi B; Talk, de Khalid; e Colour Me In, de Hayley Williams.
E nós ficamos por aqui. Eu sou Patricia Oyama. E eu sou Gabriel Monteiro.
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