Michel Melamed: Gil, Bacurau e Richard Serra
À ELLE, o ator, que está no filme mais recente de Arnaldo Jabor, conta o que tem lido, escutado e assistido.
Ator, autor e diretor, Michel Melamed se divide entre a TV, o cinema e o teatro. Pouco antes do início da pandemia, esteve em cartaz com Monólogo público e atuou no filme mais recente de Arnaldo Jabor, o ainda inédito Meu último desejo. Além destes trabalhos, na atual conjuntura, Michel procura “sobreviver ao coronavírus, denunciar e combater o desgoverno e, primordialmente, criar e ser criado pelo meu filho”. Em 2019, ele teve seu primeiro filho com a atriz Letícia Colin, com quem é casado. Entre muita leitura, Michel também escreve seus próximos projetos – peça, filme, série, disco… “Artista é meio surfista, né? A gente fica na arrebentação até a onda, seja paixão, preciso fazer isso de qualquer jeito, seja um patrocínio e voilá, voa-se lá”, conta ele, que também é poeta. A seguir, ele divide os discos, peças, livros e filmes que o acompanham:
Um filme que você não se cansa de assistir à reprise:
Sangue ruim, do Leos Carax. Mas vi há pouco Guerra fria, de Paweł Pawlikowski, e pretendo rever mais cem vezes.
Uma série que você maratonaria de novo:
Onde está meu coração (Globoplay). Haja coração (haja herói).
Um ator/atriz que te fez querer atuar:
Breno Moroni, que assisti num infantil quando menino.
Um papel que gostaria de ter interpretado:
Professor Astromar Junqueira em Roque santeiro.
Sonia Braga em cena de “Bacurau”, filme de Kleber Mendonça e Juliano Dornelles.Foto: Reprodução
Para quem daria um Oscar?
Bacurau.
Uma peça que gostaria de rever:
Erwartung, de Arnold Schoenberg, dirigido pelo Bob Wilson. Um espetáculo brilhante vaiado é duplo espetáculo.
Uma peça em que gostaria de ter atuado:
Alguma do Kike Diaz pra gente ficar mais perto.
Um livro de cabeceira:
O próximo (no caso, Ferdydurke, de Witold Gombrowicz).
Qual cantor(a) ou banda nunca falta em uma playlist sua?
Jards Macalé.
Tempo rei – Gilberto Gil
www.youtube.com
Três discos que você levaria para uma ilha deserta:
Raça humana, de Gilberto Gil, (a coletânea) Flipper Hits 3 e A night in Tunisia, do Art Blakey’s Jazz Messengers.
Um show inesquecível:
Political Mother, da Hofesh Shechter Company.
Um show que você ainda quer assistir:
Beatles, no Cavern Club em 1962. Não se farão mais antigamente como futuramente.
Qual cantor(a) ou banda que você anda dando repeat ultimamente?
Luz com trevas, (álbum) do Cabelo Cobra Coral.
Quem você adora seguir no Instagram?
Preta Ferreira, Domenico Lancelotti, Fernando Bonassi, Não somos alvo, Mídia Ninja, Marcelo Freixo, #Venezia, #bookstore, #library, #bookshop,…
Uma exposição inesquecível:
Richard Serra. A coleção da La Maison Rouge, mas li que fechou. Via de regra, bienais e coletivas ensinam o olhar, a gente sai mais esperto pra poesia de tudo.
Uma descoberta recente nas artes:
Gianfranco Rosi, cineasta italiano, de Notturno, Sacro Gra… Negócios brilhantes ali.
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