Paris Fashion Week: Celine, verão 2026

O segundo desfile de Michael Rider à frente da Celine aconteceu neste domingo (05.10), no parque Saint-Cloud, nos arredores de Paris. Este é o retorno da casa ao calendário oficial de moda feminina após um hiato de três anos. Assim como em sua estreia, em julho, o designer estadunidense reverencia o legado de quem veio antes dele, preferindo a continuidade a uma ruptura abrupta. Por isso, é possível ver ecos de Phoebe Philo – com quem ele trabalhou entre 2008 e 2018 – e também de Hedi Slimane, o seu antecessor direto na etiqueta.

Celine, verão 2026. Foto: Getty Images

Celine, verão 2026. Foto: Getty Images

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A combinação que Michael propõe desses universos é interessante, sobretudo, quando acrescenta suas próprias referências. As calças skinny da era Slimane e a alfaiataria precisa de Philo ganham os acentos preppy estadunidense, com polos coloridas e blazers de abotoamento duplo – de 2018 a 2024, o estilista foi diretor de design da Polo Ralph Lauren.

Os ombros dos paletós são fortes, enquanto as saias são suaves, construídas a partir de lenços. Estes, aliás, continuam como o acessório-chave da coleção: aparecem amarrados no pescoço e em bolsas, são usados como blusa ou costurados ao forro de trench coats. Já as estampas, como florais e listras, colorem vestidos ora curtinhos e armados, ora longos e colados ao corpo.

Celine, verão 2026. Foto: Getty Images

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A proposta final é menos carregada de adornos do que a coleção anterior, a de resort 2026, e mais afinada em sua direção estética. O foco está novamente nas peças soltas e nas possibilidades mil de styling. A ausência da tal quebra radical em relação ao passado pode soar como hesitação. Contudo, neste segundo desfile, Michael Rider afirma com mais firmeza o caminho que deseja seguir na Celine.