Elizabeth II, a segunda monarca mais longeva da história, morre aos 96 anos

A mais querida integrante da família real britânica reinou por 70 anos e faleceu nesta quinta-feira, no Castelo de Balmoral, na Escócia.


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O Reino Unido perdeu hoje a mais longeva monarca de sua história. Morreu hoje, aos 96 anos, a rainha Elizabeth II, que ocupava o trono britânico há 70 anos e 214 dias. O único reinado mais longo do que o de Elizabeth II foi o de Luis 14, o Rei Sol, que deteve a coroa francesa por 72 anos e 110 dias. As notícias de que o estado de saúde da soberana era preocupante começaram a ser divulgadas na manhã desta quinta-feira (8.09). A rainha faleceu no Castelo de Balmoral, na Escócia.

Elizabeth Alexandra Mary nasceu em Londres no dia 21 de abril de 1926. Foi a primeira filha do duque e da duquesa de York, que dez anos mais tarde assumiriam os títulos de rei George VI e rainha Elizabeth I. Durante a Segunda Guerra Mundial, a jovem Elizabeth de Windsor tornou-se a primeira mulher da realeza a entrar para as Forças Armadas Britânicas. Atuou como motorista de caminhão, de ambulância e também na oficina mecânica do exército.

Em 1947, ela se casou com Philip da Grécia e Dinamarca, seu primo de terceiro grau, que ela conhecia desde os 8 anos de idade. O casal teve quatro filhos: Charles, Anne, Andrew e Edward.

Em fevereiro de 1952, o rei George VI morreu repentinamente de trombose coronariana e Elizabeth, com apenas 25 anos, tornou-se rainha do Reino Unido. Em junho do ano seguinte, ela recebeu a coroa na Abadia de Westminster – foi a primeira coroação televisionada da história.

Durante seu reinado, passaram 15 diferentes primeiros-ministros pelo governo britânico. Já nos primeiros anos no trono, Elizabeth II pegou um país em um situação delicada, ainda se recuperando dos estragos provocados pela Segunda Guerra Mundial e encarando a realidade de não ser mais um poderoso império ultramarino. Outra grave crise econômica abalaria os britânicos nos anos 1970, com a disparada da inflação, e a rainha tentou manter uma postura apaziguadora em um país tomado por ondas de protestos.

Nos anos 1990, a crise enfrentada foi de natureza diferente: brigas, separações e outros escândalos na realeza alimentaram os tabloides por anos, até culminar com a morte da princesa Diana, em um acidente automobilístico em Paris, em 1997. Na época, Elizabeth II foi duramente criticada pela imprensa e pelos súditos, por passar uma impressão de frieza diante da tragédia que abalou o país. Diante das pressões, a monarca finalmente fez um pronunciamento à nação cinco dias após a morte de Diana.

O episódio rendeu até um filme, A Rainha (2006), com Helen Mirren no papel da soberana, e foi um dos raros momentos em que a imagem de Elizabeth II foi arranhada. Em sete décadas de reinado, ela conseguiu se manter em alta conta pelos seus súditos. De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa londrina YouGov, divulgada pelo jornal Daily Mail, em junho deste ano, oito entre cada dez britânicos faziam uma avaliação positiva da rainha.

Cercada por seus fiéis cãezinhos da raça corgi, dirigindo seu Land Rover ou recebendo as mais diferentes personalidades mundiais, com seus looks coloridos, Elizabeth II é uma figura que vai deixar saudades.

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