O TikTok espalha ou cria tendências?

Barbiecore, Brazilcore, royalcore... A cada semana pipoca um "core" diferente no TikTok. Mas será que a rede social está só divulgando o que se passa nas ruas ou está criando essas tendências? Confira neste episódio do ELLE News.


brazilcore: menina loira com regata escrito brasil
Foto: Reprodução TikTok



Episódio veiculado em 26 de agosto de 2022.

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Você está entre as pessoas que não aguentam mais falar sobre Brazil Core? E Barbiecore? E Royal Core? Pois é, no universo do TikTok é uma tendência atrás da outra, fica até difícil de acompanhar.

Mas será que essas tendências surgiram nas ruas e foram parar no TikTok? Ou será que elas estão surgindo dentro da própria rede social? Neste episódio, a gente tenta entender essa dinâmica das trends em meio a likes e compartilhamentos.

E ainda: a nova edição da ELLE View, com Giovanna Ewbank na capa, a collab de Duda Beat com a C&A, a polêmica da bolsa vegana da Telfar e muito mais.

Eu sou Patricia Oyama. E eu sou Gabriel Monteiro. E você está ouvindo o ELLE News, o podcast com as principais notícias de moda e de beleza da ELLE Brasil

Quem é fã de carteirinha do filme O Diabo veste Prada provavelmente reconheceu esse áudio que a gente acabou de ouvir. Essa é a cena em que a personagem de Meryl Streep explica para uma atônita Anne Hathaway toda a trajetória de uma tendência. 

No caso, Miranda conta que o suéter azul-celeste que Andy veste tem suas origens anos antes, numa coleção de vestidos dessa mesma cor, de Oscar de La Renta. O azul-celeste foi copiado por dezenas de outras grifes, passou para as lojas de departamento e, por fim, foi parar no saldão de lojinhas populares, onde, diz Miranda, provavelmente Andy comprou sua peça.

Pois é, há décadas a moda segue esse ciclo: da passarela, algumas tendências chegam às ruas através dos early adopters, ou primeiros adeptos; ganham incontáveis versões, se diluem até atingir a grande massa e, por fim, caem no esquecimento, até que alguém resolve resgatá-las e começar tudo de novo.

E, claro, também tem o caminho inverso: as ruas lançam a tendência, criativos bem antenados captam o que está no ar e adaptam o estilo para as passarelas em versões muito mais caras. E aí a tendência volta pras ruas, vai pras lojas de departamento e segue o baile.

Mas, mesmo quando o suposto início é nas passarelas, a gente sabe que aquilo não surgiu por acaso na cabeça do designer. A inspiração pode vir de um movimento artístico ou histórico, pode vir da arquitetura, da natureza, de comunidades, enfim, ela vem de algum lugar e não aparece, naquele momento, aleatoriamente. As tendências costumam refletir, de alguma forma, o que está acontecendo na atualidade.

Quer dizer. Pelo menos era assim. No mundo paralelo do TikTok, não param de pipocar as mais variadas tendências em todas as áreas, de música a gastronomia e, principalmente, beleza e moda. É tanta coisa bombando ao mesmo tempo que a gente chega a se perguntar: será que são as tendências que vão parar no TikTok ou é o TikTok que está criando as tendências?Só pra gente relembrar rapidinho algumas trends que passaram por lá: a gente teve o gorpcore, que prioriza peças funcionais, o barbiecore, com roupas rosa e um estilo que remete à boneca da Mattel e, mais recentemente, o Brazilcore, que foi justamente a tendência que motivou este episódio.

Se você se baseasse pelo que via no TikTok há algumas semanas, ia achar que de uma hora pra outra o planeta inteiro estava vestindo as cores da bandeira brasileira. E não faltou influencer fazendo vídeo tentando explicar a tendência e prever o que vem por aí – muitas vezes sem embasamento algum.

A Lelê Santhana, que nossa repórter aqui na ELLE e dá opiniões muito bem embasadas no seu perfil Portal das Modas, no Instagram, fala um pouco sobre essa dinâmica nova que o TikTok tem dado às tendências, e pega o Brazil Core como exemplo.

  • Eu confesso que sempre fui muito fascinada pelo movimento de tendências, porque pra mim elas nascem de um lugar muito mais profundo do que se imagina e podem revelar bastante sobre o contexto sócio-cultural daquele tempo, sobre o comportamento humano, sobre as vontades, as renúncias. Mas indo totalmente pelo lado oposto dessa minha visão, os criadores do TikTok têm inventado tendências baseados em nada. Então, quando a gente fala que o mundo está atento à estética brasileira e garotas do mundo todo estão vestindo símbolos daqui, isso não existe, isso é uma invenção. Se a gente for pesquisar Brazil Core no Google, não vai existir um único veículo de moda internacional falando sobre isso, pautando essa suposta tendência. E nos conteúdos feitos por criadores nacionais, as fotos que eram usadas para ilustrar, das gringas, vestindo a camisa do Brasil, eram sempre as mesmas três, quatro fotos. Ou seja, não dá pra chamar isso de uma tendência, de uma estética global, porque foi um comportamento micro, micro, micro, que mundialmente, eu diria ser inexpressivo. 

Como aconteceu com outras modinhas do TikTok, o assunto foi tão explorado que dias depois ninguém mais aguentava nem ouvir falar em Brazil Core. Mas esse não é o pior efeito colateral dessa surra de trends. A Lelê levanta aqui uma outra questão relevante. 

Um outro ponto que eu acho que vale a pena ser pontuado é quando a essa hipercaracterização de tendências promovidas pelo TikTok. Então, essa semana é o Brazil Core, mas na passada era o Barbiecore e na anterior o Royalcore. Toda semana é um core diferente, e a cada vez que um surge, ele se esgota rapidamente, tem uma duração de vida muito curta, e isso se dá por conta dessa superexposição ao tema. A gente fica superexposto a ele. Todo mundo começa a falar da mesmo coisa, todo mundo começa a usar do mesmo jeito e, na verdade, eu sinto que isso é algo que tem acontecido em todos os segmentos criativos. Então, no mercado musical é a mesma coisa. Uma música é lançada, todo mundo começa a colocar essa mesma música no seu TikTok, nos seus stories, e aí em uma questão de dias, a gente não vai mais aguentar ouvi-las. Satura de um jeito muito veloz. Mas, na moda, isso acaba caindo num lugar mais problemático, porque impacta no consumo, gera um desejo instantâneo. Quanto mais a gente vê uma tendência, mais a gente vai querer ela, só que por menos tempo. A gente vai comprar e vai deixar de usar. E isso colabora pra essa cultura da descartabilidade, que é muito prejudicial, tanto mentalmente quanto ambientalmente.

A beleza também é um terreno fértil pras microtrends do TikTok. Além de produtinhos e dicas de maquiagem, vários tiktokers ensinam procedimentos de skincare e de cuidados com o cabelo e com o corpo, que logo se popularizam na rede. O problema é que muitas vezes essas dicas não funcionam ou podem até ser prejudiciais.

Na nova edição da ELLE View, que a gente vai abordar logo mais, o Pedro Camargo, nosso editor de beleza, escreveu uma reportagem mostrando como a desinformação virou uma estratégia de autopromoção nas redes sociais. O texto cita, por exemplo, o caso de uma influencer que viralizou ao aplicar um hidratante com cor sobre o rosto de maneira toda errada, propositalmente. Outro exemplo, mais perigoso, é de uma garota que sugere esquentar a base numa frigideira antes de aplicá-la.

E todos esses absurdos desfilam aos montes pelo TikTok como se fossem a coisa mais natural do mundo. Ou ainda: como se todo mundo tivesse aderido a essas modas. Aqui o Pedro comenta essa falsa impressão que as redes sociais dão, de que tem algo estourando no mundo inteiro, quando, na verdade, é um fenômeno isolado daquela bolha.

Muitas vezes essas tendências não tem assim uma repercussão tão forte no mundo real, mas dentro dessa história digital, elas se transformam em desafios e correntes e outras loucuras digitais e acabam ganhando proporções numéricas e muito expressivas. Mas quando a gente vai ver na realidade, quando a gente sai pro mundo e, enfim, visita os lugares e vê as pessoas, nem sempre tem uma equivalência dessas tendências. Então, as redes estão, em alguma medida, pelo menos, pra beleza, criando e gerando tendências demais, de modo que aquele grau de confiabilidade que a gente tinha nas tendências – se alguma coisa é tendência, é porque ela está acontecendo num campo um pouco mais macrocósmico – isso está se perdendo. As tendências estão se afastando um pouco da realidade física do mundo, o que se chama de tendência hoje. Então, talvez a gente crie um novo nome, ou talvez, enfim, a gente passe a ter mais critério nas redes, mas, de modo geral, o que eu penso a respeito dessa questão das tendências de beleza nas redes sociais é isso: tem um volume muito grande, que acaba fazendo com que essa palavra, tendência, que é tão importante para o mercado de moda quanto o mercado de beleza, passe a não ter mais muito sentido. Como a Lelê falou, no áudio dela, as tendências são um bom termômetro do que está acontecendo no mundo, de quais são as vontades, de como a gente está respondendo, em termos de comportamento, às mudanças que estão acontecendo no mundo. E quando a gente para pra avaliar também a tendência dentro desses cenários digitais, parece que elas não servem mais como esse termômetro. Ou, se serve, é um termômetro muito desajustado, muito pouco crível. Então, tem essa questão.

Bom, então, voltando à nossa pergunta inicial: as tendências vão parar no TikTok ou é o TikTok que cria tendências? Uma coisa que a gente pode concluir, depois de tudo isso, é que o TikTok faz barulho, viraliza, gera polêmica. É babado, confusão e gritaria, mas não lança tendências. Não, pelo menos, quando a gente entende a tendência como reflexo do zeitgeist, aquela palavrinha alemã pra definir o espírito do nosso tempo.   

Pra finalizar, a gente conversou com a pesquisadora de tendências e comportamento Iza Dezon, que dá a visão dela sobre tendências e TikTok. Pra Iza, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa: 

“Primeiro de tudo, queria dizer que, da minha perspectiva, a tendência é algo mais profundo, e a expressão estética é o que a gente vê na moda, na passarela, nas cores e assim por diante. Nesse sentido, o TikTok é um acelerador de grandes ideias, de pastiches, dessas misturas e encontros geracionais que a gente tá vivendo numa velocidade jamais vista e numa pluralidade jamais vista. É uma mistura de décadas, períodos, estilos, manifestações culturais como um todo. Então, não vamos confundir o veículo com o que gera isso, que é um comportamento mais profundo, que reflete essa grande ansiedade de consumo que a gente tá gerando numa geração que, na realidade, fala muito mais da acelerações, das confluências e efeitos que a globalizacão trouxe, de algumas ansiedades, infelizmente, e desse desejo de expressar sempre a sua identidade, sua forma de vestir e a sua cultura.”

ELLE View de agosto

Bom, e falando ainda sobre TikTok e mídias sociais, esse é justamente o tema da ELLE View de agosto, a nossa revista digital mensal pra assinantes, que acaba de entrar no ar. Este mês, as reportagens vão falar sobre a nossa relação com essas plataformas e como elas têm influenciado a nossa vida, tanto para o bem quanto para o mal.

E quem fala sobre exposição nas redes e também sobre carreira, maternidade, machismo, racismo e muitos outros assuntos é a atriz Giovanna Ewbank, a estrela de capa da edição, que posou para o fotógrafo Rogger Cordeiro, com styling do Marcell Maia. 

Quem entrevistou a Giovanna foi a Renata Piza, a mais nova integrante da equipe. A Renata agora está no comando da ELLE View e conta aqui alguns dos destaques dessa edição.

Maria-vai-com-as-outras. Sabe essa expressão da qual a gente fugia anos atrás, porque significava basicamente não ter opinião própria? Pois é, nessa edição, a gente mostra como, com as mídias sociais, todos nós viramos um pouco maria e que efeitos isso tem na nossa maneira de enxergar o mundo, se posicionar e desejar coisas de um jeito pasteurizado. Numa reportagem imperdível, Nathalia Levy, que tocava ELLE View antes de mim, se debruça sobre pesquisas e mostra que, segundo elas, o Brasil é o país mais influenciável do mundo quando se trata o que os outros indicam. E a editora especial Vivian Whiteman analisa o perigo dessa massificação de desejos, de todo mundo querer ser igualzinho ao outro. E nos deixa a pergunta: se não podemos mais fugir desse modelo, qual seria o papel da influenciadora do futuro? Em beleza, nós temos ainda os efeitos psicológicos dessa exposição full time nas telas, seja em vídeochamadas, seja nas redes. E ainda a vertente sensacionalista em busca de engajamento. Comportamento visto também na moda, vide a ascensão de garotas que usam looks controversos para ganhar números. Mesmo que eles venham acompanhados de haters. Sobre influência, ainda, é impossível negar: Kanye West reina, como podemos ler em um matéria que traça a trajetória do rapper na música e na moda. Mas será que dá pra fugir um pouco do comportamento em bando? Garance Doré e a repórter Ana Pinho provam que sim. Ana não tem nenhum arroba e isso fez com que ela apreciasse mais a vida. Já Garance trocou o street style fabricado por uma marca de beleza que prega simplicidade. Na ELLE View de agosto, também trazemos outras influências compartilhadas por 11 personalidades. Que podem ser um alternativa a mais do mesmo. No fundo, no fundo, a lição que fica é: somos influenciados, resta nos perguntar por quem. Tem muito mais nessa edição e aqui vai outro spoiler: o fim das mídias sociais tal qual as conhecemos pode ser tornar realidade em breve. É o que garante Ronaldo Lemos, já que as mudanças nos algoritimos do Twitter, Facebook e Instagram parecem mesmo ser inevitáveis, pondo um fim à era “me segue que eu te sigo de volta”. TikTok, claro, tem muita participação nisso. Espero que vocês gostem da edição e leiam tudo, porque eu realmente acredito: somente a leitura aprofundada salva a nossa sanidade mental e nossas opiniões, incluindo as políticas. As eleições, afinal, estão aí, pessoal. Um beijo!

Se você ainda não assina a ELLE View, corre lá no nosso site e garanta já o seu acesso a esse conteúdo exclusivo! A edição está imperdível.

Duda Beat e CeA

Ela já foi capa da ELLE View em outubro de 2021. Ela já desfilou na São Paulo Fashion Week pela Misci. Mas é a primeira vez que essa cantora pernambucana faz uma parceria de moda. A gente está falando, claro, de Duda Beat, que se juntou com a C&A para lançar uma coleção. 

A collab conta com roupas, calçados e acessórios e foi dividida em duas histórias: Heartbeat e Bédi Beat. Na primeira, o coração fala mais alto, com peças românticas, tons mais adocicados e elementos fofinhos, como o corset em cor de rosa, o top cropped em formato de coração e um ou outro elemento mais preppy. 

Já na outra metade, o lado dark e rebelde da cantora roubam a cena, com direito a macaquinho de veludo, top cheio de recortes e estampas mais gráficas. 

Você já encontra as peças dessa dobradinha no site da C&A e em lojas da varejista espalhadas pelo Brasil. 

  • Farfetch e Net-a-porter

E na última quarta-feira, dia 24 de agosto, o Grupo Richemont, que é proprietário de Azzedine Alaia, Cartier, Van Cleef & Arpels, entre outros, fez um acordo que já era esperado desde novembro do ano passado. 

O grupo suíço vendeu 47,5% de sua varejista de moda online YOOX Net-a-Porter para a Farfetch. Outros 3,2% foram vendidos para a Symphony Global, de um investidor imobiliário dos Emirados Arábes. 

Dessa maneira, a YOOX Net-a-Porter ficou sem um acionista controlador, mas o caminho está aberto para que a Farfetch venha a adquirir as ações restantes com o passar do tempo. 

O acordo avalia a YNAP em cerca de 1 bilhão de euros. O grupo suíço, no entanto, adquiriu o controle da YNAP, em 2018, por 5 bilhões.

Ainda assim, investidores analisam a transação como bastante positiva para ambas as partes. Por um lado, a Richemont se livra de um negócio muito oneroso, que não fazia mais sentido para o conglomerado. Para se ter uma ideia, após o negócio, as ações da Richemont subiram 3,6%. 

E, por outro, a Farfetch caminha para o domínio total do comércio eletrônico de luxo, crescendo com a base de clientes da YNAP e impulsionando-a com sua tecnologia. 

Lembrando que a Farfetch foi fundada em 2007 e opera tanto como varejista quanto como uma fornecedora de tecnologia de comércio eletrônico, ou seja, ela vende também plataformas de comercialização online. Entre os seus patrocinadores estão a gigante chinesa Alibaba e a família Pinault, dona da Kering, que detém marcas como Gucci e Balenciaga. 

  • Bolsa vegana da Telfar

Bem, quem acompanha o ELLE News já está familiarizado com ela, a Bushwick Birkin. Mas, quem não se lembra, assim de nome, a gente refresca a memória. Esse é o nome da bolsa considerada a it bag da atualidade, a primeira dos Gen Z. 

Ela foi criada pelo designer líbero-americano Telfar Clemens, tem um design bastante minimalista, apenas o logo em alto relevo na frente, um preço razoavelmente acessível (em torno de 150 dólares) e é descrita como um acessório para todos os gêneros e de couro vegano. 

Essa bolsa já deu muito o que falar porque virou símbolo de uma marca afro-americana de sucesso. Para se ter uma noção, em seu mais novo álbum, Renaissance, Beyoncé chama a icônica bolsa da Hermés, Birkin, de merda, ao compará-la com uma Telfar. 

Pelo seu custo sempre relativamente baixo, o acessório também já foi comprada aos montes para ser revendido depois. Isso fez com que a marca tivesse que desenvolver toda uma operação de pré-venda para acabar com o resale. 

Agora, o que veio à tona, porém, foi o um post de um cliente, mais especificamente um vídeo que já tem mais de um milhão de visualizações, em que essa pessoa reclama do estado que ficou a sua Bushwick Birkin depois de quatro anos de uso. 

Segundo ela, o tal do couro vegano não é tão bom assim. Aí já viu, né. Teve quem saiu na defesa de que quatro anos é uma vida OK para uma bolsa, outros usuários dizendo que suas Bushwick sobreviveram muito mais e teve gente lembrando que o couro vegano é um eufemismo para plástico. 

E é esse o ponto. O burburinho reacendeu o debate ainda mais específico sobre sustentabilidade, o que está por trás desses materiais substitutos. 

A Telfar, no entanto, tem sido clara sobre o que representa. O uso de couro sintético é uma escolha pautada pelo preço e acessibilidade do material, segundo o site da empresa, em linha com o ethos da marca de projetar para uma comunidade há muito ignorada pela indústria da moda por causa de gênero, raça ou origem socioeconômica.

PÍLULA DE BEAUTÉ 

E na Pílula de Beauté dessa semana, o nosso editor, Pedro Camargo traz uma série de novidades do mercado de beleza. De marca nova da Kate Moss a gloss em formato de Ketchup na Fenty Beauty… Conta mais, Pedro! 

Oi, pessoal! Tutto bene?

Gente, surra de notícias nesta semana!

Número um: Ariana Grande está expandindo a sua linha de fragrâncias, a God Is a Woman.

Agora, ela conta também com alguns produtos de cuidados com a pele do corpo. Eles são um esfoliante, um creme, um óleo e um spray corporal. Nos Estados Unidos, eles estarão à venda na Ulta Beauty, a partir do dia 28 deste mês.

Número dois: Pat McGrath soltou o segundo Drop de sua parceria com a Supreme. Depois do sucesso absurdo do batom que as duas empresas lançaram em conjunto, eles decidiram entrar para o mundo dos esmaltes. São três: um vermelho, um branco e um preto. Inclusive, aposto que vai dar sold out em segundos quando começarem as vendas em setembro!

Número três: ainda não temos muitas informações sobre este lançamento, mas Kate Moss anunciou que vem aí a Cosmoss, a sua marca de wellness. Ao que tudo indica, produtos para rituais de bem-estar feitos a partir de ingredientes naturais estão na mira da icônica modelo britânica.

E como se não bastasse, para fechar, e a Fenty Beauty que se juntou com um coletivo de arte do Brooklyin para criar uma caixinha com vários sachês de ketchup dentro e você não sabe ao comprar quais deles são ketchup de verdade e quais são gloss? Loucura né?

Semana fervida!

Beijos!

DICA DE CULTURA DA SEMANA 

E nossa editora de cultura, Bruna Bittencourt, vem com dica de teatro essa semana. Conta mais, Bru! 

Um dos principais diretores do teatro brasileiro, Gerald Thomas está em cartaz em São Paulo até o próximo domingo, 28 de agosto, com F.E.T.O – Estudos de Doroteia Nua Descendo a Escada. 

A montagem faz uma livre adaptação de Doroteia, peça em que Nelson Rodrigues conta a volta da prostituta do título à casa das primas após a morte do filho, com uma condição: que ela se dispa de sua beleza.

F.E.T.O conta apenas com personagens femininas. Sobre isso, o diretor disse a ELLE: “A saída tem que ser a mulher. O homem a gente já sabe que falhou. Agora vamos tentar outra coisa”. 

Na conversa com nosso colaborador Lucas Neves, feita dias antes de Thomas vir de Nova York, onde mora, a São Paulo para acompanhar as apresentações finais da temporada de F.E.T.O, o diretor falou sobre suas (não) expectativas em relação às eleições de outubro no Brasil, diz que não gosto de teatro quando não está trabalhando e adianta detalhes do projeto que desenvolve com Marco Nanini.

Este episódio usou trechos das músicas Pipoco, de Ana Castela; Mas que nada, de Sergio Mendes; Acorda Pedrinho, de Jovem Dionisio; Meu Pisero, de Duda Beat; e Summer Renaissance, de Beyoncé. 

E nós ficamos por aqui. Eu sou Patricia Oyama. E eu sou Gabriel Monteiro.

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Agora, bora sextar. Até semana que vem!

 

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